Tecnologia
O inesperado regresso do Tamagotchi, bichinho virtual que era febre nos anos 90
Publicado
7 de junho de 2019, 15:18
Quando esteve na escola, nos anos 1990, Josiah Chua, hoje com 31 anos, diz que “todo mundo” tinha um Tamagotchi – o nome oficial do “bichinho virtual” japonês que virou febre entre crianças do mundo todo.
“Acho que era inclusive proibido levá-lo para a escola. A gente tentava ‘contrabandear’ o brinquedo na mochila”, diz o estilista de Cingapura.
Essas memórias de Josiah provavelmente são típicas entre os millenials – pessoas de sua geração.
O brinquedo tinha um formato redondinho e uma tela pixelada, e o dono precisava manter um animalzinho virtual vivo com constante cuidado e atenção. Ele se tornou uma febre no mundo todo logo depois de seu lançamento, em 1996.
E agora ele está voltando, na onda do retorno de brinquedos clássicos dos anos 1990. A fábrica japonesa Bandai relançou o Tamagotchi no Japão em 2017 e neste ano, em julho, ele será relançado também na América do Norte.
Ainda não há previsão de lançamento do brinquedo no Brasil.
No novo modelo do brinquedo, o bichinho faz mais do que comer, dormir, apitar e morrer.
A Bandai diz que o Tamagotchi “evoluiu” para ter mais personalidade, além de “viver” em diferentes habitats e se reproduzir.
“Os fãs do brinquedo já estão muito empolgados e fizeram encomendas antecipadas”, diz Tara Badie, diretora de marketing da Bandai América.
Moda retrô
O relançamento do Tamagotchi é mais um exemplo da onda de reedições de brinquedos que foram símbolos dos anos 1990 e 1980.
A analista de varejo Chana Baram diz que houve um aumento no número de produtos “retrô” porque as pessoas procuram pelo conforto “‘dos velhos tempos”.
“Costumávamos fazer isso em termos de roupas e moda, mas hoje em dia estão na moda também outros tipos de produtos antigos.”
É uma tendência também observada por Alessio Di Marco, dono da Tons-of-Toys, que vende itens vintage e brinquedos colecionáveis.
No último ano ele diz ter visto um “forte aumento no interesse em brinquedos dos anos 1990”, como as Tartarugas Ninja, os Power Rangers e a boneca Polly.
Di Marco diz que também há muita demanda por objetos da “década fabulosa da Disney”, como ficou conhecido o período entre o lançamento de A Pequena Sereia, em 1989, e Tarzan, em 1999.
“As crianças dos anos 1990 cresceram e estão cada vez mais nostálgicas pelos brinquedos de suas infâncias”, diz ele.
Agora adultas, elas têm dinheiro para comprar o que querem – muitas vezes brinquedos caros que suas famílias não podiam pagar nos anos 1990.
Uma pesquisa recente da Mintel, empresa que faz análise de varejo, diz que 57% dos compradores de brinquedos no Reino Unido compram brinquedos para os filhos com os quais também gostariam de brincar.
No Brasil esse mercado também está quente. A Estrela, por exemplo, relançou brinquedos dos anos 1970, 1980 e 1990, como o Genius, o Ferrorama, o boneco Falcon e o Pogobol.
Todo mundo que tem boas memórias da infância relembra com carinho dos objetos do período, diz Baram.
Porque a nostalgia funciona
Para as marcas, apostar na nostalgia não é algo novo. É um elemento de uma estratégia de marketing mais ampla que visa conquistar os consumidores através do escapismo.
“Especialmente voltar para as memórias idealizadas da infância”, diz Asia Benoit Wiesser, diz diretor de estratégia de mercado da agência de publicidade Ogilvy.
Ele diz que memórias dos nossos anos de formação – música, roupas, brinquedos e jogos – estão gravados em nossos cérebros como uma espécie de armazém de sentimentos felizes.
Então, diz ele, jogar com um Gameboy traz de volta essa associação. “No momento em que você pega um objeto desses na mão, ele vem junto com todas essas associações e sentimentos positivos”, diz Wiesser.
Ele diz que a nostalgia pode estar mais saliente hoje por causa da falta de otimismo dos millenials e da geração Z.
Segundo Wiesser, vivem em um clima de incerteza que ajuda a criar um ambiente propício para a nostalgia.
“Não há necessariamente um sistema de crenças sobre como seguimos em frente a partir daqui.”
“Há definitivamente uma relação entre a popularidade do marketing de nostalgia e o baixo grau de confiança, otimismo e senso de segurança de uma população”, acrescenta ele.
