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Economia

Com autorização do STF para venda de subsidiárias, Petrobras espera amortizar dívida e ampliar produção de óleo e gás

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Por Daniel Silveira, G1 — Rio

O presidente da Petrobras, Roberto Castelo Branco, elogiou nesta sexta-feira (7) a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que autoriza as estatais a venderem suas subsidiárias sem necessidade de aval do Congresso. Sem detalhar se a petroleira vai, agora, acelerar seu programa de desinvestimentos, afirmou que irá ampliar a produção de óleo e gás com os recursos das vendas.

“A decisão do STF foi esplêndida. Mostrou que no Brasil as instituições são fortes e funcionam garantindo o cumprimento da lei”, disse o CEO ao falar com jornalistas após evento de apresentação do programa de proteção de dutos da companhia.

Segundo Castelo Branco, a prioridade com os recursos advindos da venda de ativos será a amortização da dívida da companhia e o aumento dos investimentos na exploração de petróleo.

“Para a Petrobras é muito importante porque com esses recursos, através de vendas de ativos, serão usados para redução de dívidas. A Petrobras ainda é uma empresa muito endividada”, disse.

O executivo afirmou que a produção de óleo e gás da companhia está estagnada há dez anos e criticou os investimentos feitos nos últimos anos em detrimento da atuação principal da empresa.

“No lugar de investirmos na expansão da produção de petróleo e gás, nós desperdiçamos recursos milionários em projetos que nada acrescentaram além de prejuízos, vendendo ilusões da criação de milhares de empregos que acabaram sendo temporários, causando enorme prejuízo ao nosso país”, disse.

Questionado, o presidente da Petrobras não respondeu se a empresa vai acelerar a partir de agora seu programa de desinvestimentos, nem detalhou quais os principais ativos que devem ser ofertados. Todavia, fez questão de enfatizar que a estatal não será “desmontada”. A Petrobras possui atualmente 35 subsidiárias.

“Nós não estamos promovendo nenhum desmonte da Petrobras. Ao contrário, estamos fortalecendo sua função principal que é a produção de petróleo e gás”. “Temos planos ousados de transformar essa empresa em uma das melhores e maiores companhias de petróleo do mundo”, completou.

Castelo Branco disse que o primeiro ativo a ser vendido já foi anunciado: a Liquigás. “Não se trata de privatização, mas de gestão de portfólio que toda empresa faz. Toda grande empresa procura ter o melhor portfólio adequado à sua estratégia de criação de valor”, disse.

Potencial de arrecadação com vendas

No plano apresentado pela Petrobras para o período de 2019 a 2023 não há previsão do valor a ser levantado com o programa de desinvestimentos. Em março, o presidente da companhia informou a expectativa de arrecadar US$ 10 bilhões ainda no primeiro semestre deste ano, o que corresponde a cerca de 70% do montante de recursos arrecadados ao longo de todo o ano passado com a venda de ativos.

Em dezembro do ano passado, antes da mudança da direção da empresa, a Petrobras estimou uma potencial entrada de recursos de US$ 26,9 bilhões com venda de ativos entre 2019 e 2023.

A lista de ativos inclui refinarias, PUDSA (rede de postos no Uruguai), Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (LUBNOR), Unidade de Industrialização do Xisto (SIX) e venda de participação adicional na Petrobras Distribuidora (BR).

Segurança para investidores

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que também participou do evento da Petrobras, disse que a decisão do STF vai promover a atração de novo investimentos no país, pois dá segurança jurídica ao mercado.

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Economia

O jornalista Otávio Milani e seu ponto de vista sobre a economia do Brasil

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A situação financeira do Brasil em 2025 apresenta um cenário desafiador, marcado por pressões inflacionárias persistentes, políticas monetárias restritivas e incertezas no comércio global.

Recentemente, o Banco Central elevou a taxa Selic em 100 pontos-base, alcançando 13,25%, com a previsão de um novo aumento em março, devido às crescentes pressões inflacionárias. A inflação acumulada em 12 meses até meados de janeiro foi de 4,5%, superando a meta de 3%. Analistas projetam que a Selic possa atingir 15% ainda este ano.

No âmbito internacional, as recentes tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre produtos do México, Canadá e China, geram preocupações sobre possíveis impactos inflacionários no Brasil, especialmente devido à depreciação cambial que pode encarecer as importações.

Projeções econômicas indicam um crescimento moderado. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima um aumento de 2,4% no PIB em 2025, enquanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) ajustou sua previsão para 2,4%, considerando esforços de reconstrução após desastres naturais e fatores estruturais positivos.

