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Operação embarga propriedades em área de preservação e destrói balsas usadas em garimpos ilegais

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A Operação Pison, deflagrada pela Polícia Civil na semana passada, no norte do Estado, para combater a exploração de minério e a degradação ambiental foi concluída com a destruição de três balsas e embargo de propriedades que estavam atuando na área de preservação permanente do bioma amazônico, no município de Nova Guarita.

As balsas destruídas na operação estavam atracadas às margens do rio Batistão, em área de APP, e eram utilizadas para garimpo, com a extração ilegal de ouro, degradação da fauna e a flora e, consequentemente, causando poluição ambiental com o depósito de produtos químicos no rio.

Durante a operação, coordenada pela Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema), foram cumpridas busca que resultaram na apreensão de armas de fogo e munições, substâncias análogas a mercúrio que eram jogadas no rio, cuias para limpeza de ouro, quatro balanças de precisão, embalagens com descrições que remetem ao comércio ilegal e clandestino de ouro, motosserra e redes utilizadas para pesca predatória.

A delegada Liliane Murata, titular da Dema, ressalta que o trabalho de inteligência foi estrategicamente planejado, em virtude do grau de dificuldade da operação. “Foi colocado em prática com muito profissionalismo pela base operacional que executou o planejamento de forma fiel, trazendo excelentes resultados para a sociedade e para o bioma. O trabalho integrado é a chave para combater o crime”, pontua a titular da Dema.

Investigação

Denúncias anônimas recebidas pelo disque denúncia 197 da Polícia Civil informavam que estaria havendo exploração ilegal do solo e água e poluição na área de preservação ambiental do norte do Estado.

Ações de inteligência reunidas pela Dema em parceria com a Delegacia de Guarantã do Norte e a Diretoria de Inteligência durante 90 dias de investigações apontaram que na região de Nova Guarita estariam ocorrendo delitos ambientais e foi constatado que pessoas estariam praticando crimes em área terrestre e fluvial, utilizando as balsas atracadas ao longo do córrego Batistão para a extração ilegal de minérios.

As balsas atuam, revirando o leito do rio em busca de minério. Para isso são usados mergulhadores e balsas que destroem barrancos e reviram o cascalho puxado do fundo do córrego com mangueiras e bombas de sucção para a superfície. O material carreado era depositado nas margens do córrego Batistão, acarretando danos ambientais como degradação do solo e da cobertura vegetal, assoreamento da margem do córrego, contaminação da água pelos produtos químicos jogados no córrego, desvio do leito do rio, além do desmatamento ilegal.

Estrutura

A operação envolveu um efetivo de 35 agentes de segurança pública, entre policiais civis, militares, rodoviários federais, agentes da Sema e perito oficial, que empregaram 12 horas em atividades na terra e água com uso de 12 viaturas e três embarcações.

A ação em campo foi coordenada pelo delegado adjunto da Dema, Alexandre Vicente, que mencionou o grau de dificuldade da ação em campo, porém, as atividades ocorreram dentro do planejado e que tais ações vêm ao encontro da defesa do meio ambiente.

Impactos ambientais

A delegada Liliane Murata destaca as consequências da degradação produzida pelo garimpo e os impactos ambientais causados pela atividade de mineração. “Apesar de ser considerada sinônimo de desenvolvimento socioeconômico e ser essencial à sociedade, considerando que os minérios encontram-se em praticamente todos os bens de consumo, a atividade mineradora apresenta alto potencial de impactos ambientais. Como é o caso da poluição dos recursos hídricos e do solo, além da perda de biodiversidade tanto em relação à fauna quanto à flora”, explica a titular da delegacia.

Na mineração, os impactos ambientais podem ser gerados desde o planejamento do projeto, passando pelas etapas de implantação, operação e desativação. “O desmatamento, a poluição ambiental, bem como a contaminação e poluição dos recursos hídricos e do solo provocam também a perda de biodiversidade. Muitos animais perdem seu habitat e acabam fugindo para outras áreas, bem como há perda de espécies de plantas na região devido à retirada da cobertura vegetal”.

Nome da operação

Pison é uma palavra de origem hebraica que significa “mais espalhado”. Um dos quatro rios que se ramificaram do rio que saía do Éden, e, depois, circundava a inteira terra de Havilá, terra que se diz ser fonte de ouro, de bdélio e de pedra ônix. O nome da operação foi escolhido em razão da área geográfica investigada ser similar a Pison.

A operação foi deflagrada na Semana do Meio Ambiente para lembrar a sociedade que a Polícia Civil, junto com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e órgãos parceiros estão atuando unidos no combate a delitos ambientais em Mato Grosso.

A Operação Pison contou com o apoio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Estado de Mato Grosso, Delegacia de Polícia Civil de Guarantã do Norte, Gerência de Operações Especiais e Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Mato Grosso, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Perícia Oficial, além de parceiros do Ministério Público e do Judiciário Estadual.

Nova Guarita

Município localizado na região norte do estado, Nova Guarita tem uma área de 1.109 quilômetros quadrados e população estimada em 5.631 habitantes. Desde a década de 1980 há forte corrente migratória na região e rio e margens praticamente dizimados com prejuízo para o meio ambiente que até hoje continuam trazendo sequelas irreparáveis ao bioma local.

