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Professores decidem por continuidade da greve; categoria cita desrespeito do Governo

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O Bom da Notícia

Os profissionais da Educação estadual darão continuidade à greve deflagrada em 27 de maio. Ocorre que  o Conselho de Representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), analisou no sábado (8) e no domingo (9), o documento de 69 páginas enviado pelo Executivo, que informa o estouro no limite de gastos com pessoal e que barra aumento salarial à categoria e votou pela resistência do movimento grevista.

Uma Assembleia Geral, ocorre na tarde desta segunda-feira (10), na Escola Estadual Presidente Médici, para deliberação final. A categoria considerou um retrocesso as justificativas apresentadas e aponta desrespeito por parte do Governo do Estado.“Históricamente, todas as greves são revestidas de inseguranças, ameaças, acusações do governo e até mesmo da sociedade. Nesta greve, o governo busca implementar todos os pacotes de maldades e contrainformações para deslegitimar a pauta dos trabalhadores e das trabalhadoras da Educação. Porém, não podemos deixar que esse tipo de ação arbitrária, autoritária e ilegal, retire nossa capacidade de resistir, pensar e lutar”, disse o presidente do Sintep/MT, Valdeir Pereira.

ENTENDA 

O Executivo justifica que com o estouro no limite de gastos com pessoal não será possível conceder reajuste salarial ao profissionais da Educação. Conforme o Governo, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) determina que podem ser direcionados até 49% do orçamento para pagar salários, no entanto, índice de gastos é de 57,12%.

No documento, o governador Mauro Mendes (DEM), por meio de uma equipe técnica, afirma que o estouro nas contas representou um excesso de R$ 1,2 bilhão no primeiro quadrimestre deste ano, o que representa R$ 120 milhões em despesas por mês, fora do permitido.

O Governo afirma que, caso o aumento seja concedido, “chegaríamos a um insuperável conflito normativo (…), justificando as exonerações de servidores efetivos estáveis e não estáveis. O servidor seria beneficiado com uma vantagem parcial, mas, logo após, como consequência direta de tal ação, estaria sujeito à extinção definitiva do seu vínculo”.

A proposta é suspender os aumentos enquanto estiver extrapolado o teto de gastos com a folha, seguindo notificação, de janeiro deste ano, do Tribunal de Contas do Estado que adverte sobre a impossibilidade legal de conceder aumentos salariais. A orientação do tribunal, inclusive neutralizaria a Lei 510/2013, que busca corrigir distorção dos salários dos educadores, equiparando com a de outras categorias do serviço público estadual.

“Tendo em vista que o excesso de gastos em um grupo de despesas importará, necessariamente, no déficit em outro grupo. Daí, fica evidente o porquê da precariedade das escolas e dos investimentos na Educação”. A RGA, assim como os aumentos salariais também está impedida, por conta da falta de capacidade financeira do Estado.

Para conceder o reajuste, que abrange todos os servidores, o Estado teria que cumprir uma série de requisitos, como por exemplo, pagar os salários até o dia 10 de cada mês, sem escalonamentos. “Fica evidente a absoluta impossibilidade de concessão da RGA”, diz trecho do documento.

CONCURSOS

O Estado afirma que até dia 15 será realizada uma reunião para saber se há viabilidade orçamentária para convocação de aprovados das possíveis vagas que possam surgir, oriundas de desistências ou exoneração de servidores nomeados.

INVESTIMENTOS

A Secretaria de Educação, segundo o Estado, deve receber R$ 35 milhões, oriundos da arrecadação do Fethab e de emendas parlamentares. No entanto, serão priorizadas as escolas objeto de TAC, bem como aquelas em situação de emergência.

A crise financeira tem feito com que os investimentos na Saúde fiquem cada vez menores. A Secretaria de Fazenda afirma que em 2017 foram aportados R$ 266 milhões, já em 2018, o valor caiu para R$ 167 milhões.

CRÍTICAS

Já o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) tem defendido que Mauro Mendes deve conceder aumento salarial aos professores, ao informar que o Estado arrecadou mais de R$ 4 bilhões nos quatro primeiros meses do ano, R$281 milhões a mais que no mesmo período do ano passado.

“Os números do 1º quadrimestre deste ano mostram que o governo tem toda a capacidade de assegurar o cumprimento da Lei 510. O governo já arrecadou R$ 706 milhões no Fethab, elevando a projeção de R$ 1,4 bilhão para R$ 2,1 bilhões até o fim do ano. Com o crescimento da arrecadação de ICMS, a previsão é que até o fim do ano sejam quase R$ 1 bilhão a mais. E é preciso R$ 128 milhões para assegurar o direito dos trabalhadores da Educação”, diz Lúdio.

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Abilio detona vereadores que tentaram aumentar valor de auxílio: “Oportunismo barato”

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Abilio destacou que essa ajuda extraordinária não se trata de um programa social.

Propostas queriam pagar três meses de auxílio e aumentar valor conforme número de crianças na família cadastrada.

 

O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), classificou como “oportunismo barato” a postura dos vereadores Daniel Monteiro (Republicanos) e Jeferson Siqueira (PSD), que tentaram aumentar o valor do benefício emergencial, de R$ 1 mil, às vítimas dos alagamentos registrados na Capital, nos últimos dias. O recurso foi aprovado pela Câmara Municipal, no último dia 16.

As emendas dos vereadores ao projeto da Prefeitura previam que fosse concedido um “bônus” de R$ 200 para cada criança menor de 12 anos nas famílias cadastradas. O segundo projeto previa estender o benefício por três meses, totalizando R$ 3 mil por família.

