Alguns setores públicos de Mato Grosso foram parcialmente afetados nesta sexta-feira (14). Servidores públicos, professores, rede particular e federal de ensino estão parcialmente paralisados. Eles aderem ao movimento nacional em protesto contra a reforma da Previdência e cortes na educação.
Em Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana da capital, o transporte público opera em 90%, segundo a Associação Mato-grossense de Transporte Urbano (MTU).
O Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso (TRT/MT) determinou a manutenção mínima de 90% da frota de ônibus circulando durante os horários de pico nesta sexta-feira: entre as 6h e 8h, 12h e 14h e 17h e 20h. Nos demais períodos, a circulação deve ficar em 70% do normal.
A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) ingressou com liminar após anúncio do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários da Baixada Cuiabana (SINTROBAC), que havia confirmado participação e paralisação de 50% dos ônibus durante o dia.
Os serviços de saúde ofertados pelo município devem ser afetados durante o movimento nacional.
O Sindicato dos Profissionais de Enfermagem do Estado de Mato Grosso (Sinpen-MT), protocolou documento na Prefeitura de Cuiabá, informando que a categoria de enfermagem vai paralisar as atividades por um período de doze horas, das 7h às 19h, respeitando a manutenção do quantitativo de 50% dos servidores em todas as unidades de saúde.
O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE/MT) informou que 16 unidades do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) vão paralisar as atividades.
Os servidores cobram reajuste salarial de 7,69%, conforme um acordo feito há cinco anos, além de melhores condições de trabalho.
A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat), professores de alguns campi da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e o Sindicato dos servidores do Detran (Sinetran) também paralisaram as atividades ao longo desta sexta-feira.
Protestos
Em Confresa, cidade a 1.160 km de Cuiabá, um grupo de manifestantes, entre estudantes e servidores, fez uma passeata e carreta às 7h em frente a prefeitura. Eles saíram a pé e seguiram em carros e motos até a Escola 29 de Julho, onde participam de uma aula pública.
No município também há paralisação na rede estadual, municipal e Correios.
Tangará da Serra
Em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá, servidores públicos fizeram um protesto na Praça da Antiga Prefeitura em apoio o movimento nacional contra a reforma da Previdência.
Três escolas municipais estão sem aulas hoje: Airton Senna, Tânia Arantes e João Maria do Nascimento. Outras seis escolas estaduais também estão sem aulas, mas essas já estavam em greve.
A Unemat, segundo diretor do campus, mantém os trabalhos apesar de alguns professores avisarem que não iriam hoje.
Rondonópolis
Trabalhadores de algumas categorias optaram por cruzar os braços como forma de protesto a proposta de reforma da Previdência. Em Rondonópolis um ato foi realizado no centro da cidade.//
Não estão trabalhando os servidores do município, exceto dos serviços de urgência e emergência, como o de saúde, profissionais da educação da UFMT, do IFMT também cruzaram os braços assim como servidores do Detran.
Esses trabalhadores retornam as atividades normalmente ao final do dia.
Primavera do Leste
Em Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá, a manifestação aconteceu na Praça Matriz, no Centro da cidade. O Sintep montou uma mesa de café da manhã, para convidar a comunidade a conhecer com detalhes, o motivo da greve.
O movimento contou com o apoio de trabalhadores das escolas municipais e também do IFMT.
Das 11 instituições estaduais da cidade, três estão fora do movimento e oito mantém os atendimentos parcialmente.
Carretas e motorhomes tomaram conta de um setor do estacionamento do Parque Novo Mato Grosso, onde acontece a 3ª Etapa do Campeonato Brasileiro de Motocross. Dentro deles estão familiares de pilotos, equipes técnicas e até mesmo amantes do esporte que acompanham todas as etapas do campeonato Brasil afora.
O evento é realizado no maior parque multieventos da América Latina, que está sendo construído pelo Governo de Mato Grosso, em parceria com a MT Participações e Projetos (MT Par). A entrada é gratuita.
Patrocinado pela Secretaria de Estado de Esportes e Lazer (Secel), o campeonato deve receber mais de 30 mil pessoas circulando pelo local durante os três dias de evento. Desse total, cerca de 5 mil fazem parte da organização, equipes de competidores, familiares de pilotos e pequenos comerciantes que participam da feira de negócios.
Parte desse público está alojada em vans, micro-ônibus e carretas que impressionam pela tecnologia e estrutura, e que podem ser vistos de perto pelos visitantes. Quem prestigiar o evento ainda terá a oportunidade de conhecer de perto as “tribos” do motocross, trocar ideias e ver como é a rotina das competições.
As maiores equipes trouxeram carretas que funcionam como verdadeiras oficinas e casas sobre rodas. No interior delas, os mecânicos e membros da equipe dormem, a comida é preparada e há espaço para armazenar equipamentos e ferramentas, que são usados nas tendas montadas em frente aos veículos.
