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Agronegócio

Governador de Mato Grosso anuncia que vai recorrer de decisão do STF

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O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, anunciou nesta quarta-feira (26.12), por meio de suas redes sociais, que irá recorrer da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu a eficácia da Lei nº 12.709/2024. A legislação, sancionada em outubro, previa o corte de incentivos fiscais para empresas que aderem à Moratória da Soja, acordo que proíbe a compra de soja de áreas desmatadas na Amazônia após julho de 2008.

Em seu Instagram, Mendes publicou um vídeo onde afirma que, se houver falhas na lei, elas serão corrigidas. “Nesse primeiro momento, quero dizer que nós iremos recorrer da decisão judicial com todo o respeito que nós temos. Mas, iremos recorrer e, se isso não der certo, nós iremos criar mecanismos para barrar todos aqueles que não aceitam cumprir com o Código Florestal Brasileiro”, afirmou.

O governador também criticou a postura das empresas signatárias da moratória, dizendo que nenhuma organização, seja nacional ou internacional, deve impor regras além da legislação brasileira. “O Código Florestal é uma lei muito rígida e precisa ser cumprida em todos os aspectos”, ressaltou Mendes.

Imagem: assessoria

Para o presidente do Instituto do Agronegócio (IA), Isan Rezende (foto), a decisão do Supremo Tribunal Federal é equivocada. “O STF vai na contramão dos esforços para consolidar o agronegócio como um setor alinhado às leis ambientais brasileiras, como o Código Florestal, que é uma das legislações mais rigorosas do mundo. Essa lei aprovada em Mato Grosso não só assegura um ambiente de negócios justo para os produtores, como também protege a competitividade do setor, que tem enfrentado restrições injustificadas impostas por acordos que extrapolam a legislação nacional”, afirmou Rezende.

“É inaceitável que empresas estrangeiras e multinacionais imponham exigências que desconsideram as normas brasileiras, prejudicando diretamente os produtores locais e o desenvolvimento do estado. Apoiamos integralmente a iniciativa do governador Mauro Mendes em recorrer da decisão e buscar soluções que priorizem o cumprimento da lei brasileira, garantindo que todos os atores do mercado sigam as mesmas regras”, reforçou o presidente do Instituto do Agronegócio.

A decisão do STF, tomada pelo ministro Flávio Dino, atendeu a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) apresentada por partidos como PCdoB, PSOL, Partido Verde e Rede Sustentabilidade. A medida cautelar suspendeu a lei que estabelecia novos critérios para concessão de benefícios fiscais no estado e, na prática, impedia que empresas signatárias da Moratória da Soja fossem beneficiadas.

A legislação, prevista para entrar em vigor em 1º de janeiro de 2025, foi sancionada com o objetivo de pressionar empresas a reverem sua adesão ao pacto criado em 2006 pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). Para o governo de Mato Grosso, o acordo desrespeita a legislação brasileira e prejudica o agronegócio local.

Leia Também:  Congresso atende FPA e vai deixar recursos do agronegócio fora do contingenciamento

 

Mato Grosso é um dos maiores produtores de soja do Brasil e segue o Código Florestal, considerado uma das legislações ambientais mais rígidas do mundo. No bioma Amazônico, os produtores devem preservar 80% de suas terras, podendo usar apenas 20% para produção.

O governador Mauro Mendes argumenta que a moratória impacta negativamente o mercado e o desenvolvimento sustentável do estado, que já cumpre com exigências ambientais rigorosas. “Não podemos aceitar que uma empresa estrangeira ou brasileira venha aqui impor regras que não estão na lei”, afirmou.

 

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Agronegócio

Congresso Brasileiro de Soja celebra 50 anos da Embrapa

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Começa nesta terça-feira (21.07), em Campinas (cerca de 100 km da capital, São Paulo), a 10ª edição do Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja) promete movimentar o setor produtivo nacional. O evento será realizado no Centro de Exposições e Convenções Expo Dom Pedro e trará uma agenda ampla voltada à ciência, tecnologia, sustentabilidade e agregação de valor à cadeia da soja. A décima edição do CBSoja acontece em conjunto com o Mercosoja, reforçando o caráter internacional do encontro.

