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Política Nacional

Sem acordo, comissão do Congresso adia votação de crédito de R$ 248,9 bilhões para o governo

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Por Fernanda Calgaro, G1 — Brasília

Sem acordo, a Comissão Mista de Orçamento (CMO), formada por deputados e senadores, adiou nesta quarta-feira (5) a votação do projeto de lei que autoriza a obtenção pelo governo federal de um crédito suplementar de R$ 248,9 bilhões, a serem obtidos com a emissão de títulos do Tesouro.

A votação ficou para a semana que vem, segundo o relator da matéria, deputado Hildo Rocha (MDB-MA), após uma reunião com líderes partidários.

O pedido de crédito extra tem como objetivo evitar o descumprimento da chamada “regra de ouro”. Previsto na Constituição, o mecanismo impede que o governo contraia dívidas para pagar despesas correntes, como salários e benefícios sociais.

Para contornar a situação, o governo depende da autorização expressa do Congresso, sob pena de o presidente da República incorrer em crime de responsabilidade, passível de impeachment.

“Ficou para terça-feira”, disse Hildo Rocha após uma reunião com líderes partidários para tentar resolver o impasse.

A expectativa era a de que o projeto de lei, depois de aprovado na comissão, já fosse votado na tarde desta quarta em uma sessão conjunta do Congresso Nacional.

No entanto, partidos de oposição, como PT e PCdoB, com a ajuda do PL (antigo PR), integrante do Centrão, obstruíram a reunião desta quarta na comissão, deixando de registrar presença, o que fez com que não houvesse quórum suficiente para continuar a votação. A manobra regimental representou uma derrota para o governo, que tem pressa em aprovar o projeto.

Em linhas gerais, eles argumentam que o governo não justificou a necessidade do montante pedido e que o projeto seria um “cheque em branco”.

Hildo Rocha disse não ter planos de mudar o seu parecer para reduzir o valor do crédito, argumentando que isso exigiria que o Congresso também ajustasse a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA).

“Ainda não há acordo para votar os R$ 248 bilhões. Ainda há insistência de alguns membros inclusive de lideranças de alguns de partidos que apoiam o governo em relação a esse valor, mas expliquei não há outro caminho. Porque a outra opção que o governo teria, que eles aventaram, que seria de R$ 146 bilhões e mudar o PL e mudar a LDO e a LOA é uma operação suicida, porque iria fazer com que o governo viesse a pedalar”, disse Hildo Rocha.

Líder da Minoria no Congresso, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), afirmou que a oposição vai se manter firme na obstrução em relação a esse texto.

“A nossa condição para votar esse projeto é reduzir de R$ 248 bilhões para R$ 146 bilhões, que é o que de fato o governo precisa para fazer os pagamentos do Bolsa Família, da Previdência e outras questões que estão no projeto”, disse após a reunião.

De acordo com a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), será feita uma tentativa de votar o projeto na comissão na terça-feira e, no mesmo dia ou no seguinte, no plenário do Congresso. A sessão conjunta convocada para esta quarta-feira (5) será destinada à apreciação de vetos presidenciais que estão antes na pauta de votação.

Com as contas públicas desequilibradas, o governo alerta que, se não obtiver a liberação do crédito, há risco de não conseguir fazer os repasses do Bolsa Família, pagar aposentadorias do INSS e oferecer crédito aos produtores que dependem do Plano Safra 2019/2020.

Na segunda-feira (6), o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou, em entrevista à GloboNews, que o governo terá de fazer um bloqueio no Orçamento se o Congresso não aprovar o projeto.

Segundo Mansueto, embora o projeto preveja a emissão de dívidas no valor de R$ 248,9 bilhões para pagar despesas de custeio, o valor necessário deve ficar entre R$ 120 bilhões e R$ 140 bilhões em razão de as receitas financeiras terem ficado acima do esperado.

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PL quer inclusão de Bolsonaro em projeto de anistia do ‘8 de janeiro’

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A proposta, em discussão na Câmara dos Deputados, visa permitir que Bolsonaro, atualmente inelegível até 2030 por decisão da Justiça Eleitoral, possa se candidatar à Presidência da República em 2026.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, aguarda uma reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
O principal tema do encontro será a inclusão do ex-presidente Jair Bolsonaro no projeto de anistia que busca perdoar condenados pelos atos de 8 de janeiro. A informação é da ‘Coluna do Estadão’, da jornalista Roseann Kennedy.