Pedro Neto é piloto e integrante da equipe S2 Nordeste, que está com toda sua mecânica aberta ao público no campeonato de motocros. Foto: Caroline Rodrigues / MT Par
Pedro Neto, 25 anos, piloto da equipe S2 Nordeste, conta que sua equipe está em transição de médio para grande porte, tanto pela estrutura quanto pelos resultados conquistados. Ele relata que a carreta da equipe percorre, em média, 80 mil quilômetros por ano para participar das competições, levando suporte técnico e insumos para cada prova.
Dentro da carreta, há alojamentos para mecânicos e equipe técnica. Já os pilotos ficam hospedados em hotéis da cidade-sede e são levados diariamente ao motódromo.
Mesmo com essa estrutura profissional, também há espaço para as equipes menores. Elas podem não chegar com tanta pompa, mas realizam um trabalho de qualidade equivalente. As big carretas são substituídas por micro-ônibus e vans.
Emerson Barbosa dos Santos e seu amigo Cléber Grosbelli — um do Paraguai e o outro da região Sul do Brasil — costumam viajar de micro-ônibus para levar os filhos, que são pilotos, às competições. Nenhum dos dois filhos é profissional remunerado, mas já conseguiram contratos com equipes que fornecem motos e equipamentos, o que ajuda a aliviar os custos para as famílias.
Emerson e Cléber acompanham todas as etapas porque os filhos deles são pilotos e almejam um dia serem profissionais. Foto: Caroline Rodrigues/ MT Par
“Nós acompanhamos os meninos por amor ao esporte. Eu já fui piloto e gosto de incentivar meu filho a seguir esse caminho. Mas não é fácil deixar as obrigações e a casa para passar uma semana fora nos campeonatos. Minha sorte é que sou comerciante, e minha esposa cuida da loja enquanto acompanho nosso filho”, explica Emerson.
Já Cléber Grosbelli, que é construtor, conta que precisa fazer muitas restrições financeiras para bancar o sonho do filho. Mas vê com orgulho o crescimento dele e acredita no potencial para se tornar um piloto profissional remunerado. “Meu filho foi crescendo no esporte de forma natural. Ele começou a competir e foi se destacando. É algo que ele ama, e tento não forçá-lo. Ele é livre para decidir o que quer fazer”, conclui.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) realiza, na próxima segunda-feira (26.5), das 9h às 10h30, o webinário “Maio Branco”, que celebra o Dia Internacional de Sensibilização do Método Canguru (15 de maio), o Dia Mundial de Doação de Leite Humano (19 de maio) e o Dia Mundial de Proteção da Amamentação (21 de maio). O evento terá transmissão pelo canal do YouTube da Escola de Saúde Pública (ESP-MT).
Segundo o técnico responsável pela área da Promoção, Proteção e Apoio à Amamentação, e Alimentação Complementar Saudável, da Coordenadoria de Promoção e Humanização da Saúde da SES, Rodrigo Carvalho, o objetivo do webinário é mobilizar os gestores e profissionais da saúde sobre a importância das mobilizações sociais como ferramentas de diálogo para a implementação de estratégias em suas unidades de saúde.
“Cada uma destas datas comemorativas traz um compromisso para o fortalecimento da linha de cuidado materno e infantil em Mato Grosso, que tem impacto direto na saúde da população, em todas as suas etapas, da gestação, ao trabalho de parto, nascimento, amamentação e apresentação de novos alimentos, na perspectiva dos determinantes da saúde, da regulação de mercado, da justiça social e da preservação das culturas alimentares”, explicou.
A capacitação contará com a assistente social Laura Cristina de Moura (do Hospital Beneficente Santa Helena), a pediatra Virgínia Beatriz (do Hospital Regional de Rondonópolis) e a enfermeira Carmem Ramão (do Escritório Regional de Saúde de Sinop) como palestrantes.
Elas abordarão, respectivamente, os temas “Em seus braços, eu me desenvolvo”, “Doação de Leite Humano: um gesto humanitário que alimenta esperança” e “Vivências na Proteção da Amamentação, na região de saúde do Teles Pires”. Rodrigo Carvalho será o moderador do evento.
Carmem Ramão avalia que é importante mobilizar as Vigilâncias Sanitárias para ações educativas e de fiscalização da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL).
“Para somar forças com os demais setores envolvidos com a orientação e para passar conhecimento para a população no que se refere à amamentação e aos cuidados com os bebês”, destacou.
Os municípios que tiverem dúvida sobre a implementação das estratégias de promoção, proteção e apoio à amamentação e alimentação complementar saudável em Mato Grosso podem consultar a cartilha elaborada pela Coordenadoria de Promoção e Humanização da Saúde por meio deste link.
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