A Polícia Federal confirmou, há pouco, ao Só Notícias, que 35 policiais e 5 auditores federais da Controladoria-Geral da União (CGU) estão sendo cumpridos 7 mandados de busca e apreensão na operação denominada Kitsun, nas cidades de Colíder e Peixoto de Azevedo (157 e 197 quilômetros de Sinop, respectivamente), em endereços de pessoas físicas e jurídicas, a prisão preventiva de um investigado, a suspensão da função pública de um agente público e o sequestro de bens, valores e imóveis dos envolvidos.
A operação investiga o esquema de desvio de recursos públicos federais da saúde indígena no Distrito Sanitário Especial Indígena Kayapó Mato Grosso. Até o momento, os desvios ocasionaram um prejuízo de R$ 2,5 milhões para um universo investigado de aproximadamente R$ 5 milhões em despesas analisadas, corresponde ao superfaturamento de 50%.
A ação realizada em parceria com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF), visa desarticular esquema criminoso que ocasionou fraudes e desvio de recursos públicos no âmbito do Dsei, na área da saúde indígena. O montante dos recursos avaliados é de aproximadamente R$ 5 milhões.
De acordo com informações da assessoria da PF, as investigações tiveram início após apurações da CGU que identificaram fraude na licitação promovida para aquisição de refeições para os índios, pagamentos sem cobertura contratual, superfaturamento nas quantidades e adulteração nos controles das refeições servidas, condições precárias de armazenamento dos alimentos, cozinhas inadequadas e falta de refeitório para atender os indígenas acomodados nas Casas de Saúde Indígena (Casai’s) de Colíder-MT e Peixoto de Azevedo.
Durante as investigações foi possível evidenciar o repasse de dinheiro pela empresa contratada para servidores do Dsei/Kayapó/MT, da Funai (inclusive lideranças indígenas) e da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) – entidade responsável pela disponibilização de profissionais das Equipes Multiprofissionais de Saúde Indígena – EMSI). Via de regra, esses repasses eram feitos após o recebimento de pagamentos do Dsei/Kayapó/MT.
Também foi constatado um volume extremamente elevado de transações bancárias que não permitem a identificação do destinatário do dinheiro, a exemplo de saques ou cheques pagos diretamente na agência, realizados após o recebimento de pagamentos do Dsei/Kayapó/MT.
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) firmou um contrato de R$ 328 milhões com a Esplanada Serviços Terceirizados Ltda, empresa que é alvo de investigações da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) por suspeitas de fraude em licitações federais.
O contrato prevê a contratação de 1.216 funcionários terceirizados para atender 12 ministérios, com duração inicial de três anos, podendo ser prorrogado por até dez anos. O certame é considerado um dos maiores do setor nos últimos anos.
Em nota oficial, o MGI afirmou que a empresa não possui sanções administrativas e que toda a documentação foi analisada rigorosamente antes da homologação. A pasta declarou que acompanhará a execução do contrato junto aos órgãos de controle.
A Esplanada Serviços Terceirizados e outras empresas do setor, como a R7 Facilities, foram alvo da Operação Dissímulo em fevereiro deste ano, que apura supostas fraudes em licitações públicas para simular concorrência e garantir contratos milionários.
O proprietário da Esplanada nega qualquer envolvimento com o grupo investigado e afirma que não houve “conluio” nos processos licitatórios.
Avançando na criação do Plano de Integridade da Polícia Civil de Mato Grosso, o Comitê de Integridade se reuniu, nesta segunda-feira (28.4), na sede da Diretoria Geral, em Cuiabá, para finalizar a construção das ações que serão propostas como estratégia de “compliance” institucional.
Estão sendo avaliadas, pela equipe do Comitê, as questões relacionadas aos riscos e vulnerabilidades quanto à ética e moral da Polícia Civil para a elaboração do Plano de Integridade, que estabelecerá quais serão os mecanismos adotados quanto as medidas preventivas e corretivas.
A elaboração do plano de integridade tem como objetivo prevenir, detectar, responsabilizar e remediar práticas de corrupção, fraudes, irregularidades e desvios éticos e de conduta, bem como a busca pela mudança de cultura.
Como estratégia de “compliance”, o trabalho visa implementar procedimentos de práticas éticas e cumprir os objetivos do Programa Integridade do Estado de Mato Grosso, que tem como meta garantir que a administração pública estadual mantenha seu propósito de entregar políticas públicas de forma adequada, imparcial e eficiente.
Após finalização o Plano de Integridade será apresentado à Diretoria Geral da Polícia Civil para apreciação e aprovação da proposta.
Comitê de Integridade
A Portaria nº 2025.10.317, publicada no Diário Oficial do Estado no dia 26 de fevereiro de 2025, institui o Comitê de Integridade para atuar na estruturação, execução e monitoramento do Programa de Integridade no âmbito da Polícia Civil do Estado de Mato Grosso, em conformidade da Lei nº 10.691/2018 – Programa de Integridade Pública do Governo de Mato Grosso.
O Comitê de Integridade coordenará os trabalhos relacionados ao gerenciamento de riscos para a integridade, realização de orientação e treinamento dos servidores com relação aos temas do Programa de Integridade, além de promover outras ações relacionadas à implementação do programa institucional.
A proposta do Plano de Integridade da Polícia Civil será submetida à aprovação da Secretaria de Estado de Segurança Pública.
Integridade e Compliance
Entre as estratégias já implementadas pelo grupo de trabalho, instituído pela Diretoria Geral da Polícia Civil, foi incluída na grade curricular da Academia de Polícia (Acadepol) a disciplina de Integridade e Compliance, buscando a difusão de procedimentos de práticas éticas para cumprimento dos objetivos do Programa Integridade do Estado de Mato Grosso.
Com 20 horas/aula, a disciplina foi instituída por meio de publicação no Diário Oficial do Estado do dia 03 de dezembro de 2024 e abordará assuntos como Código de Ética, Visão, Missão e Valores da Polícia Civil de Mato Grosso; a Lei Complementar nº 407 (Estatuto da Polícia Civil de Mato Grosso), além de outras resoluções e leis ligadas às atividades da instituição policial.
Programa
O Programa de Integridade Pública de Mato Grosso foi lançado em julho de 2023, e todos os órgãos e entidades do Executivo já aderiram. Ele tem como principal objetivo fazer com que a administração pública estadual não se desvie de seu propósito, que é entregar políticas públicas de forma adequada, imparcial e eficiente. O programa congrega uma série de medidas institucionais que visam à prevenção, detecção, responsabilização e remediação de práticas de corrupção, fraudes, irregularidades e desvios éticos e de conduta.
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