Novos fãs
No entanto, as marcas não estão apostando em meros relançamentos de sucessos do passado – seus produtos foram “atualizados”.
A Bandai espera que seu Tamagotchi On, cujo público alvo são garotas de 6 a 12 anos, esteja cheio de novidades o suficiente para atrair jovens fãs habituadas com tecnologia.
O fã de Tamagotchi, Chua, também está empolgado para descobrir que sentimentos o brinquedo repaginado vai despertar.
“Ter a nova versão pode ajudar a trazer de volta a criança em você”.


Tecnologia
Maioria dos aplicativos populares no Brasil não possui descrições para deficientes visuais
Publicado
18 de setembro de 2020, 16:01
G1
Entre os aplicativos populares no Brasil, com mais de 10 milhões de downloads, a maioria não possui recursos de acessibilidade como a descrição de imagens, botões e campos editáveis – funções que auxiliam pessoas com deficiência virtual.
É o que aponta um estudo da BigDataCorp e do Movimento Web para Todos, que analisou 2 mil aplicativos que ultrapassaram a marca de 10 milhões de downloads no Brasil na Google Play Store, loja de aplicativos do Android.
A avaliação, realizada na primeira semana de agosto, identificou que, em média, menos de 14% das imagens dos aplicativos disponíveis para o sistema Android possuem descrição.
Apenas 37% dos campos editáveis são identificados – caixas para escrever texto ou inserir o nome na hora de um cadastro, por exemplo.
Menos de 11% dos botões de comando estão rotulados adequadamente.
Esses elementos são essenciais para que pessoas com deficiência visual consigam navegar pelos apps com autonomia.
Com essas ferramentas de acessibilidade, uma pessoa cega ou com baixa visão consegue se guiar em um aplicativo para saber em qual campo deve colocar o endereço para a entrega de um produto, por exemplo.
Embora os sistemas operacionais como o Android e iOS, do iPhone, possuam recursos de leitura de elementos da tela, a adaptação dos aplicativos ajuda que um usuário com deficiência visual compreenda a interface gráfica por meio de um texto alternativo.
Para as imagens, é recomendado incluir uma descrição. Já para os botões e campos, os rótulos explicam que se trata de um espaço para ser preenchido com os dados solicitados.
De acordo com a pesquisa, aplicativos de todas as áreas apresentam problemas de acessibilidade.
Redes sociais possuem ferramentas de descrição para fotos
As redes sociais possuem opções para que os próprios usuários adicionem descrições nas imagens que publicam.
Alguns aplicativos geram um texto alternativo automaticamente para cada figura, a partir de palavras-chaves identificadas por meio de inteligência artificial.
Mas para descrições mais precisas, é necessário que o usuário faça ajustes.
As instruções para utilizar o recurso estão nas páginas de suporte do Facebook, Instagram e Twitter.
Algumas pessoas também adotam hashtags como “#PraCegoVer”, que narra as imagens pelas legendas das fotos.
Veja mais dados do estudo:
A pesquisa contou com o apoio técnico do W3C Brasil, consórcio que desenvolve padrões para a web, e do Ceweb (Centro de Estudos sobre Tecnologias Web).
Menos de 1% dos aplicativos descreve todos os elementos pesquisados e detectados pelo levantamento;
Menos de 1% descrevem todas as imagens;
4% dos aplicativos descrevem todos os seus botões;
Aproximadamente 36% incluem descrição nos campos editáveis;
63% dos aplicativos têm menos do que 10% de todos campos editáveis com alguma descrição;
55% deles possuem menos de 10% das imagens com descrição;
74% dos apps têm menos de 10% dos botões rotulados adequadamente.
Tecnologia
Significados de ‘patroa’ e ‘mulher-solteira’ mudam no Google depois de críticas de Anitta e Luísa Sonza
Publicado
18 de setembro de 2020, 15:57
G1
Os significados das palavras “patroa” e “mulher-solteira” foram alterados no Google após reclamações feitas por Anitta e Luísa Sonza. Na última semana, as cantoras fizeram críticas aos resultados de buscas sobre os termos.
O Google afirmou que as definições de palavras são feitas pela Oxford Languages e que o conteúdo foi revisado. No ano passado, em caso similar, o termo ‘”prostituta” aparecia entre principais significados para “professora” nas buscas da plataforma, e o verbete foi alterado após repercussão.
“Nossa parceira que trabalha com uma das editoras mais tradicionais de dicionários do Brasil, determinou que ambas definições não refletem mais o uso moderno da língua portuguesa falada pelos brasileiros e não são usadas o suficiente para serem incluídas nos resultados de significados”, disse a empresa.