A vegetação é localizada em área da Floresta Amazônica, pode ocorrer os tipos de vegetação de acordo com o regime hídrico e fertilidade. Cerca de 80% do município foi desmatado em função do comércio de madeira e plantação de pastos.

A hidrografia é composta principais rios da bacia hidrográfica da região são: Rio Braço Dois, afluente do Rio Peixoto que é afluente do Rio Tele Pires, Córrego Batistão e Córrego do Pão que são afluentes do Rio Peixoto de Azevedo e Córrego do paradinho que é afluente do Rio Braço Dois e Teles Pires.

Fonte: PJC MT

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Homem que agrediu esposa por não aceitar fim do relacionamento é preso em Confresa

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Um homem que vinha agredindo a sua companheira há cerca de um ano por não aceitar o fim do relacionamento foi preso em flagrante pela Polícia Civil, nesta quinta-feira (18.04), em ação realizada pelos policiais da Delegacia de Confresa (1.160 km a nordeste de Cuiabá).

As diligências iniciaram durante a madrugada, por volta das 02 horas, após a equipe plantonista da Delegacia de Confresa receber várias denúncias de que uma mulher estava sendo agredida pelo marido na casa em que viviam.

Com base nas informações, os policiais foram até o endereço, porém ao chegar ao local a vítima já havia saído para procurar a Polícia. Na delegacia, a vítima informou que tem um relacionamento há aproximadamente três anos e que deseja se separar, o que teria motivado uma discussão e posteriormente as agressões físicas.

A vítima foi agredida na região dos olhos e nas pernas, chegando a sujar o chão com marcas de sangue, devido à gravidade das lesões praticadas pelo companheiro.

Ainda segundo a vítima, as agressões físicas têm ocorrido de forma recorrente há um ano e além das lesões o suspeito constantemente a insultava com xingamentos e palavras de baixo calão. O suspeito chegou a ameaçar a vítima de morte e matou três cachorros seus.

Após a oitiva da vítima e o requerimento das medidas protetivas de urgência, os policiais realizaram diligências para localizar o suspeito, que foi preso em flagrante na residência do casal, no bairro Aeroporto.

Depois de detido pelos policiais, o agressor foi conduzido à Delegacia de Confresa, onde após ser interrogado, foi autuado pelos crimes de lesão corporal e cárcere privado no âmbito doméstico, sendo posteriormente encaminhado para a Cadeia Pública de Porto Alegre do Norte, onde ficará à disposição da Justiça.

Fonte: Policia Civil MT – MT

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Operações Contra o Tráfico: Apreensões e Detenções em Diversas Cidades de Mato Grosso

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Mato Grosso vem intensificando suas ações de combate ao tráfico de drogas, resultando em importantes apreensões e detenções ao longo das rodovias do estado. Durante abordagens estratégicas em diferentes cidades, a PRF conseguiu interceptar veículos suspeitos e indivíduos com substâncias ilícitas, demonstrando seu compromisso em garantir a segurança nas estradas e combater o crime organizado.

Operações e Apreensões:

  • Em 11 de abril, em Rondonópolis, no km 211.0 da BR 364, um veículo foi parado pela PRF, resultando na apreensão de aproximadamente 13,2 kg de cloridrato de cocaína. O motorista foi detido sob acusação de tráfico de drogas.

  • Em 11 de abril, em Cuiabá, durante fiscalização em um ônibus no km 387.0 da BR 364, a PRF deteve uma passageira, encontrando 5 tabletes de skunk em sua posse.

  • Em 12 de abril, em Cáceres, uma abordagem a um veículo levou à apreensão de aproximadamente 38.95 kg de cocaína e cerca de 114.1 kg de pasta base. O motorista foi detido por envolvimento com o tráfico.

  • Em 14 de abril, em Barra do Garças, a PRF interceptou um ônibus no km 8.0 da BR 070, encontrando um total de 285.65 kg de entorpecentes, entre cloridrato de cocaína e pasta base. O motorista foi detido pelas autoridades.

  • Em 14 de abril, em Poconé, durante fiscalização em um ônibus, a PRF apreendeu 14 tabletes de pasta base de cocaína após um passageiro tentar fugir da abordagem.

  • No dia de ontem 17/04/2024, em Cuiabá, uma abordagem conjunta entre PRF, Força Tática MT e BOPE MT resultou na localização de cerca de 350 kg de maconha.

Conclusão: As ações da PRF em conjunto com demais órgãos de segurança em Mato Grosso resultaram em significativas apreensões de drogas e na detenção de diversos indivíduos envolvidos no tráfico ilícito de entorpecentes.

Essas operações reforçam o compromisso das autoridades em garantir a segurança nas estradas e combater o crime organizado, contribuindo para um ambiente mais seguro e protegido para todos os cidadãos.

A PRF continua vigilante e atuante em sua missão de manter a ordem e prevenir atividades criminosas ao longo das rodovias.

Fonte: PRF – MT

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