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Agronegócio

Vazio sanitário em Mato Grosso começa neste sábado para quebrar ciclo de doenças da soja

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O vazio sanitário da Soja em Mato Grosso começa neste sábado, vai até 15 de setembro e fica totalmente proibida a presença de plantas vivas de soja nas propriedades. O produtor que não respeitar pode levar multas de 30 Unidades Padrão Fiscal (UPF’s-MT) mais duas UPFs por hectare de planta não eliminada.

Durante os 90 dias de proibição não pode haver plantas vivas de soja, nem mesmo as de germinação voluntária, chamadas de guaxas. Plantio também fica impedida durante o prazo. o vice-presidente Oeste da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso Diogo Rutilli, explica que o vazio sanitário é uma medida fitossanitária instituída em 2006 com objetivo de reduzir a sobrevivência de diversas doenças que acometem o cultivo do grão, sobremaneira do fungo causador da ferrugem-asiática.

“O período é fundamental importância para quebra do ciclo de diversas doenças do ciclo da soja, especialmente a ferrugem, que é o que mais traz prejuízo para o produtor. Lembrando que a origem do vazio sanitário é em Mato Grosso, exigido pelos produtores como uma solução ao combate a ferrugem”, expôs, através da assessoria.

A entidade acrescenta que as plantas guaxas germinadas às margens das rodovias, na frente das propriedades rurais, também são de responsabilidade do produtor.

 

Só Notícias (foto: arquivo/assessoria)

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Agronegócio

Desenrola Rural já está valendo com desconto de até 96% da dívida

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O governo federal lançou nesta semana o Desenrola Rural, programa que facilita a renegociação de dívidas para 1,35 milhão de agricultores familiares. Com descontos de até 96%, a iniciativa busca permitir que pequenos produtores regularizem sua situação financeira e voltem a ter acesso a crédito, ampliando investimentos e fortalecendo a produção no campo.

Segundo o governo, cerca de 33% dos agricultores familiares do país estão endividados, muitos deles impedidos de obter novos financiamentos devido a restrições bancárias. O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, destacou que a medida coloca fim ao que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de “prisão perpétua do crédito” — quando o produtor renegociava a dívida, mas continuava negativado.

Como funciona o Desenrola Rural?

O programa contempla dívidas com bancos públicos – Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia –, além de débitos inscritos na Dívida Ativa da União e pendências no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

A iniciativa é especialmente benéfica para agricultores assentados da reforma agrária e comunidades quilombolas, que terão acesso aos maiores descontos. Para aqueles que contrataram o crédito de instalação do Incra entre maio de 2014 e junho de 2022, o abatimento chega a 96% do valor devido.

Já para produtores que contrataram financiamentos pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), os descontos podem alcançar 86%, dependendo do banco e da situação da dívida.

Quem pode aderir?

O levantamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) mostra que:

  • 69% das dívidas dos agricultores familiares são inferiores a R$ 10 mil;
  • 47% das pessoas com restrição de crédito devem até R$ 1 mil;
  • 70% dos endividados têm restrições em bancos e 30% em serviços de proteção ao crédito.

A partir do dia 24 de fevereiro, os produtores poderão procurar os bancos onde possuem pendências para renegociar seus débitos. Já aqueles que precisam quitar dívidas do crédito de instalação do Incra devem procurar diretamente o órgão.

O governo espera que ao menos 250 mil agricultores consigam renegociar suas dívidas ainda este ano, o que permitiria um aumento significativo na capacidade de produção e na inclusão financeira dos pequenos produtores rurais.

O prazo para adesão ao Desenrola Rural vai até 31 de dezembro. Agricultores interessados também podem buscar sindicatos, associações e entidades representativas para obter informações sobre o processo de renegociação.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Brasil expande presença em 24 novos mercados

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O agro brasileiro iniciou 2025 com a abertura de 24 mercados, mantendo o ritmo de expansão do último ano. As exportações de produtos agropecuários somaram R$ 62,7 bilhões em janeiro, o segundo maior valor da série histórica para o período. Setores estratégicos apresentaram crescimento notável em produtos-chave, com avanços significativos na diversificação de mercados.

