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Argentina: Líderes parabenizam Milei por vitória nas eleições

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Javier Milei e Sergio Massa
Reprodução/Instagram 19.11.2023

Javier Milei e Sergio Massa

Diversos presidentes latino-americanos parabenizaram o candidato argentino que venceu as eleições presidenciais nesse domingo (19), o ultradireitista Javier Milei . Ele derrotou o atual ministro da Economia, Sérgio Massa , por 55% dos votos contra 44%. O candidato da coalizão Liberdad Avanza é economista e venceu em meio a uma inflação que chegou a 142% em 12 meses.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou a vitória de Milei em uma rede social e desejou êxito ao novo governo.

“A democracia é a voz do povo, e ela deve ser sempre respeitada. Meus parabéns às instituições argentinas pela condução do processo eleitoral e ao povo argentino que participou da jornada eleitoral de forma ordeira e pacífica. Desejo boa sorte e êxito ao novo governo. A Argentina é um grande país e merece todo o nosso respeito. O Brasil sempre estará à disposição para trabalhar junto com nossos irmãos argentinos”, afirmou.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, parabenizou Milei, mas lamentou a vitória de um candidato identificado com a extrema-direita. “É a decisão da sua sociedade. Triste para América Latina e já veremos… o neoliberalismo já não tem proposta para a sociedade, não pode responder aos problemas atuais da humanidade. As relações da Colômbia e Argentina, os vínculos entre seus povos se manterão em respeito mútuo. Parabenizo Milei”, disse.

Outros presidentes considerados de esquerda ou centro-esquerda, como Luis Arce, da Bolívia, e Gabriel Boric, do Chile, parabenizaram o vencedor sem fazer juízo de valor do resultado eleitoral.

Segundo Arce, a “Bolívia sempre será respeitosa com a vontade democrática dos nossos povos. Desejamos prosperidade ao irmão povo da Argentina e êxitos ao seu presidente eleito, Javier Milei”.

Já o presidente chileno saudou Milei pela vitória e disse que trabalhará “incansavelmente para manter as nossas nações irmãs, unidas e colaborando para o bem-estar de todos e todas”.

Os presidentes de direita ou centro-direita do Uruguai, Luis Lacalle Pou, e o vitorioso nas eleições equatorianas, Daniel Noboa, também felicitaram Milei pela vitória. Noboa convidou Milei a “trabalhar pelo fortalecimento das relações bilaterais e por um futuro próspero que busque a cooperação entre nossas nações”. Já Lacalle enfatizou que “teremos muito para trabalhar em conjunto e para melhorar nossas relações bilaterais”.

Brasil

No Brasil, as lideranças dos dois partidos com mais representantes na Câmara dos Deputados se manifestaram com posições divergentes. Enquanto o presidente do Partido Liberal (PL) comemorou, a presidenta do PT disse esperar que povo argentino saiba atravessar este “duríssimo teste” para democracia e que “a luta continua”.

Segundo Gleisi Hoffmann, “confiamos que o povo argentino e suas instituições saibam atravessar este novo e duríssimo teste para a sua democracia, representado pela eleição de Milei. Seguiremos solidários no desafio de construir a integração entre nossos países e o fortalecimento do Mercosul. Esperamos que tais esforços não sejam interrompidos pelo novo governo”.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, por sua vez, disse que esse foi um “grande dia” para Argentina. “Vitória para o Milei e vitória para o povo daquela nação. Parabéns a todos que tiveram o bom senso de se manifestar em prol da segurança democrática e econômica. Esperamos que o Brasil caminhe na mesma linha nas próximas eleições”, afirmou.

Quem é Milei

Alçado à fama como comentarista econômico em programas de televisão, Javier Milei ganhou apoio de políticos da direita tradicional no segundo turno, como o ex-presidente Mauricio Macri e a candidata derrotada Patricia Bullrich.

O futuro presidente argentino define-se como libertário e anarcocapitalista e declarou-se defensor de ideias como a comercialização de órgãos e a livre venda de armas.

Ele promete dolarizar a economia e extinguir o Banco Central argentino para acabar com a inflação. Porém, no segundo turno, Milei amenizou discursos anteriores, prometendo não mais privatizar a saúde e as escolas públicas.

Fonte: Internacional

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Mundo

COP: novo documento exclui previsão para eliminar combustíveis fósseis

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O terceiro rascunho do texto da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima de 2023 (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, excluiu a previsão de eliminar o uso dos combustíveis fósseis. A nova versão foi divulgada nesta segunda-feira (11) e traz a previsão de “substituir” tais combustíveis. O documento serve de base para as negociações do texto final da COP, que precisa ter o apoio de todas as quase 200 nações para ser aprovado. Nas duas primeiras versões divulgadas estavam previstas versões de textos que apontavam para eliminação dos combustíveis fósseis, o que vinha sendo apontado como um avanço por organizações ambientalistas.