Promovido pela Embrapa Soja, o congresso é considerado o principal fórum técnico-científico da cadeia da oleaginosa na América do Sul. A expectativa é reunir mais de 2 mil participantes, entre pesquisadores, produtores, profissionais do agro, estudantes e representantes de empresas públicas e privadas ligadas ao setor.

Este ano o congresso terá um sabor especial: celebra os 50 anos da Embrapa Soja, marco que será lembrado com uma programação robusta voltada ao protagonismo da ciência no desenvolvimento da cultura. A agenda técnica deve incluir debates sobre os principais desafios da produção nos próximos anos, como inovação genética, manejo sustentável, biotecnologia, mudanças climáticas, defesa vegetal e políticas de inclusão produtiva.

O local escolhido para o evento é estratégico: o Expo Dom Pedro está próximo ao aeroporto de Viracopos e conta com acesso facilitado às principais rodovias do interior paulista, além de estar ao lado de um dos maiores shoppings da América Latina. A estrutura oferece acessibilidade, climatização e espaço amplo para expositores.

Mais do que uma vitrine de conhecimento, o CBSoja 2025 pretende ser um espaço de conexão entre os diversos elos da cadeia, promovendo o intercâmbio entre ciência, mercado e produtor rural. A iniciativa reforça o papel da Embrapa como articuladora de um sistema de inovação que envolve o setor público, privado e os agricultores brasileiros.

As inscrições, programação acesse aqui.

SERVIÇO
10º Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja) e Mercosoja 2025
Data: 21 a 24 de julho de 2025
Local: Centro de Exposições e Convenções Expo Dom Pedro – Campinas (SP)

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Alta do dólar e demanda firme garantem semana positiva para o mercado brasileiro

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O mercado brasileiro de soja registrou bons negócios ao longo da semana passada, com os preços reagindo positivamente tanto nos portos quanto no interior do país. A valorização do dólar frente ao real, somada a uma recuperação técnica nas bolsas internacionais, ajudou a destravar a comercialização, favorecendo as decisões de venda por parte dos produtores e apontando para mais uma semana positiva para o mercado brasileiro.

Apesar do último relatório divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) não ter trazido grandes surpresas, os dados confirmaram estoques internos elevados para a nova temporada. Ainda assim, o impacto foi limitado, e o cenário internacional manteve certo otimismo, sustentando as cotações. O avanço da colheita nos principais países produtores da América do Sul também segue dentro da normalidade, sem grandes revisões até o momento.

No mercado interno, os preços se mantiveram firmes, com leve alta em algumas regiões estratégicas. A demanda nos portos continuou sólida, com prêmios estáveis, o que contribuiu para manter o interesse de compradores. No interior, o chamado basis permaneceu atrativo, abrindo espaço para operações lucrativas mesmo diante de um cenário global mais apertado. A movimentação foi considerada boa para o período, especialmente após semanas de lentidão nas vendas.

As projeções para a próxima safra seguem otimistas no Brasil, com expectativa de incremento na produção. Já em países vizinhos, como a Argentina, houve leve revisão para cima nas estimativas de colheita. A China, principal importadora mundial da oleaginosa, reduziu ligeiramente a previsão de compras para a temporada em andamento, o que não chegou a impactar negativamente o apetite por soja brasileira, dado o bom ritmo dos embarques nacionais.

Um fator que segue no radar dos agentes de mercado é a escalada das tensões comerciais entre China e Estados Unidos, além do tarifaço de 50% que Trump ameaça aplicar a partir de primeiro de agosto.

Mesmo com os estoques americanos acima das expectativas, a combinação de dólar forte e demanda firme garantiu ao produtor brasileiro uma semana positiva, com oportunidades de comercialização e margem mais favorável. A tendência agora é de que o ritmo de vendas siga aquecido nos próximos dias, à medida que o câmbio e os prêmios se mantiverem em patamares vantajosos.

Fonte: Pensar Agro

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