conecte-se conosco


Internacional

Museu Britânico exibe o busto de seu fundador explicando seu passado

Publicado

G1

O Museu Britânico de Londres retirou do pedestal o busto de seu fundador, Hans Sloane, para exibi-lo junto a outras peças que visam explicar seu passado escravocrata, informou a instituição nesta terça-feira (25).

A efígie de Sloane foi deslocada para ser exposta atrás de um vidro de segurança, no qual ele é apresentado como “colecionador” e “proprietário de escravos”.

“O compromisso com a verdade é crucial quando enfrentamos nossa própria história”, afirmou Hartwig Fischer, diretor do Museu Britânico, em um comunicado.
Reconhecer a relação de Sloane “com a escravidão e o tráfico de escravos permite destacar a complexidade e ambiguidade desse período: foi médico, colecionador, acadêmico, benfeitor e proprietário de escravos”, insistiu.

A iniciativa surgiu como resposta ao movimento Black Lives Matter, gerado pela morte do americano negro George Floyd sufocado por um policial branco, o que levou o Reino Unido a questionar seu passado colonial e seus símbolos.

Em junho, um grupo de manifestantes em Bristol, no sudoeste da Inglaterra, derrubou e jogou em um rio a estátua do traficante de escravos Edward Colston, desencadeando pedidos para que as efígies de outros escravocratas também fossem retiradas.

No Museu Britânico, afirmou Fischer, “continuaremos explorando nossa história e o faremos em colaboração com pessoas de todo o mundo para reescrever como iguais nossa história compartilhada, complicada e, às vezes, muito dolorosa”.

Apesar de tudo, “continuamos reconhecendo a visão radical de Sloane de dar acesso público universal e gratuito à coleção do museu e o benefício público gerado através do Museu Britânico”.

Médico nascido na Irlanda em 1660 e que morreu em Londres em 1753, Sloane utilizou a fortuna de sua esposa, a rica viúva do proprietário de uma plantação de açúcar na Jamaica, para reunir a coleção de história natural que constituiu a base do Museu Britânico.

“Queremos colocá-lo em um contexto mais amplo, que é obviamente um contexto muito difícil”, o da “exploração” realizada pelo Império Britânico, afirmou Neal Spencer, um curador da instituição, ao jornal Daily Telegraph.

Comentários Facebook
publicidade

Internacional

Vizcarra enfrenta Congresso peruano em processo de impeachment

Publicado

por

G1

O presidente do Peru, Martín Vizcarra, enfrenta nesta sexta-feira (18) um julgamento no Congresso que ameaça tirá-lo do poder em um momento em que o país vive o agravamento da pandemia do novo coronavírus e uma grave recessão econômica.

O processo de impeachment contra Vizcarra, de 57 anos, foi aberto na semana passada, depois do vazamento de áudios que, segundo parlamentares, mostram o presidente tentando minimizar a sua relação com o cantor Richard Cisneros, investigado por conta de contratos irregulares com o governo.

Nos áudios, Vizcarra conversa com duas assessoras sobre as idas de Cisneros ao palácio presidencial e pede para que mintam em um inquérito parlamentar.

Em seu discurso diante dos parlamentares, o presidente colocou-se à disposição do Ministério Público e fez um apelo para que os congressistas “não se distraiam” neste momento em que o país enfrenta a crise do coronavírus.

Segundo o mandatário, até o momento, não há comprovação de irregularidades que justificassem a sua destituição. “O único ato ilegal que está comprovado até agora é a gravação clandestina”, afirmou.

Após o pronunciamento do presidente, o seu advogado, Roberto Pereira Chumbe, deu início à sua defesa.

Após as argumentações da acusação e da defesa, os parlamentares debaterão antes de votar uma moção para destituir o atual mandatário.

Se Vizcarra for derrubado, o chefe do Congresso, Manuel Merino, político discreto quase desconhecido dos peruanos, assumirá as rédeas do país. O popular presidente, que deixaria o poder dez meses antes do término de seu mandato, teria um destino semelhante ao de seu antecessor Pedro Pablo Kuczysnki (2016-2018), que foi forçado a renunciar sob pressão do Parlamento.

