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Agronegócio

Milho e algodão garantem novo recorde a MT

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Diário de Cuiabá

Mato Grosso deverá colher na safra atual – 2018/19 – seu novo recorde de produção agrícola, graças aos volumes projetados para o milho safrinha e o algodão. Conforme mais um levantamento de safra realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) – o 9º dessa temporada – a projeção de 66,36 milhões de toneladas (t) vai se consolidando e deve impor um crescimento de 7,5% sobre o recorde anterior de 61,71 milhões t. Com mais esse resultado, o Estado se consolida como o maior produtor nacional de grãos e fibras, agora, pela oitava vez consecutiva.

Além de manter o gigantismo, Mato Grosso amplia sua participação na produção nacional, respondendo sozinho por quase 28% de tudo que será colhido nessa safra, que segundo a Companhia deve somar 238,90 milhões t ao País, sendo esse, volume também recorde. Ainda sob a ótica da pujança estadual, além de ser o maior produtor do Brasil, Mato Grosso exibe o maior percentual de expansão anual entre os grandes produtores brasileiros (+7,5%). Na segunda e terceira posição do ranking, estão o Paraná com previsão de 36,31 milhões t e crescimento anual de 3,8%, e, o Rio Grande do Sul com previsão de 35,17 milhões t, crescimento de 5,7% sobre o ciclo anterior. No Brasil, por exemplo, a variação anual é positiva em 4,9%.

Apesar do peso que a soja tem na oferta mato-grossense, volume que corresponde a cerca de 50% de tudo que será produzido, o milho e o algodão têm participação decisiva na conquista de mais um recorde de produção. A pluma vai consolidando dados históricos no Estado com a maior área plantada da série, bem como da maior oferta. A área plantada foi ampliada em 38,3%, saindo de 777,8 mil hectares para 1,07 milhão de hectares (ha). A produção – em pleno desenvolvimento no campo e já às vésperas da colheita – deve somar mais 1,76 milhão t de pluma, maior volume já visto. Se confirmado será 36,8% maior que a colheita de 1,29 milhão t da temporada passada. No caso especifico da fibra, é a segunda safra de crescimento histórico no Estado.

Conforme avaliação dos técnicos e analistas da Conab, “diante do bom desempenho das cotações da pluma, os produtores nacionais investiram no cultivo de algodão nesta safra, ocorrendo incrementos recordes na área plantada. Além do aumento de área em regiões onde tradicionalmente se cultivava algodão, ocorreu forte incorporação de áreas ao processo produtivo”. “Fatores como clima favorável, taxa de câmbio, redução dos níveis de estoques internacionais, evolução dos preços nas principais praças produtoras e o bom ritmo das exportações, contribuirão para que esse quadro se consolide”, completam.

Quase todos os estados produtores de algodão no país apresentaram incremento em área plantada nesta safra, comparada à temporada anterior. Nesse crescimento se destacam o Mato Grosso e a Bahia que, juntos, dispõem de mais de 88% da área estimada para a cotonicultura em 2018/19.

Enquanto a expansão do algodão chama à atenção na agricultura estadual, o ganho em volume garantido pelo milho safrinha. A oferta recorde, estimada em mais de 30 milhões t, resulta do ganho em produtividade, já que a área plantada aumentou 8% e a produção quase duas vezes mais: 14,9%.

Conforme dados atualizado pelo nono levantamento da Conab, o milho safrinha passa de 26,20 milhões t para 30,09 milhões t. A área plantada passou de 4.47 milhões ha para 4,82 milhões, superfície também inédita. O ‘pulo do gato’ do milho mato-grossense está calcado no incremento da produtividade – que aliada ao clima favorável e aos investimentos em tecnologia – em 6,3%, já que na safra passada a média por hectare colhido foi de 5,8 mil quilos e para a o milho em plena colheita é de 6,2 mil quilos.

Os técnicos da Companhia destacam que a área de milho segunda safra foi bastante estimulada pela antecipação da colheita da soja e pela possibilidade do aproveitamento integral da janela climática, criando a expectativa de bons rendimentos na lavoura. Essa realidade de fato pesou positivamente sobre a tomada de decisão do produtor mato-grossense que conseguiu finalizar a área semeada dentro da janela, ou seja, antes do final de fevereiro.

“O forte aumento na área plantada e a expectativa positiva na produção deverão estabelecer novos recordes nacionais, contribuindo para que a produção, englobando a primeira e segunda safras, se transforme na segunda maior safra do cereal produzida no país. A produção total de milho deverá atingir 97 milhões t, representando um aumento de 20,2% em relação à temporada passada, comprometida por problemas climáticos na segunda safra”.

Sem perder sua importância, a soja segue sendo o carro-chefe da produção estadual. Das mais de 66 milhões t esperadas para o atual ciclo, 32,45 milhões t serão apenas do grão. O avanço anual na produção é de 0,5%, apesar de pequeno, foi o suficiente para garantir novo recorde na oferta da oleaginosa. A produção saiu de 32,30 milhões t para 32,45 milhões t. A área coberta cresceu 1,9%, saindo de 9,51 milhões ha para 9,69 milhões. A oferta se soja só não foi melhor porque a produtividade recuou 1,9%.

