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Justiça: Prefeitura abasteceu ônibus escolar que não tinha rodas

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Além de Assis Raupp, mais cinco ex-secretários foram denunciados pelo Ministério Público

A Justiça determinou o bloqueio de bens do ex-prefeito de Colniza, João Assis Ramos, o Assis Raupp, e mais quatro servidores do Município por suposta fraude na aquisição de óleo diesel para uso de um ônibus escolar sucateado, que se encontra abandonado e não possui sequer rodas.

Conforme decisão liminar proferida pelo juiz Ricardo Frazon Menegucci, os fatos apontam para fortes indícios de ato improbo, porque o ônibus escolar ‘talvez não sirva nem para sucata’ – conforme apontado na decisão –, além de outros desvios relacionados a veículos da Prefeitura, como uma pá-carregadeira cuja quantidade de combustível adquirida é acima do consumo possível para o período justificado, e um caminhão que não pertencia à frota municipal.

“É evidente que o feito não se encontra na fase instrutória, mas são fortes os indícios de ato ímprobo, eis que fora adquirido combustível para um ônibus escolar abandonado, sem rodas, que talvez não sirva nem para sucata”, diz trecho da decisão.

Ao analisar o caso, o magistrado destacou ainda que a medida cautelar de indisponibilidade tem como finalidade evitar que o dano ao erário fique sem reparação, de forma que se comprovado que não houve ato de improbidade, nada impede de que a medida seja revogada e o processo encerrado.

Assis Raupp foi eleito prefeito de Colniza em 2012. Investigado pela Câmara Municipal por atos de improbidade, ele foi afastado do cargo e acabou cassado em 2016.

Naquele mesmo ano, ele tentou novo mandato de prefeito, mas sua candidatura foi indeferida.

 

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Selic deve subir e voltar ao nível de crise de Dilma nesta quarta, e próximos passos do Copom são incertos

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Copom do Banco Central do Brasil vai levar a taxa básica de juros a 14,25% ao ano

Projeção unânime é de alta de juros em um ponto percentual, a 14,25% ao ano; nos EUA, expectativa é de manutenção das taxas

 

O mercado financeiro dá como certo que o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central vai levar nesta quarta-feira (19) a taxa básica de juros (Selic) a 14,25% ao ano –mesmo nível registrado durante a crise do governo de Dilma Rousseff (PT).

Se a previsão se confirmar, a Selic atingirá o maior patamar desde outubro de 2016. Naquele período, a taxa básica foi colocada em 14,25% no fim de julho de 2015 e mantida estável por um ano e três meses.

Os mercados financeiros se preparam para uma “superquarta” —dia em que os bancos centrais de Brasil e Estados Unidos decidem o rumo dos juros de suas respectivas economias. Nos EUA, a expectativa é de manutenção da taxa básica no atual intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano.

Apesar da expectativa unânime dos agentes econômicos, com todas as 30 instituições consultadas pela Bloomberg prevendo aumento de um ponto percentual na Selic, há divergências sobre os passos seguintes do colegiado do BC e dúvidas quanto à sinalização dos próximos movimentos.

Alguns economistas esperam que o comitê indique a intenção de desacelerar a alta de juros no encontro de maio, enquanto outros acreditam que o Copom vai “deixar a porta aberta”, evitando se comprometer com qualquer ritmo de ajuste na reta final do ciclo.

Segundo a mediana da pesquisa Focus, coletada pelo BC, os analistas apostam que a Selic fechará o ano em 15%. A projeção está no mesmo patamar há dez semanas. Desde a última reunião do colegiado, em janeiro, cresceu a confiança de que o choque de juros dado pelo Copom está surtindo efeito, com alguns sinais de atividade econômica mais fraca.

Um dos economistas que aponta dúvidas em relação ao “forward guidance” (sinalização futura) é Sergio Goldenstein, ex-chefe do departamento de Mercado Aberto do BC e hoje estrategista-chefe da Warren Rena.

“O mais provável é que ele [Copom] altere o guidance [prescrição]. Pode até repetir uma comunicação que já fez antes, dizendo que entende que, nesse momento, o mais adequado é a redução do ritmo de ajuste da taxa básica de juros, refletindo o estágio avançado do ciclo de aperto [aumento]”, diz.

