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Agronegócio

Líderanças protestam contra questões ideológicas e desinformantes do Enem

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Líderes do agronegócio se mostraram revoltados com questões da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizada no último domingo (05.11), classificadas como de conteúdo “ideologico” e “desinformante” em relação ao setor.

Isan Rezende, Presidente do Instituto do Agronegócio (IA)

Isan Rezende, Presidente do Instituto do Agronegócio (IA), foi contundente ao condenar as questões do Enem e cobrou uma ação rápida por parte do Ministério Público Federal.

“A ideologia sem base científica boia no esgoto da ignorância. É inaceitável que questões ideologizadas tenham encontrado espaço no Enem. A educação deve ser pautada pela imparcialidade e pela busca de conhecimento sólido. Essa questão deveria ser nula, e é preocupante que tenha sido incluída. Esperamos que o Ministério Público Federal analise essa situação de perto para garantir a integridade e a imparcialidade do Enem”, disse Isan.

Já o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion (PP-PR), disse que “jogar o agro contra o país é negacionismo científico sem precedentes”, se referindo às questões do Enem que abordaram o agronegócio.

A FPA ainda publicou uma nota oficial, cobrando um posicionamento urgente do governo federal. Os parlamentares pediram a anulação das questões 70, 71 e 89, que tratam de temas relacionados ao desmatamento, às populações indígenas e ao agronegócio. “Este é o único país do globo em que o seu próprio governo federal propaga desinformação sobre a principal atividade econômica e de produção de riqueza, renda e empregos. A serviço dos brasileiros? Vincular crimes à atividade legal é informação?”, questiona a FPA.

Veja as questões:

E aqui a nota da FPA, na íntegra:

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) aguarda posicionamento urgente do governo federal brasileiro sobre questões de cunho ideológico e sem critério científico ou acadêmico dispostas no Exame Nacional do Ensino Médio, prova de admissão à educação superior, aplicada pelo Ministério da Educação no último domingo (5).

O ENEM é um exame de avaliação do conhecimento. As perguntas são mal formuladas, de comprovação unicamente ideológica e permite que o aluno marque qualquer resposta, dependendo do seu ponto de vista. Anulação já!

1. Negacionismo científico contra um setor que, além de trazer a segurança alimentar ao Brasil e ao mundo, é massificação de mentiras. O setor agropecuário representa toda a diversidade da agriculta: pequenos, médios e grandes. Somos um só e não aceitaremos a divisão para estimular conflitos agrários;

2. É inacreditável o governo federal se utilizar de desinformação em prova aplicada para quase 4 milhões de alunos brasileiros que disputam uma vaga nas universidades do Brasil;

3. A anulação das questões é indiscutível, de acordo com literaturas científicas sobre a atividade agropecuária no Brasil e no mundo, em respeito à academia científica brasileira;

4. Este é o único país do globo em que o seu próprio governo federal propaga desinformação sobre a principal atividade econômica e de produção de riqueza, renda e empregos. A serviço dos brasileiros? Vincular crimes à atividade legal é informação?;

5. A ineficiência do Estado Brasileiro está exposta. A vinculação de crimes à atividade legais no Brasil é um critério de retórica política para encobrir a ausência do Estado no desenvolvimento de políticas públicas eficientes e de combate a ilegalidades. Não permitiremos que a desinformação seja propagada de forma criminosa entre nossa sociedade, como foi feito durante os anos anteriores do governo atual;

Ações:
a) Requerimento de convocação do Ministro da Educação, Camilo Santana, para audiências na Câmara dos Deputados e Senado Federal;
b) Requerimento de informação ao Ministério da Educação sobre a banca organizadora do ENEM 2023 e referências bibliográficas utilizadas para a construção do exame;
c) Anulação das questões 89, 70 e 71 do ENEM 2023.

