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Tecnologia

Qual é mais seguro: Telegram ou WhatsApp?

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Por Altieres Rohr

O aplicativo Telegram, envolvido no vazamento das mensagens de procuradores da Lava Jato, é considerado por muitas pessoas uma alternativa mais segura ao seu principal concorrente. Não é possível saber, mas pode até ter sido esse pensamento que levou as autoridades a utilizarem o Telegram em detrimento do app mais popular do Brasil.

Essa decisão, porém, não tem muitos fundamentos na realidade. Especialmente quando o assunto é a privacidade de mensagens trocadas em conversas antigas, o WhatsApp é, hoje, muito mais seguro do que o Telegram.

Dois ângulos e dois modelos

Quando se fala em segurança de um aplicativo, há dois ângulos principais para serem analisados. O primeiro ângulo é a arquitetura ou desenho do software, que é a maneira como ele foi projetado para funcionar. Esse modelo define as funcionalidades que o aplicativo terá e, com isso, as concessões em termos de segurança. Deixar o programa mais seguro pode impossibilitar certas funções e conveniências.

O WhatsApp e o Telegram empregam dois modelos completamente distintos. O WhatsApp armazena todas as mensagens trocadas apenas em um telefone e não permite que outros aparelhos sejam ativados com o mesmo número. Por esse motivo, todas as mensagens do WhatsApp podem ser cifradas com a chave de segurança exclusiva do celular.

Ainda que o WhatsApp possa ser usado no computador com o “WhatsApp Web”, essa função não funciona se o smartphone estiver desligado ou sem conexão com a internet, porque toda a comunicação precisa ser intermediada pelo telefone onde o WhatsApp foi ativado.

Já o Telegram é um programa de troca de mensagens “em nuvem”. Com exceção dos “chats secretos”, o conteúdo das conversas é todo armazenado no servidor on-line do Telegram. Portanto, não há a mesma limitação do “WhatsApp Web”: qualquer aparelho pode ser ativado e terá acesso a todas as mensagens já trocadas no Telegram mesmo que o celular esteja sem conexão com a internet.

Em outras palavras, o Telegram é muito parecido com o Facebook Messenger ou com o Skype, mas muito diferente do WhatsApp.

A maneira mais fácil de ver as mensagens antigas de outra pessoa no WhatsApp é ativando uma sessão do WhatsApp Web. Isso requer acesso completo ao aparelho celular. O mesmo truque funciona no Telegram, mas não é o único: o acesso à linha de telefone é suficiente para ativar a conta e ver todas as mensagens. No WhatsApp, se você só tiver a linha, você ainda terá que conseguir acesso ao backup das mensagens da vítima — e pode ser que a vítima nem tenha feito esse backup.

O segundo ângulo da segurança é a qualidade do código. Não é possível saber a qualidade do código do WhatsApp, porque ele é proprietário — apenas o Facebook controla o código. O Telegram leva vantagem aqui: parte do código está disponível para qualquer pessoa analisar. Porém, o servidor do Telegram — que tem um papel mais importante que o do WhatsApp, já que ele armazena todas as mensagens — é de código fechado.

‘Teu passado te condena?’

A noção de que o Telegram é mais seguro do que o WhatsApp nasceu graças ao passado desastroso do aplicativo que hoje pertence ao Facebook.

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Meta, Google e OpenAI firmam compromisso por IA mais responsável

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OpenAI, dona do ChatGPT, é uma das empresas que assinou compromisso com governo dos EUA
Unsplash/Rolf van Root

OpenAI, dona do ChatGPT, é uma das empresas que assinou compromisso com governo dos EUA

As sete principais empresas de inteligência artificial (AI) dos Estados Unidos concordaram nesta sexta-feira (21) em adotar uma série de medidas para desenvolver seus sistemas de forma mais responsável. O acordo foi realizado entre as companhias e o governo dos Estados Unidos.

Dentre os compromissos aceitos pela Amazon, Anthropic, Google, Inflection, Meta, Microsoft e OpenAI, estão investimentos em cibersegurança, realização de testes envolvendo aspectos de discriminação nos sistemas de IA antes de seus lançamentos, e um novo sistema de marca d’água em conteúdos gerados por IA.

Este último compromisso é uma forma das empresas sinalizarem que um texto, áudio, vídeo ou foto foi gerado por uma inteligência artificial, evitando que usuários acreditem, por exemplo, em deepfakes. As empresas ainda trabalham para implementar as novidades.

Por se tratar de um compromisso voluntário, a medida não é considerada uma regulação das empresas de IA, já que não há consequências para o descumprimento das promessas.

Em paralelo à medida do governo, o Congresso dos EUA estuda propor uma lei para regulamentar sistemas de IA.

No Brasil, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentou no início de maio um projeto de lei para regulamentar sistemas de inteligência artificial. Por enquanto, a matéria ainda não tem data para ser votada.

Fonte: Tecnologia

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Google testa inteligência artificial para escrever notícias; entenda

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Google testa inteligência artificial para escrever notícias; confira
Unsplash

Google testa inteligência artificial para escrever notícias; confira

O Google está atualmente desenvolvendo uma ferramenta de IA generativa, projetada para auxiliar jornalistas em seu trabalho. Denominada “Genesis”, a plataforma tem como objetivo absorver informações detalhadas sobre eventos recentes e produzir notícias.

Segundo uma reportagem do The New York Times, o Google fez uma apresentação da ferramenta Genesis para executivos de alguns dos principais jornais dos Estados Unidos, incluindo o próprio NYT, o The Washington Post e a News Corp, empresa detentora do The Wall Street Journal. A apresentação revelou detalhes sobre o funcionamento da ferramenta de IA generativa voltada para auxiliar jornalistas em suas atividades.

Representante do Google, Jean Crider afirmou que “estamos em estágios iniciais de ideias para fornecer ferramentas de IA que auxiliem os jornalistas em seus trabalhos”, enfatizando a intenção de estabelecer parcerias com editores de notícias no desenvolvimento da iniciativa.

De acordo com pessoas que estiveram presentes na apresentação, o Google tem a convicção de que a IA poderá atuar como uma assistente no trabalho de jornalistas, automatizando o processo de produção de notícias.

Contudo, nem todos ficaram completamente convencidos com a abordagem do Google. Alguns executivos, que preferiram manter o anonimato, revelaram ao New York Times que a proposta da IA desvaloriza os esforços dos profissionais da área em termos de apuração e produção de notícias.

Atualmente, alguns veículos de comunicação já estão empregando Inteligências Artificiais generativas para criar conteúdo, porém, as publicações de notícias têm sido cautelosas em sua adoção, principalmente devido a preocupações relacionadas à tendência da tecnologia de gerar informações factualmente incorretas.

Pesquisa feita por cientistas que atuam em Stanford e Berkeley revelou que os modelos de linguagem desenvolvidos pela OpenAI apresentaram alterações significativas em seu desempenho ao longo de alguns meses.

Os pesquisadores constataram que a precisão das respostas geradas pareceu diminuir com o passar do tempo, corroborando os relatos de usuários sobre as versões mais recentes do software apresentando uma aparente “queda de inteligência”. Usuários têm relatado há mais de um mês a percepção de uma queda na qualidade da plataforma.

O Google liberou semana passada o acesso ao Bard no Brasil . A ferramenta, que concorre diretamente com o ChatGPT, está disponível em 40 idiomas, incluindo o português brasileiro.

O Bard funciona de forma bastante similar ao ChatGPT, conseguindo responder perguntas, resumir textos, dar ideias sobre diversos assuntos, escrever e-mails e muito mais.

Fonte: Tecnologia

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