Para Goldenstein, é improvável que o BC já consiga interromper o ciclo de alta da Selic nesta reunião, com o esperado aumento de um ponto percentual, dado que a projeção de inflação está distante da meta perseguida pela autoridade monetária.

No cenário de referência do Copom, a estimativa para o terceiro trimestre de 2026 –período em que o BC hoje se propõe a cumprir o objetivo– é de 4%. O alvo central é 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Em fevereiro, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acelerou para 5,06% no acumulado de 12 meses. Conforme o sistema de meta contínua, o BC prevê um novo estouro do teto em junho.

O estrategista-chefe da Warren defende que o colegiado do BC dê sequência ao ciclo de alta de juros com um ajuste de menor intensidade em maio, de 0,25 ponto percentual.

“Ele [BC] já tem um grau de conforto com a Selic em 14,25% em março, que é um patamar bastante contracionista [que provoca a retração da economia]. Com um ritmo menor, ele ganha tempo para conseguir entender os efeitos defasados da política monetária”, afirma.

Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do BC e presidente do conselho da Jive Investments, também não vê possibilidade de o Copom interromper a alta de juros já nesta reunião, mas considera “razoável” o colegiado indicar que o próximo ajuste será de uma elevação de menor magnitude e sinalizar que o ciclo não vai tão mais longe.

Na visão dele, o BC tem preferência por “dar o tom do que vem pela frente”. “Não deve apontar nada muito forte, mas dizer que as altas de 100 bps [um ponto percentual] já passaram e que agora será outra intensidade.”

Ele, contudo, não descarta a possibilidade de o Copom optar por não se amarrar a nenhuma prescrição, podendo agir mais livremente em função da conjuntura econômica.

“Na época em que estava no Banco Central, sempre preferia deixar mais em aberto [os próximos passos] porque as coisas mudam com muita rapidez. O BC tem mostrado que quer ficar indicando para o mercado o que ele acha. Mas ele pode mudar de opinião”, diz.

Entre os pontos de incerteza, estão os dados de atividade econômica. O PIB (Produto Interno Bruto) fechou 2024 com alta de 3,4% no acumulado do ano, mas perdeu ritmo no quarto trimestre, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Apesar dos sinais de enfraquecimento, o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) avançou no início do ano. Em dado dessazonalizado, o indicador do BC teve alta de 0,9% em janeiro sobre o mês anterior –bem acima da expectativa da pesquisa da Reuters, que apontava expansão de 0,22%.

Em paralelo, o cenário é de incerteza no ambiente internacional, com a guerra comercial imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Há dúvidas sobre o efeito das políticas do republicano sobre a inflação global e a reação do Fed (Federal Reserve).

Mirella Hirakawa, coordenadora de pesquisa da Buysidebrazil, ressalta que o Copom precisa manter uma mensagem de comprometimento com a meta, sem esquecer que as expectativas de inflação ainda estão distantes do alvo.

Mas ela vê pontos de moderação, como a apreciação do câmbio desde o encontro de janeiro, quando a cotação do dólar usada pelo comitê foi de R$ 6. Nesta terça (18), a moeda norte-americana estava sendo negociada abaixo de R$ 5,70.

A economista também destaca que o Copom está entrando na reta final do ciclo, o que exige um ajuste fino para testar qual o nível restritivo necessário para a convergência das expectativas em direção à meta.

“Tem uma composição que pode justificar ele retirar totalmente o forward guidance, colocar mais data dependent [decisão tomada a cada reunião à luz da evolução dos dados econômicos]”, diz.

Ela espera uma posição mais conservadora para que o mercado não aposte em uma desaceleração abrupta nas próximas reuniões. “A nossa expectativa é que vai vir uma decisão dura, porém abrindo a porta, ganhando espaço de manobra para desacelerar”, diz Hirakawa, que projeta elevação de 0,75 ponto percentual na Selic em maio.

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Bebê que foi arrancada do ventre da mãe e roubada passa o primeiro fim de semana com a família

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Ana Paula será uma das responsáveis pela criação da neta Liara, filha de Emelly Sena

A recém-nascida Liara passou o primeiro fim de semana com a família, na casa da avó materna, Ana Paula Meridiane Peixoto de Azevedo. Ela é filha de Emelly Beatriz Azevedo Sena, de 16 anos, que foi brutalmente assassinada na última quarta-feira (12).