A proposta, em discussão na Câmara dos Deputados, visa permitir que Bolsonaro, atualmente inelegível até 2030 por decisão da Justiça Eleitoral, possa se candidatar à Presidência da República em 2026. A estratégia do PL é inserir uma emenda no texto em tramitação para que Bolsonaro recupere seus direitos políticos.

Além da reunião com Valdemar, Arthur Lira planeja um encontro direto com o ex-presidente para tratar do tema.

O projeto de anistia é uma peça-chave para o partido na definição de quem será apoiado na sucessão de Lira na presidência da Câmara. A bancada do PL, que conta com 92 deputados, tem forte influência no debate.

Conforme revelou a Coluna do Estadão, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), candidato à presidência da Câmara, garantiu ao PT que o projeto de anistia não será parte de sua campanha pela sucessão de Lira. Motta afirmou que Lira resolverá a questão antes do final de 2024.

A discussão sobre o perdão aos envolvidos no ‘8 de Janeiro’ está avançando na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, presidida pela deputada conservadora Caroline de Toni (PL-SC).

O relator do projeto é o deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE), também um aliado de Bolsonaro. A expectativa é que o texto seja votado na comissão após o término do segundo turno das eleições municipais.

A articulação do PL em torno da anistia de Bolsonaro reflete o esforço do partido em manter o ex-presidente ativo no cenário político nacional e viabilizar sua possível candidatura em 2026, uma movimentação que pode alterar o panorama político nos próximos anos.

Condição
Há alguns dias, em entrevista à CNN, Valdemar já havia confirmado que a anistia ao ex-presidente Bolsonaro será a condição para o partido apoiar candidatos nas eleições internas para o comando da Câmara dos Deputados e do Senado.

“A [proposta da] anistia não trata do assunto do Bolsonaro, nós vamos ter que fazer isso no andamento, no andar da carruagem. Temos que por isso na pauta do presidente da Câmara e do presidente do Senado a ser eleito para ter o nosso apoio”, declarou em entrevista à CNN.

Na Câmara, o partido tem 92 integrantes – é a maior bancada partidária da Casa. No Senado, são 14 congressistas do PL. As eleições serão realizadas em fevereiro de 2025, mas negociações de apoios para a sucessão de Arthur Lira (PP-AL).

Para o presidente do PL, a reversão da inelegibilidade ainda pode ser questionada no Supremo Tribunal Federal (STF), mas seria “mais fácil” por meio de uma decisão do Congresso sobre a anistia.

“Nós temos que convencer na Câmara os deputados votarem. Eu acredito que a gente convença porque esse embate com o Bolsonaro não pode ser resolvido dessa forma como foi no TSE [Tribunal Superior Eleitoral]”, afirmou Valdemar.

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Governo Lula destina R$ 8,3 milhões para ONGs ligadas ao PT e aliados

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Esses recursos integram o Programa Nacional dos Comitês de Cultura (PNCC), lançado em setembro de 2023

 

O Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou a liberação de, no mínimo, R$ 8,3 milhões para ONGs vinculadas ao partido e seus aliados. Esses recursos integram o Programa Nacional dos Comitês de Cultura (PNCC), lançado em setembro de 2023. A informação foi divulgada pelo jornal Estado de S. Paulo.

O PNCC foi desenhado para ampliar o acesso às políticas públicas de cultura em todos os 26 estados e no Distrito Federal. A Secretaria dos Comitês de Cultura (SCC) é responsável por coordenar o programa e definir, através de editais, quais organizações serão contempladas com os recursos.

A previsão total de investimento no programa, entre 2023 e 2024, é de R$ 58,8 milhões, conforme anunciado pelo governo federal. Durante o lançamento do programa, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, ressaltou que a iniciativa partiu de uma proposta do próprio presidente Lula.

Diante de questionamentos, o Ministério da Cultura garantiu que a escolha das ONGs seguiu critérios técnicos. O órgão destacou que a análise considerou apenas as propostas submetidas, sem influência de vínculos partidários. Ainda segundo o ministério, as organizações contempladas passaram por uma verificação que levou em conta sua experiência e histórico de atuação na área cultural.

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