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Internacional

Índia fará operação para recuperar corpos de alpinistas desaparecidos

Publicado

Por France Presse

Um helicóptero com paramilitares especializados em intervenções em montanhas decolou nesta quarta (5) para uma missão de alto risco para tentar recuperar os corpos de oito alpinistas desaparecidos no Himalaia e supostamente mortos.

Os alpinistas são quatro britânicos, dois americanos, um indiano e uma australiana, que teriam morrido em uma avalanche na semana passada.

Aviões da Aeronáutica indiana localizaram cinco corpos de um lado do Nanda Devi, a segunda montanha mais alta da Índia. As autoridades acreditam que os corpos dos outros três escaladores estão perto da mesma área.

Os desaparecidos faziam parte de uma expedição de 12 pessoas liderada pelo alpinista veterano britânico Martin Moran. Quatro britânicos que abandonaram a expedição foram resgatados no domingo (2) no Nanda Devi.

A missão de resgate começou nesta quarta (5) às 5h (20h30 de terça-feira no horário de Brasília), com a decolagem da cidade de Munsyari de um helicóptero do exército com quatro alpinistas da polícia de fronteiras indo-tibetana e cinco membros da Força Aérea.

Os quatro alpinistas da polícia serão levados até Nanda Devi, em um ponto entre 5.500 e 6.100 metros de altitude, segundo Vivek Kumar Pandey, porta-voz da polícia.

Trata-se de “uma operação de alto risco em altitude”, em uma área onde as avalanches são frequentes, explicou.

Escalada é mais difícil que a do Everest

A expedição de Martin Moran obteve a permissão para ascender ao pico oriental de Nanda Devi. Mas em 22 de maio, depois de ter alcançado o segundo acampamento base, anunciou inesperadamente no Facebook sua intenção de ir para outro pico, de 6.477 metros.

Esta montanha é mais difícil de escalar do que o Everest, e o grupo arriscou suas vidas conscientemente quando decidiu mudar seus planos sem notificar as autoridades, disse à AFP uma pessoa encarregada das operações de resgate.

A permissão foi acordada para a face leste do Nanda Devi, e qualquer desvio é ilegal. Não estávamos cientes da mudança de planos e isso acabou sendo fatal, acrescentou o oficial.

O último contato com o grupo ocorreu no dia 26 de maio, um dia antes de uma nevasca e grandes avalanches.

Provavelmente houve um erro de julgamento, e eles devem ter caído de uma cornija nevada, segundo uma fonte militar afirmou à AFP.

Índia tem dez montanhas com mais de 7.000 metros

Centenas de alpinistas de todo o mundo visitam a Índia todos os anos para escalar as montanhas do Himalaia, e os picos dos Nanda Devi são considerados os mais difíceis.

A Índia tem dez montanhas de mais de 7.000 metros, incluindo o monte Kangchenjunga, o terceiro mais alto do mundo, localizado entre a Índia e o Nepal.

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Internacional

Vizcarra enfrenta Congresso peruano em processo de impeachment

Publicado

por

G1

O presidente do Peru, Martín Vizcarra, enfrenta nesta sexta-feira (18) um julgamento no Congresso que ameaça tirá-lo do poder em um momento em que o país vive o agravamento da pandemia do novo coronavírus e uma grave recessão econômica.

O processo de impeachment contra Vizcarra, de 57 anos, foi aberto na semana passada, depois do vazamento de áudios que, segundo parlamentares, mostram o presidente tentando minimizar a sua relação com o cantor Richard Cisneros, investigado por conta de contratos irregulares com o governo.

Nos áudios, Vizcarra conversa com duas assessoras sobre as idas de Cisneros ao palácio presidencial e pede para que mintam em um inquérito parlamentar.

Em seu discurso diante dos parlamentares, o presidente colocou-se à disposição do Ministério Público e fez um apelo para que os congressistas “não se distraiam” neste momento em que o país enfrenta a crise do coronavírus.

Segundo o mandatário, até o momento, não há comprovação de irregularidades que justificassem a sua destituição. “O único ato ilegal que está comprovado até agora é a gravação clandestina”, afirmou.

Após o pronunciamento do presidente, o seu advogado, Roberto Pereira Chumbe, deu início à sua defesa.