Dados oficiais:
A cadeia produtiva no Brasil movimentou R$ 2,63 trilhões em 2023, cerca de 24,4% do Produto Interno Bruto (PIB) Nacional (CEPEA/CNA);

Superávit de emprego e renda para 28 milhões de brasileiros, apenas no 1º trimestre deste ano, representando cerca de 27% do total de empregos no país. (CEPEA/CNA);

Sustentabilidade brasileira: território nacional possui 66,3% de áreas preservadas e de proteção à vegetação nativa, desses, 33,2%, ou seja, a metade, estão nas propriedades privadas brasileiras. Área de propriedades rurais é de 30,2%. (EMBRAPA).

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Vetos ao março temporal devem ser discutidos quinta

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O Congresso Nacional deve votar vetos presidenciais, incluindo o veto ao marco temporal, na próxima quinta-feira (14.12). A expectativa é de que os vetos presidenciais sejam derrubados e prevaleça a posição dos produtores, defendida pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

A questão do Marco Temporal preocupa os produtores rurais porque muitas áreas agrícolas consolidadas podem ser desapropriadas, o que traz insegurança jurídica ao setor.

A Constituição de 1988 definiu o Marco Temporal em 5 de outubro de 1988, só faltava  uma lei para regulamentar. O STF então não reconheceu o marco, previu indenização das propriedades desapropriadas, o que só fez aumentar a insegurança dos produtores. O Congresso  aprovou uma lei mantendo o marco que foi parcialmente vetada pelo Presidente Lula.

Segundo especialistas do setor, a agricultura ocupa hoje menos de 8% do território nacional enquanto os indígenas ocupam de 13% a 14% e com o Marco Temporal chegariam praticamente 30%.

CASE – Um exemplo do que pode ocorrer em todo o País, caso os vetos sejam mantidos, vem de Araquari, Norte de Santa Catarina. Agricultores, com mais de 60 anos de posse das terras, estão em conflito com indígenas desde 2012. O confronto já virou caso de polícia por conta das cercas em suas propriedades. Os indígenas alegam ocupação tradicional e registraram queixa contra os agricultores.

“Meu pai comprou essas terras com muito esforço. Não é justo a Funai alegar agora que são território indígena. Eles se sentem impotentes, não podem falar nem andar em suas próprias terras”, lamenta Rosane Maia, filha dos agricultores, lamentou a produtora rural.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Parlamento britânico apoia UE nas restrições a produtos do agronegócio brasileiro

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O Parlamento Europeu, respaldou no sábado (09.12) a decisão da Comissão Europeia, de impor restrições a produtos importados para garantir que não provenham de áreas desmatadas.

A decisão inclui carne bovina, couro, cacau, óleo de palma e soja. O governo britânico afirmou que as novas leis impedirão a presença de produtos provenientes de terras associadas ao desmatamento ilegal em seus supermercados. A medida visa salvaguardar habitats de espécies como tigres e leopardos, direcionando a regulamentação não apenas às florestas brasileiras, mas a diversas regiões.

Diferenciando-se da regulamentação europeia, a decisão britânica levará em conta as leis do país de origem dos produtos. O texto ressalta que a expansão agrícola é o principal fator de desmatamento, equivalente a uma área do tamanho do Reino Unido anualmente para atender à demanda britânica.

O governo destaca a mudança significativa da abordagem voluntária para a proteção das florestas, buscando garantir o futuro desses ecossistemas vitais na luta contra as mudanças climáticas. Empresas com faturamento global acima de 50 milhões de libras esterlinas serão proibidas de utilizar produtos de áreas desmatadas ilegalmente.

Além disso, as empresas devem realizar verificações em suas cadeias de suprimentos e fornecer relatórios anuais para assegurar transparência no processo.

O secretário do Ambiente, Steve Barclay, lamentou os efeitos do desmatamento ilegal e salientou o compromisso do Reino Unido em não contribuir com essa prática, afirmando que o dinheiro gasto no país faz parte da solução, não do problema.

Barclay estabelecerá prioridades para a restauração das florestas na COP28, alinhadas às metas definidas pelo primeiro-ministro Rishi Sunak na conferência.

Com informações de Paula Pacheco da Revista Exame

Fonte: Pensar Agro

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