Entretanto, desafios fiscais persistem. A Fitch Ratings alerta para dificuldades fiscais que podem se intensificar, especialmente se ocorrer uma desaceleração econômica inesperada. A dívida pública continua elevada, e medidas fiscais adicionais podem ser necessárias para estabilizar as finanças públicas.

Em resumo, o Brasil enfrenta um cenário econômico complexo em 2025, exigindo políticas econômicas prudentes e reformas estruturais para garantir a estabilidade financeira e promover um crescimento sustentável.

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Agronegócio

Agro Sustentável: Impulsionando a Economia e Fortalecendo a Conexão Campo-Cidade

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Foto: Agro Sustentável

O agronegócio brasileiro é frequentemente associado a vastas áreas de cultivo que se estendem pelo país. No entanto, sua influência vai muito além dos limites das fazendas, impactando diretamente a vida nas cidades através da cadeia produtiva que abrange desde alimentos a roupas e outros bens de consumo. Com um papel crucial no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, o agronegócio, especialmente em sua vertente sustentável, se mostra como um motor vital da economia, promovendo uma integração estreita entre o campo e a cidade.

O Que é Agro Sustentável?

O agronegócio sustentável refere-se a práticas agrícolas que buscam equilibrar a produção econômica com a conservação ambiental e o bem-estar social. Segundo a Embrapa, a sustentabilidade no agro envolve o uso eficiente dos recursos naturais, a adoção de tecnologias limpas e a promoção da biodiversidade. Esse modelo visa reduzir os impactos ambientais negativos, como a degradação do solo e a poluição hídrica, enquanto mantém a produtividade e viabilidade econômica das atividades agrícolas.

A Importância do Agronegócio Sustentável para a Economia Brasileira

Em 2024, o agronegócio continua sendo um dos pilares da economia brasileira. No primeiro trimestre de 2024, o PIB do agronegócio brasileiro aumentou 11,3%, enquanto o PIB total da economia do Brasil avançou 0,8% no mesmo período, conforme informou nesta terça-feira (4/6) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A sustentabilidade no setor não apenas ajuda a preservar os recursos naturais para futuras gerações, mas também aumenta a competitividade do Brasil no mercado internacional. Produtos agrícolas sustentáveis são cada vez mais valorizados globalmente, abrindo novas oportunidades de exportação e contribuindo significativamente para a balança comercial do país.

Além disso, a adoção de práticas sustentáveis no agronegócio impulsiona o desenvolvimento de tecnologias inovadoras, como sistemas de irrigação eficiente, plantio direto e biopesticidas. Essas tecnologias não apenas aumentam a produtividade, mas também reduzem os custos de produção e minimizam os impactos ambientais, tornando o agronegócio brasileiro mais resiliente e sustentável a longo prazo.

A Ligação Entre o Campo e a Cidade

A conexão entre o campo e a cidade é fundamental para entender o impacto do agronegócio na vida urbana. Produtos agrícolas sustentáveis são transportados para as cidades, onde são processados e distribuídos para o consumo. Esse fluxo constante de produtos agropecuários garante a segurança alimentar nas áreas urbanas e sustenta uma ampla gama de indústrias, desde a alimentícia até a têxtil e a de biocombustíveis.

O desenvolvimento de tecnologias e práticas sustentáveis no campo também beneficia as cidades através da geração de empregos e da promoção de um ambiente mais saudável. Empresas urbanas investem em inovação e tecnologia voltadas para a sustentabilidade no agro, criando um ciclo virtuoso de crescimento econômico e ambientalmente responsável.

Desafios e Oportunidades

Embora os benefícios do agronegócio sustentável sejam evidentes, o setor enfrenta desafios significativos. A transição para práticas sustentáveis exige investimentos consideráveis em tecnologia e capacitação dos produtores. Além disso, é necessário um arcabouço legal e político que incentive e apoie essas iniciativas, garantindo que os pequenos e médios produtores também possam adotar práticas sustentáveis.

Por outro lado, as oportunidades são vastas. O mercado global está cada vez mais demandando produtos sustentáveis, e o Brasil tem o potencial de se tornar um líder mundial nesse segmento. Iniciativas de certificação e rastreabilidade de produtos agrícolas podem agregar valor e abrir novas portas para exportação.

O agronegócio sustentável é mais do que uma tendência; é uma necessidade para o futuro do Brasil e do planeta. Ao integrar práticas sustentáveis, o setor pode continuar a ser um motor da economia brasileira, promovendo uma ligação saudável e produtiva entre o campo e a cidade. Com políticas adequadas e investimentos em inovação, o agronegócio sustentável pode transformar desafios em oportunidades, assegurando um desenvolvimento econômico robusto e ecologicamente equilibrado.

Por Otávio Milani.

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