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Argentina: Após alegar fraude no 1° turno, campanha de Milei recua

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O candidato Javier Milei
Reprodução: Flipar

O candidato Javier Milei


A campanha do candidato ultradireitista Javier Milei, na Argentina, causou polêmica ao alegar, sem apresentar provas, uma “fraude colossal” na principal força de segurança do país durante o primeiro turno das eleições.

Diante da repercussão negativa, a campanha recuou nesta sexta-feira (17), alterando o tom da ação para um alerta sobre a necessidade de maior precaução na transferência das urnas durante o processo eleitoral.

Santiago Viola, advogado do partido A Liberdade Avança, que representa a ação ao lado da irmã de Milei, defendeu a iniciativa como uma contribuição para a transparência eleitoral, alegando não se tratar de uma denúncia formal.

No entanto, o Judiciário interpretou a ação como uma denúncia, destacando que chamar a atenção para eventos que poderiam configurar delitos criminais é considerado uma denúncia formal.

O advogado Viola não apresentou evidências substanciais, limitando-se a citar comentários em redes sociais, notas jornalísticas e testemunhos coletados pessoalmente, sem especificar os fatos que fundamentam a alegação.

A ação foi oficialmente apresentada à corte eleitoral por Karina Milei, denunciando uma suposta “fraude colossal” na entrega das urnas à Gendarmaria Nacional.

O advogado informou que Karina Milei não compareceria à convocação, alegando falta de informações relevantes para acrescentar à ação.

A iniciativa gerou mal-estar entre os principais aliados políticos de Milei, incluindo Mauricio Macri e Patricia Bullrich, que não foram informados antecipadamente sobre a estratégia adotada.


Após o ocorrido, Milei se reuniu com Patricia Bullrich, sem mencionar previamente a intenção de sua irmã de recorrer à Justiça. Macri e Bullrich solicitaram explicações, expressando discordância com a abordagem adotada.

O desentendimento interno ressaltou as tensões políticas, com a ministra destacando que a ação poderia criar contradições interpretativas, interferir indevidamente no processo eleitoral e violar a segurança jurídica.

Fonte: Internacional

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Mundo

Novo grupo de repatriados de Gaza chegará ao Brasil nesta madrugada

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O segundo grupo de brasileiros repatriados da Faixa de Gaza chegará ao Brasil na madrugada desta segunda-feira (11). A aeronave KC-30, da Força Aérea Brasileira (FAB), decolou do Cairo, capital do Egito, às 19h03 (hora local) e deve pousar às 3h20 na Base Aérea de Brasília.

O grupo é formado por 48 pessoas. Ontem (9), eles receberam autorização para cruzar a fronteira de Rafah em direção ao Egito, onde foram recepcionados por diplomatas brasileiros e embarcaram neste domingo (10) para o Brasil.

Segundo o Itamaraty, 24 pessoas que estavam na lista enviada pelo Brasil não tiveram autorização para cruzar a fronteira.

Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em outubro, o governo brasileiro já retirou 1.524 brasileiros e palestino-brasileiros da Faixa de Gaza e de cidades israelenses. No total, a FAB já realizou 11 voos de repatriação por meio da Operação Voltando em Paz.

O primeiro grupo resgatado chegou ao país no dia 13 de novembro, também em um voo que saiu do Cairo em direção ao Brasil. Na ocasião, desembarcaram em Brasília 22 brasileiros e seus familiares palestinos.

Fonte: EBC Internacional

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Milei diz que ajuste fiscal é única alternativa para a economia

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O recém-empossado presidente da Argentina, Javier Milei, fez seu primeiro discurso na frente do Congresso Nacional, onde foi declarado presidente na manhã de hoje (10). Em suas primeiras palavras, ele destacou que hoje se inicia um novo momento em seu país.

“Hoje começa uma nova era na Argentina. Hoje damos por terminada uma longa e triste história de decadência e começamos o caminho de reconstrução do país”, disse ele.

“Os argentinos, de forma contundente, expressaram uma vontade de mudança que já não tem retorno. Hoje enterramos décadas de fracasso e disputas sem sentido. Hoje começa uma nova era na Argentina, uma era de paz e de prosperidade, de crescimento e de desenvolvimento, de liberdade e de progresso”, destacou.

Para uma multidão de pessoas, que vestiam principalmente a camisa da seleção argentina, Milei falou por cerca de 30 minutos e enfatizou que será preciso paciência da população, porque o ajuste fiscal a ser feito deverá ser difícil no início.

“Não há alternativa possível que não seja o ajuste. Logicamente isso vai impactar no nível de atividade, emprego, salários reais e na quantidade de pobres e indigentes. Haverá inflação, é certo. Mas não é algo diferente do que ocorreu nos últimos 12 anos”.

“Há mais de uma década vivemos com essa inflação. Esse será o último momento ruim para começar a reconstrução da Argentina”, disse ele. “Depois desse ajuste macro que vamos impulsionar, a situação começará a melhorar. Haverá luz no final do túnel”, enfatizou.

Esse ajuste na economia, declarou Milei, será feito essencialmente sobre o setor público: “a única possibilidade é o ajuste. Um ajuste organizado, que entrará com força sob o Estado e não no setor privado. Sabemos que será duro”, falou.

Segundo o novo presidente, a Argentina viveu, em seus últimos anos, uma grave crise e uma grande inflação. “Nenhum governo recebeu uma situação pior do que estamos recebendo.”

“Lamentavelmente tenho que dizer uma vez mais: não há dinheiro.”

Emergência

Ele também destacou que a crise argentina não se dá somente no setor econômico, mas atinge também as questões de saúde, de educação e de segurança. “Em todas as esferas, a situação da Argentina é de emergência”.

No entanto, disse ele, seu novo governo vencerá essas dificuldades. “Sabemos que, a curto prazo, a situação vai piorar. Mas depois veremos os frutos do nosso esforço, tendo criado as bases para um crescimento sólido e sustentável. Sabemos que nem tudo está perdido. Os desafios que temos são enormes. Mas temos capacidade para superá-los. Não será fácil, 100 anos de fracasso não se desfazem em um único dia. Mas começam em um dia e hoje é esse dia”.

Ao final de seu discurso, Milei declarou ainda que não vai perseguir opositores. “A todos os dirigentes políticos e sindicais, nós os receberemos com braços abertos”, disse.

Após discursar, Milei seguiu em carro aberto para a Casa Rosada, tendo sido saudado por diversos apoiadores que acenavam para ele nas ruas da capital argentina.

Na Casa Rosada, Milei deverá receber chefes de Estado, como o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky, que esteve presente em seu discurso feito na frente do Congresso.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, não estará presente na posse e enviou o chanceler Mauro Vieira para participar do evento.

Fonte: EBC Internacional

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