O Google ressaltou, no entanto, que “não edita e nem remove” as definições fornecidas por parceiros.
Por sua vez, o dicionário Oxford Languages declarou que seus “dicionários não determinam como a língua é usada, e sim refletem esse uso. Isso significa incluir palavras que podem ser consideradas ofensivas mas ainda estão em uso – mesmo que nós mesmos não adotemos esses termos no nosso vocabulário pessoal”.
Após as queixas sobre os termos “patroa” e “mulher-solteira”, os editores mudaram os significados vigentes até então. “Levamos esse tipo de preocupação extremamente a sério, e por isso fizemos uma ampla revisão dessas definições”, disse a Oxford Languages, em comunicado.
Indignação de Anitta e Sonza
Anitta mostrou que ao procurar por “patroa” o resultado como significado era “mulher do patrão” ou “dona de casa”; ela ainda comparou com o que é designado para “patrão”, que aparece no Google como “proprietário ou chefe de um estabelecimento privado comercial”.
Depois da reclamação, o significado atual passou a seguir a linha do que é visto no substantivo masculino, mudando para “proprietária ou chefe de um estabelecimento privado comercial”.
No caso de Sonza, a crítica foi para o resultado de “mulher-solteira”. A cantora expôs que o significado que aparecia no Google era “prostituta, meretriz”. Depois da crítica, o termo foi retirado das buscas.
Veja íntegra do comunicado do Google
“Nossa missão é tornar as informações acessíveis e úteis para todos. Trabalhamos com conteúdo licenciado de dicionários parceiros para ajudar nossos usuários a encontrar de forma fácil informações sobre palavras na Busca. Não editamos nem removemos as definições fornecidas pelos nossos parceiros que são os especialistas em idiomas. No caso dos significados das palavras “patroa” e “mulher-solteira”, a Oxford Languages, nossa parceira que trabalha com uma das editoras mais tradicionais de dicionários do Brasil, determinou que ambas definições não refletem mais o uso moderno da língua portuguesa falada pelos brasileiros e não são usadas o suficiente para serem incluídas nos resultados de significados.
As definições foram atualizadas pela Oxford Languages e as mudanças já estão refletidas nos resultados de dicionário exibidos na Busca.”
Veja íntegra do comunicado da Oxford Languages
“O Oxford Languages fornece dados de línguas e linguagem para uma série de idiomas cobertos pelo recurso Dicionário da Busca do Google. Graças a isso, pessoas de todo o mundo têm acesso a informações confiáveis, de alta qualidade e baseadas em evidências. Entretanto, recentemente fomos questionados por usuários incomodados com algumas definições exibidas em português, para termos como “patroa” e “mulher solteira”. Levamos esse tipo de preocupação extremamente a sério, e por isso fizemos uma ampla revisão dessas definições.
Mas como e por que essas definições aparecem no dicionário? Nossos dicionários não determinam como a língua é usada, e sim refletem esse uso. Isso significa incluir palavras que podem ser consideradas ofensivas mas ainda estão em uso – mesmo que nós mesmos não adotemos esses termos no nosso vocabulário pessoal. Os dicionários também contemplam regionalismos e termos que caíram em desuso, mas que ainda podem ser encontrados em leituras. A ideia é oferecer um retrato preciso e detalhado do idioma como um todo. Um exemplo: um usuário pode estar lendo um romance escrito no início do século XX, e queremos ajudar essa pessoa a encontrar e entender termos que hoje podem parecer estranhos – mais importante ainda, a entender como e quando devem ser usados, sobretudo quando há risco de que aquela palavra seja considerada ofensiva.
Quais foram, até o momento, os resultados da revisão que fizemos? Bem, adotamos uma série de mudanças para deixar as definições ainda mais claras e úteis para os usuários. No caso do termo “patroa”, a definição não estava mais refletindo o uso contemporâneo pelos falantes de português do Brasil, e por isso esse verbete foi atualizado em nome da precisão. No caso de “mulher-solteira”, a pesquisa mostrou que a definição exibida ainda reflete o uso da expressão em algumas regiões do país, mas percebemos que a forma de apresentar a definição poderia levar a uma compreensão equivocada e confusa, e por isso ela foi retirada. Essas mudanças estão agora refletidas nos resultados exibidos na Busca do Google.
Criar e manter um dicionário é uma tarefa eterna, que não acaba nunca. Ela deve se basear no objetivo de registrar e refletir uma língua com precisão. Para fazer isso, as sugestões e opiniões das pessoas reais, que usam o idioma no dia a dia, são uma contribuição indispensável.”

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