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Agronegócio

Indea tem apoio da Acrismat e reforça no Nortão e demais regiões ações para evitar peste suína

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O Fundo de Sanidade e Desenvolvimento da Suinocultura e a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) firmaram termo de cooperação técnica com Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) para o fornecimento de 4 veículos que ajudarão na fiscalização no Estado como ação preventiva para evitar casos de peste suína clássica, como ocorreu recentemente no Ceará e Piauí. Durante 45 dias os veículos vão monitorar e tentar coibir o trânsito ilegal de animais nestas regiões, que incluem os municípios de Vila Rica, Água Boa, Cocalinho, Torixoréu, Barra do Garças e outros.

Os veículos serão utilizados por servidores do Indea, que trabalharão na região de fronteira com o Pará até o município de Barra do Garças. O Pará não tem reconhecimento de área livre da peste suína. “Vamos intensificar as ações de prevenção já que dois Estados do nordeste registraram casos da doença, o que coloca em risco as regiões mais próximos”, concluiu o médico veterinário da Acrismat, Igor Queiroz.

O vice-presidente da Acrismat, Moisés Sachetti, disse que “é quase que uma obrigação do fundo e de todo o setor da suinocultura trabalhar junto nesse momento de uma possível crise, e para isso decidimos viabilizar estes veículos para ajudar na fiscalização, monitoramento e vigilância de veículos de carga animal ou não, e ainda a educação sanitária do motoristas que trafegam pela região norte do Estado”.

O diretor técnico do Indea, Alison Cericatto, disse que “o Estado faz seu planejamento, mas infelizmente dentro dele não há previsão para situações de emergências. E essas situações muitas vezes necessitam de um aporte rápido de recursos financeiros e estrutura para que sejam controladas, por isso é crucial essa parceria entre setor público”, enfatizou.

Desde outubro de 2018, foram identificados 44 casos no Brasil, todos no Ceará, que também está fora da área identificada como livre da doença. O Piauí registrou o primeiro caso de Peste Suína Clássica (PSC) em abril, e decretou no dia 8 do mesmo mês estado de emergência zoossanitária em Lagoa do Piauí, município onde ocorreu o caso. A confirmação do caso foi divulgada em nota técnica do Ministério da Agricultura, informa a assessoria.

 

Só Notícias (foto: arquivo/assessoria)

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Agronegócio

Infraestrutura portuária emperra exportações do café brasileiro

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Mesmo fora do pico da safra, o Brasil deixou de embarcar mais de 737 mil sacas de café em abril deste ano por conta de entraves logísticos, segundo levantamento do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

O prejuízo direto com armazenagem adicional chegou a R$ 6,6 milhões — mas o impacto é muito maior. A impossibilidade de escoamento representou perda de US$ 328,6 milhões (ou R$ 1,9 bilhão) em receita cambial que o país deixou de arrecadar no mês.

A situação escancara um problema crônico: a infraestrutura portuária nacional, especialmente nos principais corredores de exportação, não acompanha o ritmo da produção agrícola. Desde junho de 2024, os exportadores associados ao Cecafé já acumulam R$ 73,2 milhões em custos logísticos extras — reflexo de terminais saturados, gargalos operacionais e morosidade nos investimentos públicos.

Segundo a entidade, mesmo com menor volume de cargas nos terminais, típico da entressafra para produtos como o café, os problemas persistem. Isso aponta não para excesso de demanda, mas para deficiência estrutural. E quem sente o baque não são apenas os exportadores: o produtor rural também paga a conta.

O Brasil é um dos países que mais repassa ao cafeicultor o valor obtido com as exportações. Em média, neste ano, 88,3% do preço FOB é transferido aos produtores de café arábica e 96,5% aos de canéfora. Quando o café não sai do porto, a renda também não chega ao campo.

Eduardo Heron, diretor técnico do Cecafé, afirma que o problema é sistêmico e que os anúncios de investimentos — como o leilão do Tecon Santos 10, a concessão do canal marítimo, o túnel Santos-Guarujá e a nova descida da Anchieta — são bem-vindos, mas lentos. “Essas melhorias devem levar cerca de cinco anos para sair do papel. A ideia de restringir a participação no leilão do Tecon Santos 10, por exemplo, pode judicializar o processo e agravar os atrasos”, alerta.

O café é apenas um símbolo de um problema mais amplo. A cadeia agroexportadora, que inclui desde grãos e carnes até fibras e frutas, depende de um sistema logístico eficiente para se manter competitiva no mercado internacional. Enquanto as soluções não chegam, o agronegócio brasileiro, que responde por boa parte do superávit comercial do país, segue enfrentando uma realidade em que o campo colhe, mas o porto não entrega.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

VBP da agropecuária deve ultrapassar R$ 1,5 trilhão em 2025

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O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária do Brasil deve alcançar R$ 1,53 trilhão neste ano, com alta de 13,1% em relação a 2024. A projeção foi divulgada nesta terça-feira (20.05) pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O número é superior ao previsto no mês passado, quando a entidade estimava um faturamento de R$ 1,51 trilhão.

A agricultura deve puxar esse crescimento, com previsão de R$ 1 trilhão em faturamento — valor 13,1% maior que o registrado em 2024. Entre os produtos, o milho se destaca, com crescimento estimado de 35,4% e VBP de R$ 173,6 bilhões. O bom desempenho é atribuído tanto à produção quanto aos preços praticados.

Outro destaque é o café, principalmente o robusta, que deve ter alta de 93,4% no VBP, seguido pelo arábica, com crescimento de 63,7%. Além da valorização dos preços, a previsão de uma safra mais favorável ajuda a explicar os números.

Outros produtos importantes para o campo também aparecem nas projeções da CNA:

  • Soja: R$ 367,9 bilhões (+10,1%);

  • Cana-de-açúcar: R$ 104,8 bilhões (-1,2%);

  • Pluma de algodão: R$ 35,8 bilhões (+4,3%);

  • Laranja: R$ 23,1 bilhões (-2,1%).

Na pecuária, o crescimento estimado é de 12,9%, com VBP previsto de R$ 520,3 bilhões. Carne bovina e ovos devem liderar esse avanço. A carne bovina pode alcançar R$ 252,2 bilhões em faturamento, com alta de 19,5%, enquanto os ovos devem ter um salto de 22,9%, somando R$ 29,2 bilhões. Leite, frango e carne suína também devem registrar crescimento, ainda que em ritmo mais moderado:

  • Leite: R$ 101,1 bilhões (+3,3%);

  • Carne de frango: R$ 92,5 bilhões (+7,5%);

  • Carne suína: R$ 45,1 bilhões (+7,7%).

Segundo a CNA, o VBP reflete o faturamento bruto das atividades agropecuárias dentro das propriedades rurais, calculado a partir da produção e dos preços reais médios (deflacionados pelo IGP-DI) recebidos pelos produtores em todo o país.

Com esse cenário, o setor agropecuário brasileiro segue como um dos principais motores da economia nacional, impulsionado por bons preços e produção consistente, apesar dos desafios climáticos e de mercado.

Leia aqui o comunicado técnico completo.

Fonte: Pensar Agro

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