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Agronegócio

Câmaras de 16 municípios no Nortão pedem fim do Fethab sobre o milho

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As câmaras municipais de 16 municípios que compõem a União Parlamentar do Vale do Teles Pires querem o fim da cobrança do Fundo de Transporte e Habitação (Fethab) sobre a cultura do milho, em Mato Grosso, que iniciou este ano e aumentou a carga tributária paga por produtores rurais. O documento com a solicitação foi protocolado na Assembleia Legislativa e no Governo do Estado assinado por presidentes dos legislativos de Sorriso, Sinop, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Tapurah, Itanhangá, Ipiranga do Norte, Santa Rita do Trivelato, Vera, Santa Carmem, União do Sul, Cláudia, Nova Ubiratã, Nova Maringá, Tabaporã e Feliz Natal. Os 16 municípios estão localizados nas regiões Médio-norte e Norte de Mato Grosso. O presidente da câmara de Sorriso (um dos principais municípios produtores de grãos no país), Claudio Oliveira, entregou o documento ao presidente da Assembleia, Eduardo Botelho.

Além deles, prefeitos do consórcio público do Vale do Teles Pires também já declararam apoio ao Movimento Mato Grosso Forte. O reforço também ocorreu em outras regiões do Estado, como em Canarana, Primavera do Leste e Campo Verde. Vale destacar ainda que os 11 vereadores da Câmara Municipal de Água Boa encaminharam um documento ao Executivo e Legislativo estaduais, solicitando “o cancelamento do Fethab Milho e a totalidade do Fethab seja destinada para a infraestrutura”, diz trecho do manifesto.

O manifesto reforça o Movimento Mato Grosso Forte – idealizado por produtores de soja e milho de Mato Grosso, cobra destinação, em sua totalidade, dos recursos cobrados com o Fethab na infraestrutura- e retirada do Fethab sobre o milho. Em maio a reivindicação foi entregue ao governo estadual e Assembleia.

Em março, o Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) divulgou o segundo relatório do custo de produção para o milho mato-grossense de alta tecnologia para a safra 2019/20. Em fevereiro, apresentou um incremento de 0,99% em relação ao mês anterior, ficando em R$ 2.653,23 por hectare na média do Estado. “O aumento se deve à inclusão do novo Fethab em Mato Grosso, em vista de que a legislação estadual passou a aplicar a alíquota de 6% da UPF-MT por tonelada de milho vendido para exportação e envio a outros estados a partir do mês de fevereiro”, apontaram os analistas.

 

Só Notícias (foto: arquivo/assessoria)

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Agronegócio

Venda casada no crédito rural expõe prática ilegal no setor financeiro

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Uma ação judicial de dimensões inéditas, protocolada contra o Banco do Brasil, movida pela Associação Brasileira de Defesa do Agronegócio (ABDAGRO), representando milhares de produtores,  busca impor mudanças regulatórias que garantam um acesso justo ao crédito rural, sem a obrigatoriedade da venda casada. Os números envolvidos impressionam: os pedidos da ação somam mais de R$ 841 bilhões, o que torna esse o maior processo judicial da história mundial.

Nos últimos dez anos, o Banco do Brasil, que detém 60% do mercado de crédito rural, concedeu R$ 1,5 trilhão em operações. A ação aponta que aponta que cerca de R$ 179 bilhões foram desviados por meio da venda casada, elevando os custos dos financiamentos e comprometendo a sustentabilidade financeira dos produtores.

Essa prática afeta diretamente o produtor, que se vê obrigado a arcar com custos adicionais que comprometem sua produção e aumentam o risco de endividamento. Para muitos, os valores desviados representam a diferença entre o sucesso e o fracasso de suas atividades. Casos emblemáticos mostram produtores que tiveram parte significativa de seus empréstimos redirecionada para planos de previdência ou seguros, em muitos casos sem o devido esclarecimento ou consentimento.

Os pedidos judiciais incluem a devolução em dobro dos valores cobrados indevidamente, indenizações por danos morais e sociais e penalidades para coibir a continuidade dessa prática. A ação busca devolver aos produtores não apenas os recursos desviados, mas também sua dignidade, além de pressionar o sistema financeiro a abandonar práticas abusivas.

O impacto desse caso ultrapassa as fronteiras do setor agrícola. A venda casada afeta a confiança no sistema financeiro e na política pública de crédito rural, desestruturando uma das principais bases da economia brasileira.

Mais do que uma reparação financeira, esta ação representa um movimento em defesa da transparência, da justiça e do fortalecimento do agronegócio nacional. O caso expõe a necessidade de uma reforma no sistema de concessão de crédito rural, garantindo que o foco retorne ao desenvolvimento sustentável do campo e ao apoio aos produtores.

Leia aqui a informação original da ABDAGRO

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Preocupações com oferta impulsionam preços do café

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Os preços do café arábica atingiram um marco histórico nesta semana, segundo dados divulgados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e outras fontes do setor. A cotação do grão alcançou US$ 3,489 por libra-peso na ICE (Intercontinental Exchange), registrando o maior valor em cinco décadas. O aumento reflete uma combinação de fatores, incluindo a forte demanda global e preocupações com a oferta brasileira, prejudicada pela severa seca que marcou 2024.

O Brasil, maior produtor e exportador mundial de café, colheu 54,21 milhões de sacas de 60 kg no ano-cafeeiro de 2024, um ligeiro recuo de 1,6% em relação à safra anterior, que foi de 55,07 milhões de sacas, conforme levantamento do Observatório do Café. As condições climáticas adversas afetaram a vitalidade das plantas, reduzindo a produtividade e pressionando os preços no mercado internacional. Apesar de chuvas tardias no fim do ano, a expectativa para a safra de 2025 ainda é de volumes abaixo da média histórica.

No mercado interno, o café arábica Tipo 6 apresentou elevação expressiva nos principais polos produtores. Em Guaxupé (MG), a saca foi negociada a R$ 2.323,00, um aumento de 1,75%. Em Campos Gerais (MG), o preço chegou a R$ 2.360,00 por saca, alta de 1,72%. Já o Cereja Descascado registrou valorização de 1,68%, alcançando R$ 2.420,00/saca na mesma região. O robusta também apresentou alta significativa, impulsionado pela demanda doméstica e externa.

No mercado global, o robusta foi negociado a US$ 5.534 por tonelada no contrato de janeiro de 2025, registrando ganhos robustos em relação aos meses anteriores. A redução nos estoques certificados de arábica na ICE também contribuiu para o avanço das cotações, refletindo um mercado que segue apertado em termos de oferta.

A comercialização da safra 2024/25 no Brasil já alcançou 85%, conforme levantamento da consultoria Safras & Mercado. Esse percentual representa um avanço considerável em relação aos 74% registrados no mesmo período do ano anterior e supera a média de 77% dos últimos cinco anos. O café robusta foi destaque, com 91% da safra já vendida, impulsionado pela alta procura da indústria doméstica.

O cenário reforça o papel estratégico do Brasil no mercado cafeeiro global, mesmo diante de desafios climáticos e logísticos. Para o setor, o foco continua sendo a busca por maior eficiência produtiva, investimentos em tecnologia e políticas públicas que assegurem competitividade e sustentabilidade para os produtores nacionais. Enquanto isso, a volatilidade no mercado internacional deve manter os preços aquecidos nos próximos meses.

Fonte: Pensar Agro

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