Após as argumentações da acusação e da defesa, os parlamentares debaterão antes de votar uma moção para destituir o atual mandatário.

Se Vizcarra for derrubado, o chefe do Congresso, Manuel Merino, político discreto quase desconhecido dos peruanos, assumirá as rédeas do país. O popular presidente, que deixaria o poder dez meses antes do término de seu mandato, teria um destino semelhante ao de seu antecessor Pedro Pablo Kuczysnki (2016-2018), que foi forçado a renunciar sob pressão do Parlamento.

Derrota no Tribunal Constitucional
Na quinta-feira (17), o Tribunal Constitucional rejeitou uma medida cautelar solicitada por Vizcarra para suspender o julgamento.

A juíza Marianella Ledesma destacou que o tribunal não concedeu a medida, porque “o risco de vacância diminuiu”, sinal de que os inimigos de Vizcarra não teriam votos para destituí-lo, segundo a agência France Presse.

A imprensa local avalia que é muito improvável que os deputados votem em maioria pela sua saída.

César Acuña, chefe do segundo maior partido no Congresso e possível candidato nas eleições presidenciais de 2021, já afirmou que uma derrubada de Vizcarra “só poderia agravar” a situação atual do país, já fragilizado pelo impacto da crise provocada pelo novo coronavírus.

A aprovação do impeachment no Congresso exige 87 votos dos 130 parlamentares. Na abertura do processo, a oposição conseguiu 65 votos (21 deles do Alianza para el Progreso, de Cesar Acuña).

Apesar do desgaste, Vizcarra mantém alta a sua popularidade. Uma pesquisa da Ipsos apontou que oito a cada dez peruanos querem que ele permaneça à frente do Executivo.

‘Complô contra a democracia’
A abertura do processo de impeachment acontece em meio a confrontos entre o Legislativo e o Executivo pela aprovação de uma reforma política promovida pelo governo. A mudança deixaria candidatos condenados pela Justiça fora das eleições.

Vizcarra, um centrista que assumiu a presidência em 2018 após a renúncia de Pedro Pablo Kuczynski, acusa o Congresso de “complô contra a democracia”. Ele não tem representação no Congresso e não pode concorrer nas eleições do próximo ano devido aos limites constitucionais.

 

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Internacional

Nova York adia novamente início de aulas presenciais em escolas públicas

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por

G1

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, anunciou na quinta-feira (17) o adiamento do reinício do ensino presencial nas escolas públicas da cidade pela segunda vez por causa da pandemia.

Embora as aulas pela internet tenham começado, o início do ensino presencial já havia sido adiado anteriormente do dia 10 de setembro para o dia 21, para os alunos que optaram por voltar às salas de aula.

Agora, apenas crianças em idade pré-escolar e alunos com necessidades especiais de aprendizagem irão se dirigir aos prédios escolares na segunda-feira (21), disse o prefeito em entrevista coletiva. Os estudantes do ensino primário irão começar na terça-feira (29). Alunos do ensino médio começarão na quinta-feira (1º).

O maior distrito escolar dos Estados Unidos, que atende mais de 1,1 milhão de crianças e adolescentes, enfrenta dificuldades para encontrar funcionários dispostos a trabalhar em salas de aula durante a pandemia de Covid-19.

O adiamento aconteceu após líderes de sindicatos de professores falarem a respeito de preocupações com relação à volta às aulas presenciais.

“Embora eles reconheçam que houve um progresso real, não foi feito o suficiente, e é preciso fazer mais para nos certificarmos de que as coisas estejam firmes como elas precisam estar”, disse de Blasio a jornalistas.

O prefeito afirmou que estudantes e funcionários seguem mudando de opinião sobre a disposição para o ensino presencial, o que torna difícil o planejamento para direcionar professores para equipar cada sala de aula.

No total, 4,5 mil educadores foram contratados, disse de Blasio, acrescentando que espera anunciar ainda mais contratações nas próximas semanas.

A maioria dos outros distritos escolares nos Estados Unidos descartou planos de retomar o ensino presencial no momento. Em Los Angeles, segundo maior distrito escolar do país, e em Chicago, os estudantes estão ficando em casa e usando computadores para assistir suas aulas.

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