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Jayme Campos cobra modernização no sistema de pedágio em Mato Grosso e free flow

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Relator na Comissão de Infraestrutura do Senado da República que prevê isenção na cobrança de pedágios nas rodovias brasileiras aos usuários que possuem residência permanente ou exerçam atividades profissionais no município em que se localiza praça de cobrança, o senador Jayme Campos foi mais longe ao defender profundas mudanças na cobrança de pedágio em favor de empresas privadas, mas desde que seja reduzida a atual carga tributária.

“É indiscutível a qualidade das rodovias brasileiras e estaduais em que existe a cobrança de pedágio se comparadas com aquelas mantidas a duras penas pelo Governo Federal que não tem uma política concreta para o setor rodoviário nacional, ainda mais em um país das dimensões continentais como o Brasil”, disse Jayme Campos que recebeu o ministro Tarcísio de Freitas, o senador Espiridião Amim (PP/SC) autor do projeto de isenção e o presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), Alexandre Barra que defendeu a rejeição do projeto sob alegação de que a isenção ocasionaria aumento significativo na tarifa dos pedágios como forma de reequilíbrio econômico e financeiro dos contratos de concessão.

De acordo com o levantamento da Confederação Nacional dos Transportes – CNT de 2018, 57% dos trechos avaliados apresentaram estado geral com classificação regular, ruim ou péssima. Em 2017, o percentual com algum problema foi de 61,8%. No total, a CNT pesquisou 107.161 km, o que corresponde a toda a malha federal pavimentada e aos principais trechos estaduais, também pavimentados.

Jayme Campos lembrou que a concessão da BR-163, que é uma das mais importantes do Brasil está a desejar, até porque a Rota Oeste quando do vencimento do leilão de concessão acertou o recebimento de um empréstimo ponto do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES da ordem de R$ 1 bilhão que não saiu do papel.
Dos estados da região Centro-Oeste, Mato Grosso tem o menor percentual de estradas estaduais asfaltadas, conforme informações fornecidas pelos governos de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Somente 18% dos 30 mil quilômetros de rodovias são pavimentadas, o que prejudica o escoamento da safra de grãos. No entanto, é também o estado que possui a maior malha viária estadual. Mato Grosso do Sul, conta com 14,7 mil km de malha viária e 22% desse total é asfaltado, enquanto Goiás, 51% dos 20 mil km da malha viária são asfaltados.

Já quanto ao Brasil, pelos quase 1,7 milhão de quilômetros de estradas que cortam o país escoa 58% do volume nacional de cargas. No entanto, 80,3% – mais de 1,3 milhão de km – não são pavimentadas. Ao todo, o país tem 12,1% de rodovias pavimentadas; os outros 7,6% são vias planejadas, isto é, ainda não saíram do papel.

“Quando da concessão, foi ofertado pelo Governo Federal o empréstimo subsidiado, pois a Rota Oeste deveria receber a rodovia com as obras concluídas e em estado de trafegabilidade, mas isto não aconteceu, portanto, os efeitos da concessão se demonstraram reduzido ou quase zerados, ainda mais em Mato Grosso que necessita das rodovias para escoar sua safra agrícola que é gigantesca e mantem a economia do Brasil em alta”, cobrou Jayme Campos.
Por outro lado, o senador por Mato Grosso lembrou que nas regiões Sul e Sudeste, apesar das reclamações e de discussões quanto preços e cobranças, a qualidade das rodovias é infinitamente superior à das demais regiões de todos o país.

No ano de 2018, segundo relatório da CNT, foram avaliados 87.563 km (81,7%) de rodovias sob gestão pública e 19.598 km (18,3%) de rodovias concedidas. As rodovias sob gestão concedida apresentam 16.071 km avaliados classificados como, ótimo ou bom no Estado Geral (81,9%). Essa situação é bem diferente quando consideradas as rodovias sob gestão pública, onde o percentual de rodovias classificadas como Ótimo ou Bom no Estado Geral é de apenas 34,2% (30.010 km). Em 65,8% (57.553 km) das rodovias sob gestão pública avaliadas, foram identificados problemas, sendo classificadas como Regular, Ruim ou Péssimo no Estado Geral. Nas rodovias sob gestão concedida, o percentual é de 18,1% (3.527 km).

Na reunião ocorrida na última quinta-feira, e que discutiu o PLC 8/2013, apesar a proposta ser meritória, ela é fundamental, principalmente nos Estados mais desenvolvidos aonde cidades próximas e que tem praças de pedágio entre ambas, acabaram se tornando um fardo pesado para os usuários que muitas vezes trabalham em uma cidade e residem em outra e todos os dias tem que pagar pedágio.
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O encontro aconteceu no gabinete do senador Jayme Campos, relator da matéria na Comissão de Infraestrutura (CI), que propôs a reunião para obter esclarecimentos que subsidiassem seu parecer. Pela proposta de autoria do senador Esperidião Amin, serão concedidos isenção de pagamento de pedágio aos usuários que possuem residência permanente ou exerçam atividades profissionais no município em que se localiza praça de cobrança de pedágio.