Porém, países grandes produtores de petróleo estão pressionando para retirar a previsão para eliminação dos combustíveis fósseis, preferindo que a conferência em Dubai se concentre apenas na redução da poluição climática. Segundo observadores dessas negociações, a Arábia Saudita e a Rússia estão entre os países contra o texto que pede a eliminação dos fósseis

O trecho do 3º rascunho que trata dos combustíveis fósseis aponta para “necessidade de reduções profundas, rápidas e sustentadas nas emissões de gases do efeito estufa” e sugere que os países tomem medidas para: triplicar a capacidade de energia renovável à nível mundial; reduzir rápida e ininterruptamente o uso do carvão e limitar novas fontes à base de carvão; acelerar os esforços à nível mundial para criar sistemas com emissões líquidas zero com utilização de combustíveis com zero carbono ou com baixo teor de carbono muito antes ou por volta de meados do século.

Além disso, o mesmo artigo propõe: acelerar tecnologias com zero ou baixas emissões, entre as quais, a nuclear, as renováveis, a produção de hidrogênio com baixo teor de carbono e a captura de carbono “de modo a intensificar os esforços rumo à substituição inabalável de combustíveis fósseis nos sistemas energéticos”. Outra medida prevista é a redução do consumo e da produção de combustíveis fósseis, “de forma justa, ordenada e equitativa de modo a atingir zero emissões líquidas até, antes ou por volta de 2050”.

Por fim, o documento aponta para redução “substancial” de outros gases do efeito estufa, como o metano (CH4), além de pedir a redução das emissões do transporte rodoviário e a progressiva eliminação dos subsídios “ineficientes aos combustíveis fósseis que incentivem o consumo desnecessário e não abordem a pobreza energética ou as transições justas”.

O Instituto Talanoa, organização que atua com políticas do clima, considera que o novo texto “quebra as expectativas” ao não apresentar um cronograma claro e ambicioso para a transição energética. A presidente do Instituto, Natalie Unterstell, destacou que a nova versão veio enfraquecida por enumerar as medidas que os países “poderiam” tomar, e não que devem adotar.

“O que na linguagem diplomática abre caminho para um menu de opções e não um pacote que guie as próximas DNCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas)”, afirmou. As DNCs são os compromissos que cada país assume para redução dos gases do efeito estufa e que devem ser revisadas na COP30, a ser realizada em Belém (PA) em 2025. 

Brasil  

A delegação brasileira recebeu o novo documento no momento que se preparava para uma coletiva de imprensa em Dubai e, por isso, não quis comentar o novo rascunho antes de ler totalmente. Porém, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, argumentou que o Brasil defende um texto que reduza a dependência dos combustíveis fósseis, e que essa redução seja liderada pelos países desenvolvidos. 

“Nossa determinação é buscar uma linguagem que acolha esse tema, que nunca foi acolhido dentro das COPs, e que viabilize os meios, de forma que os países desenvolvidos e países em desenvolvimento sejam adequadamente contemplados nessa corrida e com uma clara posição, de senso de justiça, de que os países desenvolvidos devem liderar essa corrida [de redução dos combustíveis fósseis]”, destacou.

Ainda segundo Marina Silva, o sucesso dessa COP vai depender do texto final sobre os combustíveis fósseis e que o Brasil “está trabalhando por uma linguagem que esteja à altura e coerente com a nossa missão 1.5ºC”. O Brasil tem defendido que a COP limite o aquecimento da terra a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais. 

Crise Climática     

Os gases do efeito estufa lançados na atmosfera vêm aumentando a temperatura do planeta desde a Revolução Industrial (séculos 18 e 19), principalmente por meio da queima de combustíveis fósseis, o que impulsiona a atual crise climática, marcada por eventos extremos, como o calor excessivo, as secas prolongadas e as chuvas intensas.

No Acordo de Paris, em 2015, 195 países se comprometeram a combater o aquecimento global “em bem menos de 2º C acima dos níveis pré-industriais”, buscando preferencialmente limitá-lo a 1,5ºC acima dos níveis antes da revolução industrial. 

Fonte: EBC Internacional

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Rússia: eleições presidenciais também serão feitas em regiões anexadas

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Presidente da Rússia, Vladimir Putin
Kremlin – 30.10.2023

Presidente da Rússia, Vladimir Putin

A Comissão Eleitoral da Rússia anunciou nesta segunda-feira (11) que as eleições presidenciais de 17 de março também serão realizadas nas quatro regiões da Ucrânia anexadas ilegalmente por Moscou.

De acordo com a agência russa Tass , a decisão foi tomada por unanimidade, após consultas com o Ministério da Defesa, o Serviço Federal de Segurança (FSB) e os chefes dos governos separatistas de Donetsk, Lugansk, Zaporizhzhia e Kherson.

As quatro regiões são controladas parcialmente pela Rússia, que realizou em setembro de 2022 referendos sobre as anexações dessas zonas da Ucrânia.

As votações do ano passado, no entanto, são consideradas ilegais pela comunidade internacional.

A Rússia irá às urnas em 17 de março de 2024, e o presidente Vladimir Putin deve ser candidato a um quinto mandato — sendo o terceiro consecutivo —, o que lhe garantiria no poder ao menos até 2030.

Fonte: Internacional

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