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Internacional

Revólver que teria sido usado no suicídio de Van Gogh vai a leilão na França

Publicado

Por France Presse

O revólver, com o qual Vincent van Gogh teria se suicidado, conhecido como “a arma mais famosa da história da arte”, será leiloado nesta quarta-feira (19) em Paris. A arma Lefaucheux, de calibre de 7 mm, está avaliada entre 40.000 e 60.000 euros (US$ 45 mil e US$ 67 mil). Será leiloada pela casa AuctionArt-Rémy Le Fur no Hôtel Drouot.

Van Gogh teria atirado no peito, aos 37 anos, e morreu dois dias depois ao norte de Paris.

Em 27 de julho de 1890, o mestre holandês teria caminhado até um campo próximo da hospedaria onde estava instalado em Auvers-sur-Oise. Ele teria, então, levantado a camisa e atirado no peito com uma arma do proprietário do estabelecimento.

O revólver teria caído das mãos de Van Gogh, que, ferido, teria voltado para a pensão, onde faleceu dois dias depois.

O revólver, cuja autenticidade é provável que nunca seja formalmente confirmada, foi descoberto em 1965 por um agricultor nesse mesmo campo. Depois de sua descoberta, o camponês entregou a arma – muito danificada – a Arthur Ravoux, proprietário dessa hospedaria. Desde então, o objeto teria permanecido na família, conta a casa de leilões AuctionArt.

Foi apresentado publicamente pela primeira vez em 2012 com a aparição do livro “Aurait-on retrouvé l’arme du suicide?” (“Teria-se encontrado a arma do suicídio?”), o qual narra a história do revólver.

'Retrato do Dr. Paul Gachet', feito por Vincent van Gogh em 1890, foi vendido por $82,500,000 em leilão de Nova York — Foto: Manoocher Deghati/AFP

‘Retrato do Dr. Paul Gachet’, feito por Vincent van Gogh em 1890, foi vendido por $82,500,000 em leilão de Nova York — Foto: Manoocher Deghati/AFP

Indícios verossímeis

Vários indícios tornam verossímil a hipótese de que o artista teria se suicidado com essa arma. Além de ter sido encontrada no mesmo lugar onde o pintor teria atirado em si mesmo, o calibre corresponde ao descrito pelo doutor Paul Gachet, que cuidou dele durante sua agonia. A natureza do ferimento também é compatível com a baixa potência da arma.

Finalmente, estudos científicos apontam que o revólver permaneceu enterrado por entre 50 e 80 anos, tempo transcorrido até sua descoberta.

Em 2016, o museu que leva seu nome em Amsterdã apresentou a arma, na exposição “Nos confins da loucura, a doença de Vincent Van Gogh”.

O artista teria se instalado em Auvers-sur-Oise dois meses antes de seu suicídio, aconselhado pelo irmão, Théo, após passar um ano em uma instituição para doentes mentais. Em 1888, Van Gogh teria cortado a própria orelha em uma briga com seu amigo e pintor Paul Gauguin e a teria oferecido a uma prostituta.

Em sua fase em Auvers-sur-Oise, Van Gogh estava no auge da carreira, pintando mais de uma obra por dia. Ao mesmo tempo, era vítima de grandes crises psicológicas que se acentuaram pouco antes de sua morte.

Outra teoria sobre a origem da arma, muito polêmica, foi apresentada em 2011 por dois investigadores americanos. Segundo eles, Van Gogh não se suicidou. Ele teria sido, na verdade, vítima de um disparo acidental por parte de dois irmãos adolescentes que brincavam com uma arma.

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Internacional

Vizcarra enfrenta Congresso peruano em processo de impeachment

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por

G1

O presidente do Peru, Martín Vizcarra, enfrenta nesta sexta-feira (18) um julgamento no Congresso que ameaça tirá-lo do poder em um momento em que o país vive o agravamento da pandemia do novo coronavírus e uma grave recessão econômica.

O processo de impeachment contra Vizcarra, de 57 anos, foi aberto na semana passada, depois do vazamento de áudios que, segundo parlamentares, mostram o presidente tentando minimizar a sua relação com o cantor Richard Cisneros, investigado por conta de contratos irregulares com o governo.

Nos áudios, Vizcarra conversa com duas assessoras sobre as idas de Cisneros ao palácio presidencial e pede para que mintam em um inquérito parlamentar.

Em seu discurso diante dos parlamentares, o presidente colocou-se à disposição do Ministério Público e fez um apelo para que os congressistas “não se distraiam” neste momento em que o país enfrenta a crise do coronavírus.