Free Flow – O ministro Tarcísio de Freitas sugeriu que o senador Jayme Campos apresentasse o relatório na forma de substitutivo. A ideia do ministro é que seja criado um novo sistema de cobrança de pedágio: o chamado free flow (fluxo livre, em inglês). Trata-se da arrecadação por quilômetro percorrido que representaria um modelo de pedágio mais justo.
Nesse sistema, a tecnologia substitui as atuais praças de pedágio combinando o uso de radiofrequência e gravação de imagem para registrar a passagem dos veículos pelas vias. O free flow já é realidade em mais de 20 países.

Jayme Campos e Esperidião Amin consideraram a proposta do ministro adequada e bastante positiva. Nos próximos dias, o ministro deve apresentar para Jayme Campos minuta do substitutivo ao projeto do senador Esperidião Amin.
Ao final do encontro, se juntaram ao debate o ministro do Tribunal de Contas da União Augusto Nardes e a deputado federal Ângela Amin, autora de proposta semelhante, em 2008. Também estiveram na reunião o superintendente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Marcelo Alcídes Santos, e o engenheiro Rodrigo Morhy Peres, assessor da Casa Civil da Presidência.

A Gazeta (foto: Só Notícias/Diego Oliveira/arquivo)

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Servidores da ALMT recebem orientação sobre práticas inclusivas de pessoas autistas

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Palestra promovida pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso, na manhã de hoje (25), capacitou servidores para práticas de atendimento e acolhimento a pessoas autistas e suas famílias.  A iniciativa pretende tornar os servidores aptos a identificar minimamente a pessoa diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), interagir mediante as técnicas aplicadas, além de promover a garantia da inclusão social tanto no ambiente de trabalho quanto nas interações sociais diárias.

A capacitação faz parte do projeto TEAr, desenvolvido pela Supervisão de Qualidade de Vida (Qualivida), e que pretende colaborar para o aperfeiçoamento dos serviços prestados a essa população. “O objetivo é trazer informações para sensibilizar e garantir o mínimo de conhecimento e de treinamento para atendimento e também interações sociais com pessoas com autismo no âmbito do Legislativo”, defendeu a superintendente do Qualivida, Ivana Mattos.

“A ideia é mostrar que algumas atitudes pequenas podem fazer uma grande diferença tanto na oferta de serviço, quanto na convivência com pessoas autistas”, defendeu a superintendente. “Quanto mais pessoas e profissionais tivermos na multiplicação do conhecimento sobre a melhor forma de nos portar, de adequar ações e espaços para que tenhamos um olhar empático sobre as limitações que afetam as pessoas autistas e também com outras que necessitam de um atendimento diferenciado, mais vamos fortalecer a sociedade para relações mais empáticas e humanas”, concluiu.

O projeto TEAr surgiu de uma preocupação do primeiro-secretário do Parlamento, deputado Max Russi (PSB), em trabalhar a acessibilidade e a inclusão das pessoas com autismo. “O TEAr vem justamente de criar conexões. Tear amor, tear carinho, tear acolhimento para aqueles que precisam de uma atenção diferenciada”, complementou Mattos.

Foto: JLSIQUEIRA / ALMT

A palestra foi conduzida pela neuropsicóloga Glauciele Oliveira Santos que prestou orientações e esclareceu dúvidas sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ela falou sobre as suas características, os sinais de alerta, as formas de intervenção precoce, além de leis e direitos dos autistas.

“Apesar de se falar muito sobre o autismo, nem sempre quem está no atendimento ao público está preparado para lidar com uma pessoa que tem essa particularidade. Então o objetivo é trazer informações para os profissionais que trabalham aqui sobre como atender, como acolher e também como lidar com situações que podem ocorrer principalmente referentes aos estímulos sensoriais”, explicou a neuropsicóloga. 

A intenção, segundo Glauciele, é ensinar técnicas que ajudam identificar nuances de uma pessoa atípica e estratégias para dar mais conforto e segurança. “São pequenos sinais que podem passar despercebidos se não tiver esse conhecimento, como inquietação, incômodo com a iluminação, com barulhos ou dificuldade de permanecer em lugares com muitas pessoas”, descreveu. “Despertar esse olhar e essa sensibilidade é importante não só para atendimento de pessoas autistas como para qualquer outra pessoa atípica”, afirmou a neuropsicóloga.

Para Aline Fedatto, enfermeira da ALMT e mãe de criança com TEA, o trabalho de conscientização para identificação e atendimento a pessoas representa o fortalecimento da inclusão social. “Quando abordamos uma questão como essa, também se abrem os caminhos para buscar soluções que dão mais qualidade de vida para as pessoas autistas e as famílias”, defendeu. 

