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Agronegócio

Gergelim se torna uma boa opção para segunda safra em MT

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O Bom da Notícia

Com vantagens sobre outras culturas como rentabilidade e demanda do mercado externo, o gergelim vem a ser a principal alternativa para os agricultores para segunda safra após a colheita da soja na região do Vale do Araguaia. Com 65 mil hectares plantados de gergelim na região, o município Canarana é responsável por 90% da produção do grão especial no Brasil.

O produtor rural Marcos da Rosa, que planta gergelim pela primeira vez e destaca que as condições climáticas e procura pelo grão são fatores importantes na hora de escolher pela cultura do gergelim.

“A região do Vale do Araguaia tem a característica de se encerrar o período de chuvas mais precocemente do que outras no estado, como por exemplo no nortão, com estas condições o milho como opção de segunda safra se torna uma cultura perigosa, pois o custo de produção é quase igual a produtividade, já o gergelim tem uma produção mais barata e com esta procura do mercado internacional viabiliza a cultura na região”, disse.

Com um pouco mais de experiência no cultivo de gergelim, o agricultor e presidente do Sindicato Rural de Canarana, Alex Wisch, em 2012 juntamente com o pai passaram a plantar o grão, ele conta que no início sem o conhecimento técnico sobre como cultivar o gergelim passaram por alguns problemas que foram diminuindo com os anos de plantio.

“Hoje eu costumo dizer para os vizinhos de fazenda que a soja é a nossa safrinha, nós plantamos primeiro a safrinha para depois plantar a safra, porque o gergelim está sendo a nossa safra principal hoje. Com o passar dos anos nós procuramos nos tecnificar, temos muita coisa para aprender ainda, mas já conseguimos excelentes resultados acima de mil quilos por hectare por colheita mecanizada”, comentou.

De olho neste aumento da procura de gergelim pelo mercado internacional, o produtor de sementes Leandro Lodea, da LC Sementes investe na produção de sementes para suprir a demanda dos produtores.

“Este ano estamos com o primeiro campo de sementes com a cultivar da Embrapa, BRS Anahi que é classificada como semi-deiscentes que não abre tanto o fruto e também com comprovação cientifica na redução de nematoide das galhas (meloidogyne incógnita), aliado ao melhoramento do fluxo de caixa do agricultor devido a rentabilidade em relação ao milho”, explicou.

O sucesso do cultivo do gergelim no Vale do Araguaia despertou o interesse de empresas exportadoras, como no caso da Agrícola Ferrari especializada em grãos que também trabalha em seu portfólio com culturas alternativas.

“O gergelim pode ser usado tanto no mercado interno quanto no externo, nós particularmente focamos na exportação e esse é o nosso segundo ano com o grão que passa momentaneamente por uma boa aceitação, mas estamos trabalhando muito para melhorar algumas coisas a campo para que o nosso produto seja cada vez mais bem aceita fora do país”, destacou o gerente de negócios da empresa Alex Luviseto.

O apoio governamental na pesquisa também ajudou na evolução do gergelin, a pesquisadora Embrapa, Nair Arriel destacou os resultados recentes obtidos com uma nova cultivar, a BRS Anahí.

“Uma das cultivares que tem despertado bastante interesse dos produtores da região é a BRS Anahí, cultivar de haste única com crescimento não ramificado, com uma produtividade em torno de 1.600 quilos por hectare, a coloração do grão é branca, muito aceita no mercado de panificação quanto para a exportação. A cultivar tem mostrado uma ótima adaptação em Canarana e maior produtividade em relação às demais variedades plantadas na região”, avaliou.

O gestor de Ativos da Embrapa, Bernardo Mendes avalia o cenário do gergelim na região de forma positiva, com fatores importantes ajudando no crescimento no número produtores a cada ano optando pelo grão na segunda safra.

“A cada ano o gergelim tem crescido bastante e tendo uma aceitação muito boa, porque casa muito bem a demanda com uma região que produz de tudo, com tecnologia embarcada no cultivo é respondido de forma consistente na produção”, finalizou. (Com assessoria)

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Agronegócio

Emissão de certificados atrasa e causa prejuízo de R$ 6 bi no Porto de Santos

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O porto de Santos, o maior do Brasil, enfrenta longos atrasos na emissão de certificados fitossanitários para o embarque de grãos e no envio de cargas de açúcar, resultando em mais de 100 embarcações aguardando no porto com suas mercadorias.

Segundo cálculos da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais do Brasil (Anec), esse impasse está custando aos exportadores de grãos cerca de R$ 5,89 bilhões em prejuízos.

O procedimento de emissão dos certificados, que costumava ser concluído em 48 horas, agora leva cerca de dez dias devido à escassez de fiscais agropecuários encarregados da liberação dos documentos.

Essa situação alarmante foi destacada pela associação. “O problema é grave. Estamos enfrentando uma sobrecarga significativa no número de fiscais do Ministério da Agricultura. Isso gera preocupação entre nossos associados, já que o pagamento pelo produto exportado só ocorre após a liberação do certificado”, afirmou um representante da Anec.

Para estimar o montante de cerca de R$ 5,89 bilhões, a Anec considerou um volume de exportação de soja projetado para este ano, totalizando 100 milhões de toneladas.

Ao dividir esse volume pela quantidade de soja que um navio pode transportar (65 mil toneladas) e, em seguida, dividir pelo total de dias em um ano (365), chega-se a uma média de quatro navios por dia. Essa análise revela o impacto significativo desse atraso nos processos de exportação de grãos, afetando diretamente a economia do país.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Recorde: abate de bovinos sobe 12,2% no ano, diz IBGE

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Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)  mostram que, no terceiro trimestre de 2023, houve um aumento no abate de bovinos em 12,2%, de suínos em 0,5% e de frangos em 3,2% em comparação com o mesmo período de 2022. Quando comparado ao segundo trimestre de 2023, o abate de bovinos aumentou em 5,5%, o de suínos em 2,9% e o de frangos em 1,4%.

Para bovinos e suínos, foi alcançado um novo recorde na série histórica, iniciada em 1997. Ao todo, foram abatidas 14,62 milhões de cabeças de suínos e 8,93 milhões de cabeças de bovinos.

A aquisição de leite foi de 6,23 bilhões de litros, representando um aumento de 1,3% em relação ao terceiro trimestre de 2022 e de 8,6% em relação ao trimestre anterior.

Em relação à aquisição de peças de couro pelos curtumes, houve um aumento de 9,2% em relação ao terceiro trimestre de 2022 e um acréscimo de 4,6% em relação ao trimestre anterior, totalizando 8,84 milhões de peças inteiras de couro cru.

A produção de ovos de galinhas atingiu 1,06 bilhão de dúzias no terceiro trimestre, registrando um recorde na série histórica da pesquisa, iniciada em 1987. Esse aumento foi de 2,3% em relação ao mesmo período de 2022 e de 1,0% em relação ao trimestre anterior.

Em resumo, os dados revelam um aumento consistente na produção e abate de animais, bem como na produção de leite, couro e ovos de galinha durante o terceiro trimestre de 2023 em comparação com anos anteriores e trimestres anteriores, indicando um cenário de crescimento nesses setores.

Fonte: Pensar Agro

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