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Política Nacional

Governo edita medida provisória que muda Código Florestal

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ESTADÃO CONTEÚDO

Passados 16 dias que o Senado fez um acordo para não votar uma medida provisória (MP) que alterava o Código Florestal, o presidente Jair Bolsonaro editou na sexta-feira (14), uma MP alterando a lei ambiental de 2012. Pelo texto proposto agora pelo governo, deixa de existir um prazo para os proprietários de terra fazerem o Cadastro Ambiental Rural (CAR).

A MP 884, publicada em edição extraordinária no Diário Oficial da União de ontem, altera só o parágrafo 3 do artigo 29 do Código Florestal (Lei 12.651), que estabelecia o prazo de 31 de dezembro de 2017, prorrogável por mais um ano, para todos os donos de terra fazerem o CAR.

No novo texto, desaparece qualquer menção a prazo e fica escrito somente que o cadastro é obrigatório para todas as propriedades e posses rurais.

Sem uma data-limite, o CAR se torna perene e, desse modo, os produtores que ainda estiverem sem registro não poderão ser multados ou sofrer sanções, como a de não conseguir crédito rural, uma das punições previstas para incentivar os produtores.

Não fica claro agora como se darão as outras etapas previstas no Código Florestal para que os produtores que tenham déficit de vegetação nativa se regularizem. Para aderir ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), o proprietário precisa ter feito o cadastro. Sem prazo para o CAR, o PRA também fica sem data para ocorrer.

A nova MP surge como uma alternativa do governo à derrota sofrida no Senado no final de maio, quando o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), decidiu não colocar em votação outra MP, apresentada em dezembro de 2018 pelo ex-presidente Michel Temer, que prorrogava justamente o prazo do PRA até 31 de dezembro deste ano.

Esta MP, a 867, havia acabado de ser aprovada na Câmara depois de ser engordada com um “jabuti” – expressão usada no jargão legislativo para se referir a itens adicionados ao texto que não tenham ligação com o tema principal da matéria.

A emenda criava uma espécie de anistia adicional a desmatadores ao liberar proprietários rurais de recuperar parte de suas áreas de preservação permanente (APP) ou de suas reservas legais (RL) desmatadas ou degradadas, permitindo a eles acesso a créditos rurais. Com a mudança, estima-se que dois milhões de hectares desmatados ilegalmente não precisariam ser recuperados – equivalente ao Estado do Sergipe.

A proposta causou barulho entre ambientalistas e parte das organizações ligadas ao agronegócio, que viram na mudança uma possibilidade de insegurança jurídica. Já no Congresso, parlamentares ligados ao agronegócio defenderam a mudança como uma saída para pacificar conflitos remanescentes. Sem a votação do Senado, a MP caducou.

Estratégia

Depois disso, o governo indicou que apresentaria nova proposta com teor semelhante. Havia um entendimento jurídico de que não poderia ser reeditada MP com o mesmo teor ao daquela que caducou. Então, em vez de abordar o PRA, o alvo foi o cadastro.

As demais alterações previstas em emendas não foram apresentadas mas ontem o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) apresentou projeto de lei com o mesmo teor da MP que tinha sido aprovada na Câmara – com os “jabutis”.

Houve, porém, uma nova alteração: pantanal e pampa passariam a ser consideradas áreas consolidadas ou seja, o desmatamento ocorrido nesses locais não mais precisaria ser regularizado.

Para o pesquisador Raoni Rajão, da Universidade Federal de Minas que trabalha com a ocupação do território, a mudança pode ser pior que a prevista antes.

“Se não tem prazo para exigir a obrigatoriedade, é como se o CAR não fosse obrigatório.”

O diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Valdir Colatto, manifestou em sites ligados ao agronegócio que tirar o prazo do CAR é positivo justamente pelo contrário. Segundo ele, “aberto o prazo do CAR está aberto também o do PRA”, o que daria mais tempo para os Estados se adequarem.

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Política Nacional

Mais de 63% dos leitores acreditam que Lula deve se afastar após cirurgia cerebral

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Luiz passou pelo procedimento de emergência para drenar um hematoma na cabeça.

O presidente sofreu um acidente doméstico há poucos dias, o que culminou em um hematoma em sua cabeça.

A última enquete realizada pelo  mostrou que mais de 63% dos leitores acreditam que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deve se afastar do cargo em decorrência da cirurgia cerebral a qual foi submetido na terça-feira (10), em São Paulo. Outros 37% acham que ele vai se recuperar e retomar o mandato.

O petista, que tem 79 anos, passou pelo procedimento de emergência para drenar um hematoma na cabeça – ainda em decorrência da queda que sofreu no banheiro de casa em outubro.

O levantamento foi realizado pelo no site do  e no Instagram. No site, 55% votaram que Lula deve se afastar, permitindo assim que o vice-presidente da República Geraldo Alckmin assuma o comando do país. e 45% que ele vai voltar ao cargo. Já no Instagram, 71% apostam no afastamento e apenas 29% no retorno do petista à presidência.

 

Boletim médico

Nesta quarta-feira (11), o Hospital Sírio Libanês emitiu um boletim médico afirmando que o procedimento realizado em Lula foi um sucesso e que ele se recupera bem.

De acordo com a equipe médica, a previsão é a de que o presidente retorne a Brasília no começo da próxima semana.

“Está lúcido, orientado, conversando e passou a noite bem. O presidente permanece ainda com dreno enquanto aguarda novos exames de rotina”, diz trecho de nota.

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Política Nacional

Leitores: Isenção do imposto de quem ganha até R$ 5 mil é medida eleitoreira e populista de Lula

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Outra parcela dos leitores, representada por 30,4%, disse acreditar que a medida é “ótima e vai sobrar mais no bolso do trabalhador”.

Somatória das enquetes feitas no site e no Instagram do RepórterMT apontam que 38,9% dos leitores acreditam que a proposta seja eleitoreira e populista.

 

O pacote de ajustes fiscais nas contas públicas anunciadas pelo governo Lula (PT) não foi bem visto pela maioria dos leitores do . Conforme constatado pela última enquete feita pelo site, a medida tem sido vista como eleitoreira e populista.

Entre as mudanças propostas pelo pacote apresentado pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad, no dia 27 de novembro, está a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil. A medida é vista por 38,9% dos leitores do RepórterMT como eleitoreira e populista.

A somatória das enquetes feitas na página do site e no Instagram aponta que uma outra parcela significativa dos leitores, representada por 30,4%, acredita que a medida é “ótima e vai sobrar mais no bolso do trabalhador”.

Logo atrás das duas opções, aproximadamente 23,1% dos leitores julgam que a medida foi feita para “lascar” ainda mais o pobre. E, por fim, 7,5% apostam que a proposta é certa, mas foi apresentada do jeito errado.

Vale ressaltar que as enquetes do  não têm caráter científico e são fruto da curiosidade jornalística.

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