“Eu entendo a propositura dos vereadores que fizeram, só que era oportunismo barato na minha visão no momento que Cuiabá está passando e as pessoas estão passando. Eu acho que a intenção pode ser plausível, a intenção pode ser boa, mas o foco do projeto não é esse”, disse o prefeito.

O prefeito ainda disse que os vereadores têm condições de cumprirem as suas propostas por conta própria, utilizando os valores dos seus vencimentos particulares.

”Acho que eles podem também fazer essa doação da própria conta deles. Eles, além de terem recursos próprios, que são uns salários muito grandes, assim como de todos nós, acho que esse trabalho social, esse trabalho voluntário, qualquer um de nós pode fazer, eu posso fazer, todos nós podemos fazer, assim como eu tenho feito”, disse.

Abilio destacou que essa ajuda extraordinária não se trata de um programa social, mas de um auxílio emergencial para famílias afetadas pelas chuvas e que a medida só foi necessária porque a Prefeitura não possui contratos com fornecedores de colchões e alimentos para a formação de cestas básicas em situações como essas.

“Esse auxílio emergencial nesse momento que a gente está não é um programa de assistência social, não é um bolsa família, é um programa emergencial para comprar itens que a Prefeitura não tem condições de comprar. Porque ela não tem condições de comprar? Porque não tem contrato, não tem licitação. Se tivéssemos contratos com fornecedores de colchão, de alimentos para formar cesta básica, de materiais de limpeza ou de alguns utensílios, a gente não precisava fazer esse auxílio de repassar, a gente podia simplesmente comprar e entregar para as pessoas”, explicou.

Abilio também disse que as emendas apresentadas pelos parlamentares poderiam levar as pessoas a confundir a finalidade do projeto.

“Imagina uma pessoa ter cinco, seis filhos cadastrados e toma esse projeto como um projeto de assistência econômica. Não é essa a finalidade do projeto, não é esse o projeto”, concluiu.

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Brasil terá a maior alíquota de IVA do mundo; veja ranking

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Após alterações aprovadas pela Câmara, as projeções subiram para 27,97%.

Quando o texto da reforma foi entregue ao Congresso, em abril do ano passado, a alíquota média era estimada em 26,5%.

 

O secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, disse que estimativas da pasta apontam que a alíquota padrão da nova tributação sobre consumo ficará em torno de 28%.

De acordo com o secretário, a alíquota deve ficar apenas um pouco acima do que era a do texto aprovado na Câmara dos Deputados antes de ir para o Senado. Quando o texto da reforma foi entregue ao Congresso, em abril do ano passado, a alíquota média era estimada em 26,5%. Porém, após alterações aprovadas pela Câmara, as projeções subiram para 27,97%.

“Não estamos dizendo que a alíquota será essa [28%]. A projeção dos dados que temos hoje aponta para uma alíquota dessa ordem”, afirmou Appy, acrescentando que as projeções exatas do governo para as alíquotas serão apresentadas nos próximos dias.

O secretário ainda argumentou que a reforma aprovada estabelece uma espécie de trava para evitar que a alíquota padrão rompa a barreira de 26,5%.

Caso esse nível seja ultrapassado no final do período de transição em 2031, o projeto exige que o governo envie ao Congresso Nacional um projeto de lei complementar reduzindo benefícios de forma a fazer a alíquota retornar a esse patamar.

O primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária sobre o consumo foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quinta-feira, 16.

Segundo os técnicos, foram feitos 15 blocos de vetos, que serão posteriormente analisados pelo Congresso. Para Appy, o texto sancionado respeitou a posição do Legislativo e mantém a essência da reforma.

A reforma tributária cria a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) — que substituirá os tributos federais Pis e Cofins –, e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) — que vai aglutinar ICMS (estadual) e ISS (municipal). Também é criado o Imposto Seletivo, que visa desestimular o consumo de produtos e serviços nocivos à saúde e ao meio ambiente.

De acordo com o secretário, o governo ainda não fechou as alíquotas para o Imposto Seletivo. Essa definição será apresentada em projeto de lei nos próximos meses, disse ele.

Maior IVA do mundo

Caso se confirme os 28% de alíquota padrão, o Brasil terá a maior alíquota de Imposto de Valor Agregado (IVA) do mundo.

A alíquota-padrão ainda será maior que a de países como Noruega, Portugal, Itália e Bélgica, que cobram entre 21% e 25% de IVA. O Brasil ainda terá uma alíquota muito superior à de países da América Latina, como Chile e Colômbia, que cobram 19%, e México, cuja alíquota média é de 16%.

Veja o ranking dos países com maior alíquota de IVA
Brasil 28%
Hungria 27%
Dinamarca 25%
Noruega 25%
Suécia 25%
Finlândia 24%
Grécia 24%
Islândia 24%
Irlanda 23%
Polônia 23%
Portugal 23%
Eslovênia 22%
Itália 22%
Bélgica 21%
Espanha 21%
Letônia 21%
Lituânia 21%
Países Baixos 21%
Tchéquia 21%
Eslováquia 20%
Estônia 20%
França 20%
Reino Unido 20%
Turquia 20%
Áustria 20%
Média não ponderada da OCDE 19,2%
Alemanha 19%
Chile 19%
Colômbia 19%
Israel 17%
Luxemburgo 17%
México 16%
Nova Zelândia 15%
Costa Rica 13%
Austrália 10%
Coreia do Sul 10%
Japão 10%
Suíça 7,7%
Canadá 5%

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