Entre 2017 e 2018, a taxa de analfabetismo entre as pessoas com 15 anos ou mais sofreu uma variação de 0.6%, em Mato Grosso. O percentual que era de 6,5% passou para 7,1%, o correspondente a 188 mil analfabetos, segundo dados divulgados ontem (19), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Levando-se em consideração apenas os homens, o número dos que não sabem ler ou escrever aumentou 0.7% no período. Entre as mulheres, a incidência ficou constante.
Os dados fazem parte da “Pesquisa Anual por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-Contínua)”. No Estado, segundo o IBGE, entre o público masculino, o analfabetismo subiu de 6,4% para 7,1%, entre os indivíduos com 15 ou mais anos de idade. Na etapa seguinte (a partir dos 18), saltou dos 6,8% para 7,6% e, a partir dos 25 anos, de 8,0% para 8,8%. Entre o sexo feminino, o IBGE classificou as taxas como estáveis nestas mesmas etapas da vida. Porém, entre os 15 anos ou mais, por exemplo, apontou que a taxa saiu de 6,6% para 7,1%, entre 2017 e 2018.
Levando em consideração a cor ou raça, os números também apresentam estabilidade de modo geral, mas com maior incidência de analfabetos entre negros e pardos: 8,5%, em 2018. Entre os brancos, dos 15 anos ou mais, o percentual saiu de 4,2%, em 2017, para 4,5%, no ano seguinte.
No país, a Pnad Contínua revela que houve melhora em praticamente todos os indicadores educacionais, entre 2016 e 2018, porém persistem as desigualdades regionais, de gênero e de cor e raça: mulheres permaneciam mais escolarizadas do que os homens, pessoas brancas tiveram indicadores educacionais melhores que os das pessoas pretas ou pardas e, as regiões nordeste e norte apresentaram uma taxa de analfabetismo bem mais alta e uma média de anos de estudo inferior a das regiões do centro-sul do país.
A taxa de escolarização de crianças de 0 a 3 anos cresceu de 30,4% para 34,2%, o que equivalia a 3,5 milhões de crianças. No grupo de 4 a 5 anos, faixa correspondente à pré-escola, essa taxa foi de 92,4% dos estudantes, totalizando quase 5 milhões de crianças na escola. A escolarização também registrou estabilidade no nível superior, com a taxa de 32,7%, em 2018. Já a média de anos de estudo aumentou de 8,6 para 9,3 anos, nesse período, com 10,3 anos de estudo para as pessoas de cor branca e 8,4 anos para as de cor preta ou parda.
No Estado, os dados referentes à escolarização dos estudantes no geral também se mostram constantes. O levantamento, no entanto, aponta para uma ligeira redução: em 2017 era de 30% e, no passado, foi de 29,3%. Do zero aos cinco anos, esse a escolarização saltou dos 47,0% para 50,1%, e dos 15 aos 17 anos, 86,7% para 90,7%.
Anos de estudos
Ainda, conforme o IBGE, o número médio de anos de estudos, em Mato Grosso, aumentou entre 2017 e 2018, nas diferentes etapas de vida saindo de 9.1 para 9.3, a partir dos 15 anos. Mas, dos 15 aos 17 anos, essa média sofreu uma queda de 9.5 para 9.3. No país, também houve incremento entre 2016 e 2018. O indicador passou de 8,9 anos para 9,3 anos em 2018. Desde 2016, essa média vem crescendo, anualmente, 0,2 ano.
Trabalho x estudos
Em Mato Grosso, o IBGE revela ainda que o percentual dos jovens entre 15 e 29 anos era de 12,7% entre os homens e de 28,5%, entre as mulheres. A taxa é maior que no vizinho Mato Grosso do Sul (MS), onde o percentual entre o sexo masculino foi de 10.7% e entre o feminino de 25,5%.