Mesmo com a redução das exportações de soja, milho e do complexo sucroalcooleiro, a valorização de algumas commodities exportadas pelo Brasil contribuiu para os resultados do mês, com aumento de 5,3% no índice geral de preço. Esse avanço reflete a alta nas cotações internacionais de produtos como café, celulose, carnes, suco de laranja e cacau. Além disso, seis setores superaram a marca de R$ 5,7 bilhões em exportações no mês: carnes (18,9% do total), produtos florestais (13,8%), café (13,2%), complexo soja (10,1%), complexo sucroalcooleiro (10,0%) e cereais, farinhas e preparações (9,1%).

O Brasil segue ampliando sua presença em nichos estratégicos do mercado internacional, com destaque para o crescimento das receitas nos setores de fibras e produtos têxteis (+45,1%), fumo e seus produtos (+44,3%) e sucos (+31,9%).

Destaques Positivos: Recordes Históricos em Produtos-Chave

  • Café Verde: Exportações atingiram R$ 7,4 bilhões (+79,4%), impulsionadas pelo aumento das cotações internacionais (+63,8%) e maior volume exportado (+9,5%).

  • Celulose: Exportações cresceram 44,1%, ultrapassando a marca de R$ 5,7 bilhões, com destaque para as vendas para China (+53,3%) e União Europeia (+60,2%).

  • Algodão: Aumento de 47,5% no valor exportado, alcançando R$ 4,1 bilhões, resultado da safra recorde e da alta demanda de mercados como Paquistão e Vietnã.

  • Carne Suína: Exportações cresceram 17,9%, atingindo R$ 1,2 bilhão, com aumento expressivo das vendas para Japão (+107,4%) e Filipinas (+64,5%).

Novos Mercados e Oportunidades para o Agro Brasileiro

A estratégia de diversificação de mercados conduzida pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, sob as diretrizes do ministro Carlos Fávaro, com o apoio da Secretaria de Defesa Agropecuária e de entidades e ministérios parceiros, tem mostrado resultados concretos. Dentre os mercados que se destacaram estão Paquistão (+166,3%), Bangladesh (+85,1%) e Turquia (+122,7%). No caso do Bangladesh, sede de um dos onze novos postos de adidância, estratégia que vem fortalecendo as relações comerciais e ampliando as oportunidades para o agro brasileiro. Além do crescimento de parceiros comerciais já consolidados, como a União Europeia, que registrou um aumento de 39,5% nas compras de produtos agropecuários brasileiros, somando R$ 10,8 bilhões.

A China, principal parceiro comercial do Brasil, manteve sua relevância, com destaque para a ampliação das exportações de celulose (+53,3%) e fumo (+36,7%).

No próximo mês, o presidente Lula visitará Japão e Vietnã para fortalecer as relações comerciais, com expectativa de novas oportunidades para o agronegócio brasileiro. Entre os produtos com potencial de expansão, destacam-se as frutas brasileiras, reconhecidas mundialmente pela qualidade, sanidade e sustentabilidade. Recentemente, entre as ações de promoção comercial do Mapa em conjunto com outras entidades, uma delegação do Ministério participou da maior feira de frutas do mundo, em Berlim, onde foi realizada uma agenda estratégica de reuniões com autoridades alemãs e representantes do setor produtivo.

Dados Relevantes sobre o Agro Brasileiro

  • Exportações de produtos não convencionais cresceram 13,8% em comparação a janeiro de 2024, demonstrando maior diversificação da pauta exportadora.
  • O Brasil exportou mais de 40 mil toneladas de sebo bovino, um dos principais insumos utilizados na produção de biodiesel nos Estados Unidos.
  • As exportações de óleo essencial de laranja cresceram 19,5%, com a União Europeia ultrapassando os Estados Unidos como principal mercado importador.
  • As vendas de gergelim brasileiro para a Índia aumentaram 250,6%, consolidando a posição do país como um importante fornecedor global dessa commodity. Com a recente abertura do mercado chinês, as exportações de gergelim devem apresentar crescimento nos próximos meses.
  • No último ano, o Brasil exportou mais de R$ 7,4 bilhões em frutas para mais de 137 países.

De acordo com o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Luís Rua, as novas ferramentas lançadas pelo Mapa, como o AgroInsights e o Passaporte Agro, têm contribuído para a ampliação das exportações brasileiras. “Nosso objetivo é continuar qualificando a inserção dos produtos brasileiros no mercado internacional, tanto na diversificação de destinos quanto na ampliação da oferta de produtos, gerando mais renda e emprego no interior do país”, disse.

Fonte: Pensar Agro

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