A bebê, que foi arrancada do ventre da mãe, nasceu com 2,8 kg e 48 centímetros e recebeu alta da maternidade do Hospital Santa Helena, em Cuiabá, na sexta-feira (12), após fazer todos os exames e tomar as vacinas necessárias. Ela chegou à unidade hospitalar nos braços da assassina da mãe, Nataly Martins, que após matar a adolescente, roubou a bebê e tentou registrá-la como filha.

Ao programa Cadeia Neles, da TV Vila Real, Ana Paula disse que enfrenta um misto de sentimentos.

“Pra mim tá uma mistura de sentimentos, porque a perda da minha filha, o encontro da Liara, porque foi assim, uma vida pela outra. Para mim está sendo muito difícil, porque as coisinhas da Liara sempre vão me lembrar minha filha”, disse a mãe da vítima.

“Ao mesmo tempo que vem aquela felicidade pela vida da Liara ficar conosco, mas tem a dor da perda da minha filha”, completou.

A avó contou ainda que está montando um quarto para a neta. Liara irá morar na casa de Ana Paula, junto com o pai, Edvaldo Fernando, pois ambos pretendem contribuir com a criação da bebê, que irá crescer sem a presença da mãe biológica.

“Ela não merecia isso, ficar sem a mãe, nem a mãe merecia ficar sem a filha”, lamentou a avó.

No primeiro final de semana de vida, Liara já recebeu a visita de alguns familiares, mas Ana Paula revelou que ela, e toda a família, está amedrontada e com muita desconfiança, devido às circunstâncias da morte de Emelly.

“Estamos vivendo um momento de pânico. Não está sendo fácil”, desabafou.

Mesmo assim, ela se apega a Deus para superar a tristeza, pois quer dar muito amor e carinho à neta.

“Eu quero dar o melhor, ter todo o carinho. Eu estou orando muito a Deus para que Deus tire essa tristeza do meu coração, os momentos que eu imagino como a minha filha sofreu, porque eu preciso ter amor pra mim passar pra Liara”, disse Ana Paula.

O caso

Liara é filha de Emelly Sena, que morreu após ter caído na falsa conversa de Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, que ofereceu roupinhas de bebê à vítima. Acreditando que receberia a doação, Emelly saiu de Várzea Grande, onde morava, no dia 12 de março, e foi até à casa do irmão de Nataly, no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá.

Depois disso ela não foi mais vista e passou a ser procurada pela polícia.

Na noite do mesmo dia, Nataly deu entrada no Hospital Santa Helena, junto com seu companheiro Christian Cebalho e uma bebê recém-nascida. Ela contou aos médicos que teve um parto normal em casa e tentou registrar a criança com o nome de Denise.

Nataly foi submetida a exames médicos e despertou desconfiança na equipe do hospital, que acionou a polícia, relatando o caso.

Os policiais cruzaram a informação com o desaparecimento de Emelly e iniciaram as diligências, até que encontraram a vítima enterrada no quintal da casa do irmão de Nataly, em uma cova rasa.

Nataly, Chistian, o irmão dela, Cícero Martins Pereira, e o cunhado dela, Alédson Oliveira, foram presos. Cícero e Alédson foram detidos porque estavam na casa quando a polícia encontrou o corpo de Emelly.

Na delegacia Nataly confessou que matou a vítima e roubou a criança. Ela disse que orquestrou e executou o crime sozinha, com isso, Chistian, Cícero e Alédson foram liberados.

Em detalhes, a assassina contou que enforcou a vítima, colocou duas sacolas na cabeça dela, amarrou os pés e as mãos e a arrastou até um quarto da casa. No quarto, ela cortou a barriga de Emelly com uma navalha e uma faca, em formato de T, retirou a criança e depois a arrastou até à cova, onde a enterrou.

Nataly foi presa em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva após audiência de custódia. Agora ela está em uma cela individual no presídio Ana Maria do Couto.

A Polícia Civil continua as diligências para descobrir se há outras pessoas envolvidas no crime.

Veja trecho da entrevista da mãe de Emelly:

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