Derrota no Tribunal Constitucional
Na quinta-feira (17), o Tribunal Constitucional rejeitou uma medida cautelar solicitada por Vizcarra para suspender o julgamento.

A juíza Marianella Ledesma destacou que o tribunal não concedeu a medida, porque “o risco de vacância diminuiu”, sinal de que os inimigos de Vizcarra não teriam votos para destituí-lo, segundo a agência France Presse.

A imprensa local avalia que é muito improvável que os deputados votem em maioria pela sua saída.

César Acuña, chefe do segundo maior partido no Congresso e possível candidato nas eleições presidenciais de 2021, já afirmou que uma derrubada de Vizcarra “só poderia agravar” a situação atual do país, já fragilizado pelo impacto da crise provocada pelo novo coronavírus.

A aprovação do impeachment no Congresso exige 87 votos dos 130 parlamentares. Na abertura do processo, a oposição conseguiu 65 votos (21 deles do Alianza para el Progreso, de Cesar Acuña).

Apesar do desgaste, Vizcarra mantém alta a sua popularidade. Uma pesquisa da Ipsos apontou que oito a cada dez peruanos querem que ele permaneça à frente do Executivo.

‘Complô contra a democracia’
A abertura do processo de impeachment acontece em meio a confrontos entre o Legislativo e o Executivo pela aprovação de uma reforma política promovida pelo governo. A mudança deixaria candidatos condenados pela Justiça fora das eleições.

Vizcarra, um centrista que assumiu a presidência em 2018 após a renúncia de Pedro Pablo Kuczynski, acusa o Congresso de “complô contra a democracia”. Ele não tem representação no Congresso e não pode concorrer nas eleições do próximo ano devido aos limites constitucionais.

 

Comentários Facebook
Continue lendo

Internacional

Nova York adia novamente início de aulas presenciais em escolas públicas

Publicado

por

G1

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, anunciou na quinta-feira (17) o adiamento do reinício do ensino presencial nas escolas públicas da cidade pela segunda vez por causa da pandemia.

Embora as aulas pela internet tenham começado, o início do ensino presencial já havia sido adiado anteriormente do dia 10 de setembro para o dia 21, para os alunos que optaram por voltar às salas de aula.

Agora, apenas crianças em idade pré-escolar e alunos com necessidades especiais de aprendizagem irão se dirigir aos prédios escolares na segunda-feira (21), disse o prefeito em entrevista coletiva. Os estudantes do ensino primário irão começar na terça-feira (29). Alunos do ensino médio começarão na quinta-feira (1º).

O maior distrito escolar dos Estados Unidos, que atende mais de 1,1 milhão de crianças e adolescentes, enfrenta dificuldades para encontrar funcionários dispostos a trabalhar em salas de aula durante a pandemia de Covid-19.

O adiamento aconteceu após líderes de sindicatos de professores falarem a respeito de preocupações com relação à volta às aulas presenciais.

“Embora eles reconheçam que houve um progresso real, não foi feito o suficiente, e é preciso fazer mais para nos certificarmos de que as coisas estejam firmes como elas precisam estar”, disse de Blasio a jornalistas.

O prefeito afirmou que estudantes e funcionários seguem mudando de opinião sobre a disposição para o ensino presencial, o que torna difícil o planejamento para direcionar professores para equipar cada sala de aula.

No total, 4,5 mil educadores foram contratados, disse de Blasio, acrescentando que espera anunciar ainda mais contratações nas próximas semanas.

A maioria dos outros distritos escolares nos Estados Unidos descartou planos de retomar o ensino presencial no momento. Em Los Angeles, segundo maior distrito escolar do país, e em Chicago, os estudantes estão ficando em casa e usando computadores para assistir suas aulas.

Comentários Facebook
Continue lendo

Política MT

Cidades

Nortão

Policial

Mais Lidas da Semana