“A soja é um produto com forte liquidez, que tem proporcionado um quadro de suporte dos preços no âmbito interno, reforçando a aposta anual dos produtores no incremento de área para esse produto. O produtor tem incrementado o uso de tecnologia a fim de aumentar a produtividade e, dessa forma, melhorar sua rentabilidade. Assim, a produtividade nacional da soja saltou de 2.823 kg/ha na safra 2006/07, para 3.206 kg/ ha na safra 2018/19, um salto de 13,6%. Nesta safra, a estimativa é de redução na produtividade, ocasionada por adversidades climáticas em importantes estados produtores, como Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Paraná, quando comparada à excelente produtividade da safra passada. Ainda assim, as lavouras com espécies de ciclo médio e tardio foram menos impactadas por essas intempéries climáticas e isso suavizou a previsão de diminuição do rendimento médio”, explicam os analistas.

Neste levantamento, a estimativa é que a produção nacional atinja 114,8 milhões de toneladas. Quando comparada à safra passada, que foi recorde, é inferior em 3,7%, ainda sendo a segunda maior safra de soja da série histórica da Conab.

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Agronegócio

Projeto de Lei propõe atualização dos índices de produtividade no campo

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Está em análise na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 2604/24, que visa revisar os parâmetros utilizados para classificar uma propriedade como produtiva ou improdutiva, com foco na atualização de índices que, segundo o autor da proposta, deputado Nilto Tatto, estão defasados há mais de 50 anos.

A principal alteração proposta é que o Censo Agropecuário, realizado a cada cinco anos pelo IBGE, passe a calcular os valores dos índices com uma metodologia própria, possibilitando uma avaliação mais precisa da eficiência no uso da terra.

O projeto determina que a propriedade seja considerada produtiva se cumprir os requisitos previstos no artigo 186 da Constituição, que incluem o aproveitamento racional da terra, preservação ambiental e o cumprimento das regras trabalhistas.

A proposta também estabelece que apenas grandes propriedades que atendem a essas exigências terão acesso a benefícios públicos, como incentivos fiscais. O objetivo da medida é garantir que o setor produtivo que cumpre sua função social seja reconhecido e incentivado.

Em sua justificativa, o deputado Nilto Tatto afirma que o projeto irá garantir um tratamento especial para as propriedades que cumprem sua função social, um conceito que está previsto na Constituição desde 1988, mas que até hoje não foi devidamente regulamentado.

Para que o projeto se torne lei, ele precisará ser aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. As comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania irão analisar a proposta em caráter conclusivo.

Essa atualização das regras é vista com bons olhos pelo setor agrícola, que defende um sistema mais moderno e condizente com a realidade do campo, permitindo que a agricultura brasileira continue a se desenvolver de forma sustentável e eficiente.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Produtores do Maranhão acionam Justiça contra taxa estadual

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A Associação dos Produtores de Soja e Milho do Maranhão (Aprosoja-MA) ingressou com uma ação judicial para contestar a Contribuição Especial de Grãos (CEG), uma taxa de 1,8% sancionada pelo governo estadual sobre a comercialização de grãos como soja, milho, milheto e sorgo. A lei, que entrou em vigor em novembro de 2024, gerou ampla reação entre os agricultores, que argumentam que a medida impacta diretamente a competitividade do setor e foi implementada sem diálogo prévio.

De acordo com o presidente da Aprosoja-MA, José Carlos Oliveira de Paula, a decisão de recorrer à Justiça reflete a insatisfação dos produtores com a falta de consultas sobre a criação da CEG. “O setor produtivo não foi ouvido. Estamos sendo penalizados com uma taxa que afeta diretamente nossa rentabilidade. Esta ação é uma precaução para proteger os agricultores e garantir um debate justo sobre o tema”, afirmou.

O governo do Maranhão, por sua vez, defende que a arrecadação estimada em R$ 80 milhões anuais será destinada à construção e manutenção de rodovias estaduais, o que beneficiaria os próprios produtores ao reduzir custos de escoamento. A Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) argumenta que a medida está alinhada à Reforma Tributária e que substitui a extinta Taxa de Fiscalização de Transporte de Grãos (TFTG), garantindo investimentos na infraestrutura essencial para o agronegócio.

Apesar das justificativas, os produtores afirmam que a taxa eleva os custos de produção, especialmente em um momento de pressão sobre o mercado internacional e incertezas econômicas. Além disso, há preocupação de que as empresas de trading repassem o custo adicional diretamente aos agricultores, o que pode gerar prejuízos ainda maiores para o setor.

A disputa judicial promete intensificar o debate sobre a tributação no agronegócio e suas consequências para a competitividade do estado no mercado global. Enquanto isso, a Aprosoja-MA e outros representantes do setor se mobilizam para pressionar o governo estadual a rever a medida.

Fonte: Pensar Agro

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