Segundo o mandatário, até o momento, não há comprovação de irregularidades que justificassem a sua destituição. “O único ato ilegal que está comprovado até agora é a gravação clandestina”, afirmou.

Após o pronunciamento do presidente, o seu advogado, Roberto Pereira Chumbe, deu início à sua defesa.

Após as argumentações da acusação e da defesa, os parlamentares debaterão antes de votar uma moção para destituir o atual mandatário.

Se Vizcarra for derrubado, o chefe do Congresso, Manuel Merino, político discreto quase desconhecido dos peruanos, assumirá as rédeas do país. O popular presidente, que deixaria o poder dez meses antes do término de seu mandato, teria um destino semelhante ao de seu antecessor Pedro Pablo Kuczysnki (2016-2018), que foi forçado a renunciar sob pressão do Parlamento.

Derrota no Tribunal Constitucional
Na quinta-feira (17), o Tribunal Constitucional rejeitou uma medida cautelar solicitada por Vizcarra para suspender o julgamento.

A juíza Marianella Ledesma destacou que o tribunal não concedeu a medida, porque “o risco de vacância diminuiu”, sinal de que os inimigos de Vizcarra não teriam votos para destituí-lo, segundo a agência France Presse.

A imprensa local avalia que é muito improvável que os deputados votem em maioria pela sua saída.

César Acuña, chefe do segundo maior partido no Congresso e possível candidato nas eleições presidenciais de 2021, já afirmou que uma derrubada de Vizcarra “só poderia agravar” a situação atual do país, já fragilizado pelo impacto da crise provocada pelo novo coronavírus.

A aprovação do impeachment no Congresso exige 87 votos dos 130 parlamentares. Na abertura do processo, a oposição conseguiu 65 votos (21 deles do Alianza para el Progreso, de Cesar Acuña).

Apesar do desgaste, Vizcarra mantém alta a sua popularidade. Uma pesquisa da Ipsos apontou que oito a cada dez peruanos querem que ele permaneça à frente do Executivo.

‘Complô contra a democracia’
A abertura do processo de impeachment acontece em meio a confrontos entre o Legislativo e o Executivo pela aprovação de uma reforma política promovida pelo governo. A mudança deixaria candidatos condenados pela Justiça fora das eleições.

Vizcarra, um centrista que assumiu a presidência em 2018 após a renúncia de Pedro Pablo Kuczynski, acusa o Congresso de “complô contra a democracia”. Ele não tem representação no Congresso e não pode concorrer nas eleições do próximo ano devido aos limites constitucionais.

 

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Internacional

Nova York adia novamente início de aulas presenciais em escolas públicas

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por

G1

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, anunciou na quinta-feira (17) o adiamento do reinício do ensino presencial nas escolas públicas da cidade pela segunda vez por causa da pandemia.

Embora as aulas pela internet tenham começado, o início do ensino presencial já havia sido adiado anteriormente do dia 10 de setembro para o dia 21, para os alunos que optaram por voltar às salas de aula.

Agora, apenas crianças em idade pré-escolar e alunos com necessidades especiais de aprendizagem irão se dirigir aos prédios escolares na segunda-feira (21), disse o prefeito em entrevista coletiva. Os estudantes do ensino primário irão começar na terça-feira (29). Alunos do ensino médio começarão na quinta-feira (1º).

O maior distrito escolar dos Estados Unidos, que atende mais de 1,1 milhão de crianças e adolescentes, enfrenta dificuldades para encontrar funcionários dispostos a trabalhar em salas de aula durante a pandemia de Covid-19.

O adiamento aconteceu após líderes de sindicatos de professores falarem a respeito de preocupações com relação à volta às aulas presenciais.

“Embora eles reconheçam que houve um progresso real, não foi feito o suficiente, e é preciso fazer mais para nos certificarmos de que as coisas estejam firmes como elas precisam estar”, disse de Blasio a jornalistas.

O prefeito afirmou que estudantes e funcionários seguem mudando de opinião sobre a disposição para o ensino presencial, o que torna difícil o planejamento para direcionar professores para equipar cada sala de aula.

No total, 4,5 mil educadores foram contratados, disse de Blasio, acrescentando que espera anunciar ainda mais contratações nas próximas semanas.

A maioria dos outros distritos escolares nos Estados Unidos descartou planos de retomar o ensino presencial no momento. Em Los Angeles, segundo maior distrito escolar do país, e em Chicago, os estudantes estão ficando em casa e usando computadores para assistir suas aulas.

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