A enfermeira compartilhou uma ferramenta que já é adotada em diversos países e ajuda na comunicação de pessoas que têm um grau elevado de autismo e não verbalizam. É um dispositivo eletrônico com aplicativo que traz um conjunto de informações, que tem um vocabulário que ajuda a formar frases, traz desenhos para melhor identificação e que passa todas essas informações vocalizadas pelo aparelho. “Seria muito útil a adoção de equipamentos como esse para atendimento nos órgãos públicos”, defendeu.

A servidora Ana Paula Carvalho explicou que a palestra trouxe informações novas, principalmente sobre as práticas. “Temos ouvido muito sobre autismo, sabemos o que é, mas ainda somos pouco preparados para lidar de fato com pessoas atípicas”, afirmou. “O que aprendemos aqui, hoje, faz muita diferença, como a forma de conversar com mais detalhes e ter recursos visuais que ajudam a entender melhor as informações. São exemplos de coisas simples que todos podemos fazer e que contribuem para um atendimento mais humanizado”, explicou.

A ONU estima que mais de 70 milhões de pessoas em todo o mundo sejam autistas. Os números representam a importância da promoção de uma sociedade mais inclusiva e preparada para acolher as diferenças.

Mês da Conscientização do Autismo

O Dia Mundial da Conscientização do Autismo, celebrado no dia 2 de abril, foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2007, com o objetivo de levar informação à população para reduzir a discriminação e o preconceito contra os indivíduos que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA). 

O TEA é uma condição de saúde caracterizada por desafios em habilidades sociais, comportamentos repetitivos, fala e comunicação não-verbal, entretanto, terapias adequadas a cada caso podem auxiliar essas pessoas a melhorar sua relação com o mundo.


Secretaria de Comunicação Social

Telefone: (65) 3313-6283

E-mail: [email protected]


Fonte: ALMT – MT

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Novo programa da TVAL vai destacar as artes visuais e plásticas mato-grossenses

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O novo programa da TV Assembleia, Cores do Cerrado, vai contar a história das artes plásticas e visuais de Mato Grosso dando espaço e voz a seus artistas. A estreia da primeira temporada, que acontece no próximo sábado (27), às 13h15, será com Dalva de Barros, a mestra dos mestres. Dalva fez da tela um lugar para encantar e provocar, usando o pincel como instrumento artístico e político para retratar cenas do cotidiano, celebridades da vida comum e pessoas do povo.

A artista começou a pintar ainda criança, no sítio da família. Com a vocação, ou talento, identificado, ela foi estudar na Fundação Armando Álvares Penteado, em São Paulo, e depois na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. A primeira inspiração de Dalva de Barros veio do artista holandês Vicent Van Gogh, quando o viu em um filme ainda na infância. Mas a descoberta de Dalva enquanto artista veio a partir do reconhecimento da escritora e crítica Aline Figueiredo, responsável por organizar a primeira exposição da artista.

Dalva é considerada um ícone das artes mato-grossenses. Foi instrutora no Ateliê Livre, onde atuou ao lado de grandes artistas do estado e, entre outros motivos, escolhida para abrir a primeira temporada do programa Cores do Cerrado. Além de Dalva de Barros, mais 22 artistas participarão das duas temporadas preparadas pela TV Assembleia em parceria com a produtora Monkey Filmes. A seleção dos artistas traz representantes da nova geração e artistas já consagrados.

A produtora Bruna Obadowski, explica que a ideia era mesclar entre novos artistas e aqueles mais renomados, buscando representatividade e expressão em diferentes segmentos das artes plásticas e visuais. “Desde o convite para participar do programa, os entrevistados já ficaram felizes com a oportunidade de falar sobre o trabalho deles, a trajetória, as técnicas, a construção poética e artística de suas obras. Todos ficaram empolgados e reconheceram a iniciativa da TV Assembleia, enquanto TV pública, em dar um espaço para a cena cultural local”, afirma Bruna, que dividiu a produção com o assistente Luiz Merij.

Este será o quinto programa da TV Assembleia com foco na divulgação e no registro da cultura local. Além do “Cores do Cerrado”, a TV também já apresentou temporadas do Palavra Literária, Palco pra Dois, Em Cartaz e Todos os Ângulos, voltados para representantes da literatura, da música, do teatro e do cinema. 

O secretário-adjunto de Comunicação da ALMT, Everaldo Jota, explica que faz parte da política da Assembleia, por meio da Secom, utilizar os canais de comunicação pública para promover a cultura, sobretudo a arte que não tem espaço nos canais comerciais. “É função da TV Assembleia, da Rádio e de todos os canais de comunicação pública, democratizar o acesso à informação e à produção cultural da comunidade onde está inserida. Ao registrar e divulgar essa produção, nossos artistas e seus trabalhos, se fortalece e valoriza a cultura local, a memória e as tradições de um povo”.

O programa Cores do Cerrado será exibido aos sábados 13h15, com reprises às 21h15 e aos domingos, nos mesmos horários. A primeira temporada terá 12 episódios e haverá uma segunda temporada, ainda sem data de estreia, com 11 episódios.


Secretaria de Comunicação Social

Telefone: (65) 3313-6283

E-mail: [email protected]


Fonte: ALMT – MT

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