No município de Juína (730 km de Cuiabá), policiais militares estão à “caça” de um homem de 40 anos que causou o terror dentro de casa fazendo ameaças de morte contra a esposa e uma filha dela de 15 anos (enteada do suspeito) e fugiu depois de ter efetuado disparos de espingarda dentro do imóvel danificando uma TV e um aquário. Ele estaria bêbado e partiu para as ameaças porque queria manter relações sexuais à força com a menor, mas a esposa não concordou.
O suspeito é Lenilson Alves da Cunha, ex-presidiário já condenado por um homicídio qualificado e que vinha cumprindo pena no regime semiaberto com utilização de tornozeleira eletrônica. Ele também é acusado de lesão corporal e violência doméstica (Lei Maria da Penha) num processo que tramita na 2ª Vara Criminal de Cáceres.
De acordo com site Juína News, o criminoso só não conseguiu matar a esposa e a enteada a tiros porque ambas fugiram no momento em que ele pegou uma espingarda calibre 12 e começou a carregar a arma. O crime foi praticado no bairro Setor Industrial na noite deste sábado (15).
A ira dele foi motivada pelo fato de ter dito à esposa que estava “apaixonado” pela filha dela e queria manter relação sexual com a adolescente na cama do casal.
A companheira o repreendeu, mas o suspeito não gostou e passou a agredi-la com palavras de baixo calão. Ele ainda teria tentado matar mãe e filha utilizando uma faca que quase perfurou o abdome da jovem.
Diante das agressões e ameaças, as vítimas se trancaram no quarto. Depois, ao perceberem que o suspeito estava carregando uma espingarda, elas pularam a janela e correram em busca de socorro ligando para a Polícia Militar.
O criminoso efetuou três disparos dentro da casa e fugiu em seguida num Fiat Uno de cor branca. Uma viatura foi até a casa e no local os policiais perceberam que um dos disparos atingiu uma TV na parede da casa e um outro disparo atingiu um aquário. O terceiro disparo atingiu um cadeado de uma porta onde foram encontrados materiais usados na recarga dos cartuchos da espingarda.
Em conversa com as vítimas, policiais relataram que a menor apresentava leves escoriações nas pernas e braço esquerdo causadas pelo suspeito que bateu a porta do quarto contra a menor. Ela relatou que já havia sofrido abusos por parte do suspeito outras vezes e que na semana passada procurou ajuda do Conselho Tutelar e da Polícia Civil.
A mãe da menor apresentava escoriações no braço direito e se queixava de dores nas costas e nas pernas. Ela relatou aos policiais que Lenilson está em liberdade condicional, pois já responde por um crime de homicídio. Rondas foram realizadas por policiais militares, mas o suspeito continua foragido.
HOMICÍDIO EM CÁCERES
FOLHAMAX constatou que Lenilson Alves da Cunha foi preso em junho de 2016 após a Polícia Civil de Cáceres representar por sua prisão preventiva pelo crime de homicídio contra a vítima Edmárcio Campos de Miranda, de 36 anos, que foi morta a tiros dentro de uma oficina mecânica no dia 21 de janeiro de 2016. A prisão foi decretada quatro dias após em crime, em 25 de janeiro daquele ano.
Em dezembro do mesmo ano sua defesa impetrou habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso, mas o HC foi negado em por unanimidade em 21 de fevereiro de 2017.
No site do TJ consta um processo relativo a uma guia de execução penal defintiva. Consta nos autos que em audiência realizada em 15 de outubro de 2018 Lenilson Cunha obteve a progressão de pena e passou para o regime semiaberto com determinação para usar tornozeleira eletrônica. Por outro lado, não consta no processo quantos anos de prisão ele foi condenado pelo homicídio.